O nabo de nome cientifico Brassica Napus, pertence à família das Crucíferas. É uma planta de desenvolvimento rápido com alto valor nutricional, que não pode faltar nas hortas Portuguesas. É cultivada pelas suas raízes conhecidas por nabos, folhas denominadas de nabiças e escapes florais chamados de grelos.
As raízes carnudas engrossam junto ao colo da planta e podem apresentar formatos variados, com cor uniforme ou bicolor, brancas, rosas, rochas, ou esverdeadas, consoante as variedades.
As folhas estão dispostas em forma de roseta e são conhecidas por nabiças. O grelo de nabo é a inflorescência do nabo que resulta em inúmeras flores amarelas.
O ciclo do nabo poderá dá-se de 40 a 80 dias consoante a variedade e a altura do ano.
Condições favoráveis ao desenvolvimento dos nabos
O nabo desenvolve-se melhor em solos com boa capacidade de drenagem, ricos em matéria orgânica e com pH situado entre os 6 e os 7,5.
Solos muito ácidos podem motivar ataques de potra ou hérnia e os solos demasiado calcários podem levar ao endurecimento das raízes.
A temperatura ideal para o crescimento do nabo situa-se entre os 15ºC e os 22ºC, temperaturas abaixo dos 5ºC levam à paragem de crescimento da planta. O nabo é muito exigente em água, principalmente na fase do engrossamento da raiz. As condições de baixa humidade atmosférica levam ao grelamento precoce e as raízes fins e fibrosas.
O nabo é muito sensível à falta do micro nutriente boro, a sua falta manifesta-se por uma necrose na raiz, apelida de coração pardo.
Sementeira dos nabos
Em Portugal a sementeira do nabo realiza-se maioritariamente no fim do Verão, com o propósito de executar a apanha no inverno ou inicio da primavera. As sementeiras de primavera tendem ser ásperas e não agradam à maioria dos paladares. As sementeiras de verão destinam-se à colheita outonal.
Tradicionalmente a sementeira do nabo faz-se em local definitivo, a uma profundidade aproximada a um centímetro. O solo deve ser bem amanhado de modo a criar as condições necessárias ao bom desenvolvimento das raízes.
Há variedades mais adaptadas à produção de cabeça, outras à produção de folhas e outras à produção de grelos. Dentro das variedades mais conhecidas temos o nabo de 60 na produção de cabeças, o São Cosme e o greleiro de Santiago na produção de grelos.
Tratos culturais e colheita do nabo
O nabo é muito exigente em água, em épocas secas deve ser regado de modo a manter a humidade do solo.
Na fase inicial da cultura é aconselhado fazer-se o primeiro desbaste, que irá traduzir-se na primeira apanha de nabiças. É recomendado deixar um espaçamento de 15 a 25 centímetros entre plantas.
A cabeça de nabo começa a ser colhida logo que apresente um tamanho razoável. Depois de colhido pode conservar-se durante um curto espaço de tempo, porém é de maior qualidade quando fresca. Os nabos brancos desenvolvem-se com maior rapidez, porém conservam-se menos tempo em boas condições.
Os grelos de nabo colhem-se antes da abertura da flor, o corte realiza-se próximo ao colo da planta de modo a favorecer o rebentamento de novas hastes florais.
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