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A potra da couve - Plasmodiophora brassicae Wor.

A potra ou hérnia da couve - Plasmodiophora brassicae Wor.
A potra (Plasmodiophora brassicae Wor. ) é uma doença fúngica que infeta quase todas as crucíferas. Penetra nas plantas através dos pelos radiculares, causando hiperplasia e consequente formação de galhas, engrossamento e deformações das raízes (tanto na primária como nas secundárias). Todo este mecanismo dificulta a absorção de água e nutrientes eleva ao atrofiamento da planta, que se manisfesta por crescimento limitado, clorose parcial das folhas e murcha nas horas de maior calor, recuperando pela fresca. Se a infeção ocorrer no inicio de ciclo das plantas, percebe-se atraso de crescimento. Numa fase mais avançada do desenvolvimento da planta verifica-se a perda de vigor e amarelecimento das folhas e a murcha nas horas de maior calor. Em algumas situações estes sintomas acentuam-se pela presença de outros parasitas o que impulsiona ainda mais o processo de destruição da couve.

Factores favoráveis ao desenvolvimento da potra


Os solos húmidos, pesados, compactos, com tendencia ao encharcamento.
Acidez do solo. O solo ácido é favorável ao desenvolvimento deste parasita.
Cultivo prolongado de crucíferas no mesmo local.
Aquisição de plantas infetadas. Os viveiros infetados podem ser um núcleo da disseminação da doença.
Presença ou uso de restos de culturas contaminadas.
Uso de estrumes proveniente de animais alimentados por raízes de plantas infetadas.
Água que escorre de locais contaminados.

Meios de prevenção e combate à doença da potra


Em Portugal não há produtos fitofarmacêuticos amolegados indicados ao tratamento da potra, portanto as principais medidas adotadas passam pela prevenção e pela utilização de determinadas medidas culturais.

O fungo da potra é favorecido por solos ácidos, faça analise ao solo para determinar o pH e  caso se justifique proceda à sua correção, até elevar o pH a níveis próximos à neutralidade. A hérnia da couve é reduzida, mas não eliminada pela elevação do pH dos solos através da calagem, não obstante, tenha cuidado com as correções exageradas, o solo demasiado calcário pode conduzir ao bloqueamento da absorção de outros nutrientes por parte da planta, nomeadamente do fosforo.

Remover todas as plantas infetados e queimar todos os resíduos da cultura. Arrancar e queimar todos os elementos das plantas atingidas, tendo o cuidado de também retirar do solo os restos das raízes, de modo a eliminar as galhas existentes. Os restos das raízes infetadas emitem esporos que ficam viáveis no solo por vários anos (durante 7 a 12 anos) e são a principal fonte de inóculo para futuras infeções. Desinfete todos os utensílios de trabalho usados durante o manuseamento das plantas doentes

Rotação com culturas não susceptíveis. O cultivo prolongado de crucíferas no mesmo local pode conduzir mais cedo ou mais tarde à ocorrência da potra. As plantas da família das Solanáceas (tomate, beringela, pimento, batata, etc.) e cucurbitáceas (abóbora, pepino, melão, melancia, aboborinha etc.), são exemplos de plantas que podem entrar no circuito de rotação com as crucíferas. Nas parcelas afetadas evite o cultivo de crucíferas, durante pelo menos cinco anos.

A falsa potra


Existe alguma confusão entre a potra e a falsa potra, dado que os sintomas são bastante semelhantes. Contudo a potra como já foi referido é provocada por fungos, já a falsa potra é provocada por um inseto. Esse inseto deposita os ovos que mais tarde vão eclodir e dar origem a pequenas larvas brancas.

Nomes comuns: Potra, hérnia da couve, cepa da couve, pé grosso, perneira, etc.

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