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Vespa velutina nigrithorax ou vespa asiática

Vespa velutina ou vespa asiática

A vespa asiática (Vespa velutina nigrithorax) é uma espécie nativa do Sudeste Asiático, do Nepal, Indonésia, Norte da Índia e Sul da China. Alega-se que ela tenha chegado acidentalmente à Europa entre 2003 e 2004, através do porto de Bordéus, por meio de um contentor carregado de louças e bonsais oriundas do Sul da China. Em Portugal o primeiro registo desta praga deu-se em 2011 perto de Viana do castelo, desde então têm vindo a progredir por todo o território continental, avançando de Norte para Sul.

Fora do seu habitat natural é uma espécie invasora e constitui uma grande preocupação, ela possui uma forte capacidade de adaptação e dispersão, com impacto negativo no nosso ecossistema. Esta praga é capaz de matar acima de 30 abelhas por minuto e dizimar um enxame em poucos dias, levando a quebras alarmantes de produção na apicultura e pondo em perigo a existência das abelhas autóctones.

No Oriente as abelhas nativas desenvolveram mecanismos de defesa contra as vespas velutinas. Quando a predadora entra na colmeia, a colonia de abelhas fecha-lhe a saída e rodei-a, formam uma espécie de bolha ao seu redor e começam todas a bater as asas. Esta ação provoca o aumento da temperatura, que se torna fatal à velutina. As abelhas suportam temperaturas até 42º, já as vespas suportam apenas 40º. Este mecanismo embora eficiente, torna-se muito desgastante para as abelhas, elas aquecem a temperatura até 41º, quase se matando a si próprias.

Como identificar a vespa asiática (Vespa velutina nigrithorax)


A vespa asiática diferencia-se perfeitamente das demais vespas pelo facto de ser bem maior, à exceção da vespa crabro que é igualmente grande e apresenta comportamento similar, apesar desta se integrar perfeitamente no nosso ecossistema sem causar desequilíbrios. A crabro é uma espécie autóctone e desempenha um papel importante na nossa fauna no controle de outras espécies. Além disso ela representa um importante obstáculo à rápida progressão da vespa velutina, visto que estas duas espécies competem pelos mesmos recursos e um enfraquecimento da população da vespa crabro abriria as portas na totalidade à vespa velutina.

Os ninhos da vespas velutina e crabro são semelhantes, mas existem algumas diferenças, o ninho da
velutina possui apenas um orifício saída-entrada, na lateral superior, já o ninho das crabro pode possui mais de um orifício ou então um mais largo, com localização na base.

Ao contrário da crabro (vespa europeia) a Velutina é uma espécie diurna, ela interrompe a sua atividade ao anoitecer. Contudo a luz artificial ou mesmo ruídos intensos  podem despoletar a sua atenção e desencadear ataques.

Vespa asiática e vespa Crabro
            Vespa Asiática                                                                             Vespa Crabro     

A principal diferença física entre a Vespa crabro e a Vespa velutina (conhecida como vespa asiática), são os segmentos abdominais, na Vespa velutina são quase todos negros, na Vespa crabro só os primeiros são quase inteiramente negros, sendo o amarelo mais saliente..

Vespa velutina ou vespa asiática
Vespa asiática (Vespa velutina nigrithorax): A dimensão da vespa velutina varia ente os 2,5 e os 3,5
cm., sendo que as rainhas podem atingir os 3,5 cm. A espécie apresenta tórax e cabeça negros, face alaranjada e patas amarelas. Grande parte do abdômen é negro com 3 listras amarelas sendo a listra mais próxima do ferrão a mais larga e apelativa.



Vespa Europeia - Crabro
Vespa crabro ou vespa europeia: É ligeiramente maior que a vespa asiática, sendo que o seu comprimento varia entre os 3 e os 3,5 cm, à exceção das vespas fundadoras (rainhas) que podem ultrapassar os 4 cm. A cabeça é amarelada ou vermelho ferrugem. O abdómen é predominantemente amarelo. As patas são acastanhadas e mais claras na extremidade inferior.


