Cultivo da macieira

Nome Científico: Malus domestica
Família: Rosaceae
Subfamília: Maloideae
Género: Malus

Características da macieira

As macieiras são fruteiras de clima temperado da família das rosaceae. Por norma entram em floração na primavera e o fruto colhe-se no fim de Verão, principio de Outono.
O consumo regular da maça acarreta muitos benefícios para a saúde e é a fruta que à exceção da laranja que aguenta mais tempo em armazenamento, sem perder as suas qualidades nutritivas (Os benefícios da maçã)

Solo e localização ideal para o cultivo da macieira


O cultivo da macieira é relativamente fácil em Portugal, onde encontra um clima é favorável. A macieira aprecia Outonos e Invernos frios. 
O local escolhido deve ser soalheiro e protegido de ventos fortes. O sol permite que as maçãs desenvolvam toda a sua coloração e sabor. Poderão tolerar algum sombriamento, desde que recebam pelo menos 6 horas diárias de luz solar direta.
Os locais ventosos poderão dificultar a polinização dos insetos, por interferir no voo destes invertebrados. Nos locais mais expostos, o uso de cortinas de vento, sejam de vegetação ou de qualquer outro meio artificial, poderão ser a solução.
A macieira prefere solos de textura franca, com boa drenagem e com profundidade superior a 60 centímetros. Poderá tolerar solos arenosos e ligeiros desde que lhe incorpore matéria orgânica e regue assiduamente.

Plantação e manutenção da macieira


Efetue a plantação das macieiras na época de repouso, de Novembro a Março.
A profundidade deve ser a mesma a que a macieira estava sujeita no viveiro. É recomendado uma boa distribuição das raízes.
É importante dar preferência a macieiras com idade superior a um ano, não são recomendadas as árvores com mais de três anos.
O solo deve ser preparado antecipadamente no inicio do Outono, incorporando matéria orgânica.

Em Fevereiro, começa-se a remover as ervas daninhas num raio de 60 centímetros. Incorpora-se matéria orgânica, ou um adubo composto.

As macieiras pequenas, beneficiam com uma boa cobertura de solo à volta do tronco, numa camada de 5 cm de espessura (Conheça as vantagens do Mulching).  O empalhamento não deve entrar em contacto com o caule da árvore.

Ao longo do seu crescimento a árvore deve ser suportada por uma estaca. Deve ser  dada importância ao material escolhido para a fixação, os arames ou cordéis duro podem provocar danos irremediáveis no tronco. Prefira materiais naturais ou flexíveis.  
Existem muitas formas de conduzir as macieiras, as orientações mais utilizadas são a condução em vaso e a condução em cordão.
 

Poda da macieira


As podas devem ser efetuadas no inverno, de Novembro a Fevereiro, é recomendado evitar as alturas em que a temperatura do ar se situa abaixo do congelamento.
Remova todos os ramos cruzados e todos os "ramos ladrões"
Toda as partes de madeira morta, doente, descamada ou com más formações deve ser retirada. Sempre com o cuidado de fazer um corte inclinado, de forma a permitir que a água escora pelo tronco e não se acumule provocando podridões.
Pode os restantes galhos, cerca de metade do seu comprimento. Esta prática vai incentivar o engrossamento do ramo e promover a floração da macieira para o ano seguinte. Ao fazer o corte tenha sempre o cuidado de o fazer acima de um broto que esteja virado para fora.

Pragas e doenças da macieira


As macieiras são muito  afetadas por pragas e doenças, o que leva muitas vezes ao uso exagerado de químicos nocivos. Uma boa manutenção da frutífera e a aplicação tratamentos preventivos, podem reduzir substancialmente a incidência das doenças e pragas. 

O pedrado e o cancro das pomóideas são as principais doenças da macieira e as que causam maiores prejuízos.Podem ser controlados por meio de aspersões regulares com um fungicida adequado, começar no inicio da emergência dos gomos e fazer o ultimo tratamento em Julho. Nos casos de cancro deve-se eliminar a madeira morta, limpar e passar um produto unguento apropriado nas feridas.
Após a colheita das maçãs e a queda de 50% das folhas, deve-se fazer uma pulverização com uma solução de cobre, repetir a operação à emergência dos gomos.

 A doença das manchas amargas (bitter pit), é um transtorno fisiológico que se caracteriza, inicialmente com pequenas manchas na polpa e se torna desidratada com o tempo, criando assim pequenas depressões na epiderme do fruto. Esta anomalia pode estar associada à carência ou ao bloqueio do cálcio no fruto, bem como ao excesso de potássio e de azoto no solo, podas muito severas, verões muito secos, adubação nitrogenada excessiva.

