Nome cientifico: LLex aquifolium
Sinonímia: S
Família: Aquifoliaceae
Gênero Ilex
Origem: Europa, Norte de Africa e Ásia
Nomes comuns: azevinho, azevim, azevinheiro, pau azevim, sombra de azevim.
O Azevinho é um dos grandes símbolos do Natal, devido ao seu porte e beleza é bastante comum encontrá-lo na decoração de montras, arranjos natalícios, produtos de pastelaria, e muito mais. Destaca-se pelas suas folhas verdes intensas e brilhantes, com rebordos espinhosos,a contrastar com pequenas bagas vermelhas, brilhantes e carnosas, chamadas de drupas.
É uma árvore ou arbusto de folhas persistentes, com crescimento lento, quando adulto atinge em média 4 a 6 metros de altura, as variedades maiores podem largamente ultrapassar essas medidas. Encontram-se especies com as tradicionais folhas verdes, mas também existem as folhas bicolores, verde e branco ou verde e creme (Azevinho Variegata).
A madeira é dura e densa, não flutua na água, é muito apreciada em alguns trabalhos de marcenaria.
O Azevinho faz parte das plantas espontâneas de Portugal, mas encontra-se em vias de instição por vários motivos, principalmente pela recolha dos seus ramos na altura do Natal. Esta circunstancia levou à toma de medidas com a implementação de uma lei (Decreto lei n.º 423/89 de 4 de Dezembro) que proíbe a apanha de azevinho na natureza, incluindo o corte de ramos (Proteção do Azevinho). Cultivar o azevinho em casa é uma boa forma de proteger a natureza e desfrutar dos tradicionais ramos na época de natal, ele não requer muitos cuidados, mas reclama algumas condições para manter toda a sua beleza.
Solo e localização: Não gosta de sol direto, prefere um ambiente de meia sombra, a exposição solar direta leva a queima das folhas. Na natureza o azevinho vive em consociação com plantas maiores, procura as condições ideais na sombra de outras árvores. Sobrevive à poluição, é resistente ao frio e à geada, mas é sensível às secas estivais. Embora não seja exigente quanto ao tipo de solos, desenvolve-se melhor em solos férteis, ricos em matéria orgânica, ligeiramente ácidos e que apresentem boa drenagem. O azevinho aprecia ser cultivado diretamente no solo, mas também pode ser plantado em vaso.
Cuidados com azevinho: Nos meses de maior calor deve ser regado com regularidade. A água deve ser dirigida diretamente à terra, evitando molhar a folhagem da planta.
É recomendado fazer uma adubação anual, incorpore matéria orgãnica à volta da planta.
É sensível a pragas como cochonilha e doenças como fumagina, contudo são relativamente fáceis de tratar (Calda inseticida de sabão)
Poda do azevinho: Tolera bem a poda de manutenção e formação, é aliás uma prática importante para manter a a estrutura da planta. Recomenda-se a poda de formação após o quarto ano, o azevinho deve ser podado no início da Primavera, antes da floração, e no Verão, após a frutificação. Corte os ramos que sobressaiam da planta e remova os ramos fracos ou secos.
O corte de ramos de azevinho é uma dinâmica comum na época natalícia e não faz mal nenhum à planta, pelo contrário, potencia o surgimento de novos raminhos.
Usos do azevinho: Tal como já foi referido o azevinho é muito utilizado em aplicações decorativas, principalmente natalícias. Presta-se ao plantio direto, na realização de sebes ou isolado, em canteiros, maciços ou isolados, adapta-se igualmente a vasos e floreiras. Se escolher o vaso, escolha um de grandes dimensões, caso contrário o crescimento da planta ficará limitado.
É possível realizar a multiplicação do azevinho por via da sementeira, contudo não é o método preferido, pelo facto de ser um processo muito demorado, a semente pode levar dois a três anos a germinar.
O método mais eficaz e que raramente falha é enterrar a base dos ramos na terra sem os separar da planta mãe. O processo demora alguns meses mas, mas resulta em plantas bem enraizadas e com caraterísticas idênticas à geradora.
A forma mais usual é por meio da propagação da planta é através da estaquia, no final da Primavera e inicio do Verão. Contudo ela requer alguns cuidados, é necessário cortar estacas pequenas (8 a 15 cm), eliminar as folhas da base e cortar pela metade as restantes folhas. Poderá potenciar o surgimento das raízes com hormonas de enraizamento. Veja como fazer: Hormonas de enraizamento caseiras
A melhor época de plantação é no Outono, o transplante do azevinho deve ser realizado com delicadeza, a planta ressente-se com a pertubação das raízes.