Ciclo biológico da vespa velutina ou vespa asiática


O ciclo de vida da vespa velutina é anual, sendo o seu desenvolvimento condicionado pelas condições climáticas. A duração de vida de uma obreira situa-se entre os 30 a 55 dias, esta variante está condicionada pelas temperaturas, já a rainha (vespa fundadora) têm uma longevidade aproximada a um ano.

Durante o Inverno as rainhas fecundadas hibernam em locais abrigados, principalmente em árvores, rochas, fendas de construções ou no solo.  Em Março-Abril as fundadoras (rainhas) que sobreviveram ao frio saem da hibernação, procuram alimento e exploram o território à procura de um local ideal para nidificar. Procuram especificamente locais protegidos, água abundante por perto e comida fácil.

Em Abril-Maio elas iniciam a construção dos ninhos primários, estes geralmente podem atingir 5 a 10 centímetros de diâmetro, o suficiente para pôr as primeiras dezenas de ovos e dar inicio a uma nova colonia. Inicia-se a postura, dá-se a eclosão dos ovos fecundados, formam-se novas vespas asiáticas e dá-se a mudança para um ninho secundário. Geralmente as vespas nascidas nos ninhos primários são mais pequenas do que as nascidas no ninho secundário, dado que as lavas não são tão bem alimentadas, devido à falta de obreiras no ninho.

O ninho secundário é geralmente construído em grandes altitudes, habitualmente acima do 10 metros de altura, mas também há casos em que os ninhos se encontram  escondidos no subsolo. Os locais preferidos são as copas das árvores, beirados das habitações, armazéns desocupados, alpendres ou paredes. Geralmente o desenvolvimento destes ninhos verifica-se mais de Julho a Outubro. coincidente também com a maior atividade das vespas, relativamente à predação de insetos, principalmente de abelhas.
Entre Outubro Novembro dá-se o acasalamento e fecundação das novas rainhas e as velhas rainhas morrem. Depois do acasalamento os machos também sucumbem e as novas rainhas fecundadas abandonam o ninho. Os ninhos perdem  a atividade e são abandonados, não sendo reutilizados no ano seguinte.

Ninho Vespa velutina ou vespa asiática


Ninho das vespas asiáticas: Os ninhos primários têm cerca de 5 a 10 centímetros de diâmetro, são esféricos e muito frágeis. Os ninhos secundários podem alcançar um metro de altura e 50 a 80 centímetros de diâmetro. Os secundários têm apenas um orifício lateral de entrada e saída e são compostos por várias galerias de células e compartimentos. São construídos com fibras de celulose amassadas com água e podem assumir formas diversas, sendo uma das mais comuns a forma de pera. Podem albergar por volta de 2000 vespas asiáticas, criar em torno de 20 000 e centenas de rainhas fundadoras.

Alimentação das vespas velutinas - vespas asiáticas


As vespas adultas alimentam-se principalmente de néctar, líquidos açucarados, fruta madura, como peras, maçãs, figos, uvas, ameixas, entre outros. O consumo alimentar delas é tão significativo que pode levar a grandes estragos nos pomares. As larvas são alimentadas com proteína animal e dada a grande quantidade de larvas nos ninhos secundários, as vespas são obrigadas a procurar grande quantidade de alimento rico em proteínas, resultando assim numa grande procura de insetos, sendo a abelha de mel um dos principais alvos, mas também ataca outros tipos de insetos e outras espécies como: moscas, borboletas, larvas, vespas de outra espécie e aranhas, entre outros.

O perigo da vespa asiática para o homem


Sabe se que a presença da vespa velutina têm constituído um grave problema à segurança da população e saúde publica. Vários são os casos registados da picada deste inseto, com um mau desfecho, no entanto vale salientar que apesar da picada da vespa velutina ser muito dolorosa, ela só se torna potencialmente perigosa se a vitima for alérgica. Em caso de picada não espere pelos sintomas, dirija-se imediatamente ao centro de saúde mais próximo.