Quanto ás pragas podemos apontar como as mais comuns: os afídeos, o bichado da fruta, o aranhiço vermelho, a cochonilha de são José, as mineiras das folhas e a mosca do mediterrâneo

Colheita  armazenamento das maçãs


Uma macieira dá frutos ao fim de 3 a 5 anos e atinge a sua máxima produtividade entre os 10 e os 30 anos.
A época de colheita varia muito das condições do ano decorrente, ou até mesmo da região de instalação do pomar. Por norma esta dá-se entre o fim do Verão e princípio do Inverno. Para um armazenamento adequado, não deve esperar pela maturação total, já que as maças depois de apanhadas continuam a amadurecer. A fruta com maior exposição aos raios solares amadurece primeiro e é por estas que devemos iniciar a apanha.
As maçãs devem ser manuseadas com estremo cuidado e só devem ser armazenados os frutos que apresentem bom estado sanitário. A colheita deve ser realizada em dias secos, de modo a reduzir o excesso de humidade no armazenamento, que pode favorecer o aparecimento de fungos e consequentemente levar à contaminação dos frutos.
Armazene em local escuro, fresco e  seco. O ideal de armazenamento seria um local com uma temperatura média entre os 2º e os 5º.

Cultivo da physalis



Cultivo da physalis
A physalis é uma planta rústica de cultivo extremamente fácil  e com uma produção muito interessante. Os seus frutos são delicados com uma cor que vai do amarelo ao laranja, rodeados de uma capa delicada com aspecto de balão. São principalmente procurados pelas suas propriedades medicinais (benefícios do physalis para a saúde), no entanto são encontrados no mercado com um preço muito elevado.

O seu cultivo não é só reservado a quem tenha um jardim ou uma horta, porque também produz muito bem em vaso. Trata-se de uma planta com poucas exigências e que resiste muito bem às pragas e doenças sendo por isso uma boa opção de escolha como fruta biológica.

A  physalis  é uma planta arbustiva de ciclo rápido que chega a alcançar os 2 metros de altura. É nativa da Amazônia e pertence às solenaceas a mesma família dos tomateiros.
Apresenta uma boa adaptação aos climas e solo e não mostra sensibilidade a algum tipo de doença em especifico. Em climas frios é cultivada como anual, em zonas de clima temperado é cultivada como vivaz, podendo viver por 3 a 4 anos.

Apresenta um sistema radicular superficial e extenso. As folhas são lanceoladas de um verde pouco intenso e as flores são amarelas pálidas. A polinização é entomofilia, ou seja dá-se através de insectos. A formação do fruto leva em média 10 semanas, desde o inicio da floração até ao vingamento do physalis.

Muitos se deparam com  a dificuldade de obter esta planta, no entanto ela está acessível a todos. Basta comprar os frutos em qualquer loja e semear as suas sementes. Elas têm uma alta taxa de germinação, a multiplicação é tão bem sucedida que pode dar características invasoras ao physalis. Até porque os pássaros alimentam-se das bagas e transportam as sementes para outros locais.

Sementeira e plantação da physalis


Deve ser  semeada em local protegido no inicio da Primavera. A terra deve ser mantida húmida mas sem encharcar. A germinação dá-se entre 15 a 20 dias, dependendo das condições climáticas.
Quando a planta atingir 10 a 15 cm, planta-se em local definitivo respeitando um espaçamento superior a 80 cm.
Dá-se bem em solos pobres, apesar de preferir solos ricos em matéria orgânica com o pH entre entre os 5,5  e os 6, com preferência por local protegido.

O physalis é uma planta rustica que não necessita de grandes adubações, o excesso de azoto potencia ao crescimento excessivo da folhagem e reduz a produção dos frutos.

Produzira melhor e oferecerá frutos de maior qualidade se for tutorada e conduzida. A poda raramente é necessária, mas dê um pequeno desbaste quando a planta se encontra demasiado frondosa, elimine os ramos secos ou caso a planta cresça em demasia execute uma poda ligeira, de modo a melhorar a arquitetura da planta a facilitar a apanha.

A planta de physalis pode produzir entre 2 a 3 kg, cerca de 300 frutos por planta. Os frutos começam a alcançar a maturação no inicio do verão devendo ser colhidos gradualmente à medida que amadurecem. A maturação verifica-se quando o capucho seca e quando o fruto muda de cor.

É preciso ter em atenção que as folhas de physaliz e os frutos verdes são tóxicos.

A minha experiencia com o Physalis em Portugal


Apesar do physaliz ser uma planta de origem tropical ela dá-se perfeitamente em Portugal, eu diria bem demais até. Quando se têm um pé de physaliz uma vez, nunca mais acaba, as sementes são transportadas pelos pássaros e vão nascendo pequenas plantas por todo o lado. Eu já nem planeio a sementeira, aproveito sempre as plantas nascediças. Outra característica desta plantas é a sua capacidade de adaptação, é certo que logo que aparecem as primeiras geadas, as folhas queimam-se e caem e a planta desaparece quase na totalidade, porém logo no inicio da Primavera ela rebenta e cresce rapidamente sem grandes cuidados. A minha produção de phiysalis é sempre muito generosa e eu comecei a desidratar os meus frutos e como-os pelo ano forra sob a forma de passas.

Nomes populares: Physalis, fisális, capuchinhos,  cereja de Judeu, capota, lanterna chinesa, bucho de rã, alquequenje, tomate de capuz, tomatinho, tomate silvestre, saco de bode, golden berry.