O azevinho é uma planta dioica, ou seja precisa de um macho para polinizar a fêmea e somente esta produz as tão apreciadas bagas vermelhas. Contudo atualmente já se podem comprar plantas de azevinhos monoicos, ou seja, a mesma planta produz a flor masculina e a feminina em simultâneo. A flor é branca e pequena, não têm qualquer interesse ornamental. Floresce na Primavera e frutifica no Outono Inverno. Em Portugal os frutos do azevinho começam a ficar maduros em Outubro e permanecem por mais alguns meses.
Quando jovem o azevinho tende a apresentar folhas bastante recurvadas com muitos espinhos, à medida que envelhece vai perdendo os espinhos e os contornos acentuados. Apesar de toda a beleza das folhas e dos frutos do azevinho, é preciso algum cuidado, eles são tóxicos, 20 a 30 frutos podem causar a morte de adulto.
O uso do azevinho no Natal é um costume pagão muito antigo, está associado a certas celebrações religiosas. Existem referências da sua utilização nas festas Saturninas, em honra de Saturno, que se celebravam na antiga Roma. Segundo as narrativas o azevinho era a planta sagrada desse Deus.
Segundo uma lenda cristã, quando a Sagrada Família era perseguida pelos soldados do rei Herodes, que queriam matar Jesus, o azevinho forneceu-lhe proteção. Quando Maria avistou os soldados, ela se aproximou de um azevinho e pediu-lhe proteção. Segundo a lenda o azevinho na altura era uma árvore de folha caduca e milagrosamente as folhas cresceram e esconderam a família sagrada. Maria abençoou a planta e concedeu-lhe o dom de se preservar verde perpetuamente. O azevinho tornou-se assim uma árvore de folha persistente e permaneceu como símbolo do Natal pelo seu desempenho na proteção de Jesus.
O falso azevinho (Ruscus aculeatus) também se encontra sob o estatuto de protegido. É vulgarmente conhecido como gilbardeira ou vasculhus, sendo também utilizado na época natalícia em substituição do verdadeiro azevinho. A confusão entre estas duas especies têm origem no mesmo contraste de verde com
as bagas vermelhas brilhantes, mas não são parentes. O falso azevinho (Ruscus aculeatus) pertence à família das Asparagáceas a mesma dos espargos e o verdadeiro azevinho pertence à família Aquifoliaceae.
O falso azevinho é muito comum no território português, é um pequeno arbusto com rizomas subterrâneos, que possui folhas membranáceas, caducas de pequena dimensão, quase despercebidas, o que nos salta à vista e parecem folhas são na verdade caules aplanados (Cladódios), que terminam num pequeno espinho. Os frutos são pequenas bagas vermelhas que também surgem entre o Outono e o Inverno.
Sinonímia: S
Família: Aquifoliaceae
Gênero Ilex
Origem: Europa, Norte de Africa e Ásia
Nomes comuns: azevinho, azevim, azevinheiro, pau azevim, sombra de azevim.
É uma árvore ou arbusto de folhas persistentes, com crescimento lento, quando adulto atinge em média 4 a 6 metros de altura, as variedades maiores podem largamente ultrapassar essas medidas. Encontram-se especies com as tradicionais folhas verdes, mas também existem as folhas bicolores, verde e branco ou verde e creme (Azevinho Variegata).
A madeira é dura e densa, não flutua na água, é muito apreciada em alguns trabalhos de marcenaria.
O Azevinho faz parte das plantas espontâneas de Portugal, mas encontra-se em vias de instição por vários motivos, principalmente pela recolha dos seus ramos na altura do Natal. Esta circunstancia levou à toma de medidas com a implementação de uma lei (Decreto lei n.º 423/89 de 4 de Dezembro) que proíbe a apanha de azevinho na natureza, incluindo o corte de ramos (Proteção do Azevinho). Cultivar o azevinho em casa é uma boa forma de proteger a natureza e desfrutar dos tradicionais ramos na época de natal, ele não requer muitos cuidados, mas reclama algumas condições para manter toda a sua beleza.
Cultivo e cuidados com o azevinho
Solo e localização: Não gosta de sol direto, prefere um ambiente de meia sombra, a exposição solar direta leva a queima das folhas. Na natureza o azevinho vive em consociação com plantas maiores, procura as condições ideais na sombra de outras árvores. Sobrevive à poluição, é resistente ao frio e à geada, mas é sensível às secas estivais. Embora não seja exigente quanto ao tipo de solos, desenvolve-se melhor em solos férteis, ricos em matéria orgânica, ligeiramente ácidos e que apresentem boa drenagem. O azevinho aprecia ser cultivado diretamente no solo, mas também pode ser plantado em vaso.
Cuidados com azevinho: Nos meses de maior calor deve ser regado com regularidade. A água deve ser dirigida diretamente à terra, evitando molhar a folhagem da planta.