Não tente de modo algum destruir os ninhos, recorra a um técnico habilitado. Acima de tudo recomenda-se prudência à aproximação desta espécie, a vespa velutina é particularmente agressiva quando se sente incomodada no ninho, podendo perseguir em grupo a fonte de ameaça em torno de 500 metros.

Controle da vespa velutina ou asiática


Não existe nenhum método de controle eficaz, mas a destruição dos ninhos por pessoal especializado é considerado um dos mecanismos mais eficientes. Mas a sua deteção não é fácil, geralmente o avistamento é dificultado pela folhagem da copa das árvores. O inverno é uma das melhores alturas para os descobrir, dada a queda das folhas das árvores, contudo a partir de Dezembro a destruição dos ninhos não têm grande efeito biológico, a destruição é particularmente eficaz quando realizada até finais de Julho-Agosto. É nesta altura que se inicia a criação das rainhas fundadoras, são estas que garantem a sobrevivência da espécie no ano seguinte.

A destruição de um ninho de asiáticas deve ser obrigatoriamente realizada por um técnico especializado. Este deve capaz de fazer um reconhecimento coreto e decidir qual o método indicado de aniquilação. Uma destruição mal feita pode levar à proliferação de outros ninhos, é portante primordial extinguir toda a colonia. Além disso uma exterminação mal realizada pode potenciar o comportamento defensivo da colonia e aumentar a agressividade das vespas sobreviventes, colocando em perigo a integridade física da população humana circundante.

No meio de toda esta apoquentação surge uma nova esperança, está a ser criada uma capsula que funciona como um cavalo de troia. A vespa asiática é atraída pela capsula que têm material atrativo e leva-a para o ninho, confundindo-a com alimento. A capsula contém um biocida que atua dentro do ninho, contamina-o e aniquila toda a colonia de vespas. Leia mais em: Um projeto que visa eliminar a praga da vespa asiática.

O controle da vespa asiática é uma necessidade urgente e todas as medidas são bem vindas. Se avistar um ninho comunique de imediato às autoridades, poderá fazê-lo através dos seguintes meios: Câmara municipal, junta de freguesia, proteção civil ou preencha o formulário da plataforma STOP Vespa.
Linha SOS Ambiente e Território: (808 200 520)
Cantanhede: Proteção Civil Municipal (231423818)
Câmara Municipal da Mealhada: (231 200 980)
Anadia serviços camarários: Linha Verde (800 207 081)


Armadilhas para a captura de vespas asiáticas


Fazer armadilhas de captura com garrafas plásticas e colocar lá dentro um liquido atrativo é outra medida que têm sido utilizada. O isco varia conforme a estação do ano.
No inicio da Primavera o principal objetivo é capturar as fundadoras, cada vespa eliminada será menos um ninho nos meses de Verão. A partir de Maio as vespas asiáticas procuram proteína para alimentar as larvas, são usadas soluções contendo carne ou peixe juntamente com água.
É recomendado fazer armadilhas seletivas, com orifícios de entrada de 9 mm, de modo a evitar a entrada da cabro. Propõe-se também fazer outro buracos de 6 mm de modo a possibilizar a fuga de outros insetos mais pequenos, entre eles as abelhas.
Coloque estas armadilhas nos locais de avistamento ou pendure-as nas árvores de fruto.

1ª Opção
  • 50 ml de vinho branco
  • 50 ml de groselha
  • 50 ml de cerveja preta
2ª Opção
  • Néctar de pera
  • Vinagre
3ª Opção
  • 5 litros de água
  • 2 Quilos de açúcar
  • 50 gramas de fermento de padeiro

1 comentário:

  1. Vamos ver como isto vai ser envestiram 5milhões de € para conbater a vespa asiatica vamos ver para onde vai ese dinheiro boa apicultura

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