É recomendado fazer uma adubação anual, incorpore matéria orgãnica à volta da planta.
É sensível a pragas como cochonilha e doenças como fumagina, contudo são relativamente fáceis de tratar (Calda inseticida de sabão)
Poda do azevinho: Tolera bem a poda de manutenção e formação, é aliás uma prática importante para manter a a estrutura da planta. Recomenda-se a poda de formação após o quarto ano, o azevinho deve ser podado no início da Primavera, antes da floração, e no Verão, após a frutificação. Corte os ramos que sobressaiam da planta e remova os ramos fracos ou secos.
O corte de ramos de azevinho é uma dinâmica comum na época natalícia e não faz mal nenhum à planta, pelo contrário, potencia o surgimento de novos raminhos.
Usos do azevinho: Tal como já foi referido o azevinho é muito utilizado em aplicações decorativas, principalmente natalícias. Presta-se ao plantio direto, na realização de sebes ou isolado, em canteiros, maciços ou isolados, adapta-se igualmente a vasos e floreiras. Se escolher o vaso, escolha um de grandes dimensões, caso contrário o crescimento da planta ficará limitado.
Multiplicação do azevinho
É possível realizar a multiplicação do azevinho por via da sementeira, contudo não é o método preferido, pelo facto de ser um processo muito demorado, a semente pode levar dois a três anos a germinar.
O método mais eficaz e que raramente falha é enterrar a base dos ramos na terra sem os separar da planta mãe. O processo demora alguns meses mas, mas resulta em plantas bem enraizadas e com caraterísticas idênticas à geradora.
A forma mais usual é por meio da propagação da planta é através da estaquia, no final da Primavera e inicio do Verão. Contudo ela requer alguns cuidados, é necessário cortar estacas pequenas (8 a 15 cm), eliminar as folhas da base e cortar pela metade as restantes folhas. Poderá potenciar o surgimento das raízes com hormonas de enraizamento. Veja como fazer: Hormonas de enraizamento caseiras
A melhor época de plantação é no Outono, o transplante do azevinho deve ser realizado com delicadeza, a planta ressente-se com a pertubação das raízes.
Curiosidades do Azevinho
O azevinho é uma planta dioica, ou seja precisa de um macho para polinizar a fêmea e somente esta produz as tão apreciadas bagas vermelhas. Contudo atualmente já se podem comprar plantas de azevinhos monoicos, ou seja, a mesma planta produz a flor masculina e a feminina em simultâneo. A flor é branca e pequena, não têm qualquer interesse ornamental. Floresce na Primavera e frutifica no Outono Inverno. Em Portugal os frutos do azevinho começam a ficar maduros em Outubro e permanecem por mais alguns meses.
Quando jovem o azevinho tende a apresentar folhas bastante recurvadas com muitos espinhos, à medida que envelhece vai perdendo os espinhos e os contornos acentuados. Apesar de toda a beleza das folhas e dos frutos do azevinho, é preciso algum cuidado, eles são tóxicos, 20 a 30 frutos podem causar a morte de adulto.
O uso do azevinho no Natal é um costume pagão muito antigo, está associado a certas celebrações religiosas. Existem referências da sua utilização nas festas Saturninas, em honra de Saturno, que se celebravam na antiga Roma. Segundo as narrativas o azevinho era a planta sagrada desse Deus.
Segundo uma lenda cristã, quando a Sagrada Família era perseguida pelos soldados do rei Herodes, que queriam matar Jesus, o azevinho forneceu-lhe proteção. Quando Maria avistou os soldados, ela se aproximou de um azevinho e pediu-lhe proteção. Segundo a lenda o azevinho na altura era uma árvore de folha caduca e milagrosamente as folhas cresceram e esconderam a família sagrada. Maria abençoou a planta e concedeu-lhe o dom de se preservar verde perpetuamente. O azevinho tornou-se assim uma árvore de folha persistente e permaneceu como símbolo do Natal pelo seu desempenho na proteção de Jesus.
O verdadeiro e o falso azevinho
O falso azevinho (Ruscus aculeatus) também se encontra sob o estatuto de protegido. É vulgarmente conhecido como gilbardeira ou vasculhus, sendo também utilizado na época natalícia em substituição do verdadeiro azevinho. A confusão entre estas duas especies têm origem no mesmo contraste de verde com
gilbardeira Ruscus aculeatus |
O falso azevinho é muito comum no território português, é um pequeno arbusto com rizomas subterrâneos, que possui folhas membranáceas, caducas de pequena dimensão, quase despercebidas, o que nos salta à vista e parecem folhas são na verdade caules aplanados (Cladódios), que terminam num pequeno espinho. Os frutos são pequenas bagas vermelhas que também surgem entre o Outono e o Inverno.
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