Género: Cymbidium
Origem: Sudeste Asiático, Austrália, Sul do equador e algumas regiões da Califórnia.
Nomes populares: Cymbidium, Orquídeas de fora, orquídeas de rua, orquídeas bravas.
Descrição: Os Cymbidium são das orquídeas mais amadas em Portugal. As florações abundantes, a facilidade de cultivo e o enorme leque de variedades ajudam bastante a manter o fascínio por estas plantas. São relativamente grandes comparativamente a outras orquídeas, por isso é necessário algum espaço, são escolhidas para embelezar zonas exteriores, terraços e jardins.
Começam a florir no Outono e prolongam-se até à Primavera, as flores duram em média dois meses abertas. As hastes florais variam muito em tamanho, em quantidade de flores e cores. Dependendo da espécie podem crescer eretas, aparecendo bem acima da folhagem, ou pendentes, as chamadas “Cascata”.
Como cuidar as Orquídeas Cymbidium
Requerem um substrato leve e poroso, estas características são facilmente encontradas nas misturas indicadas a orquídeas. Os substratos comuns que apresentam uma textura mais densa, podem levar a doenças que provocam a podridão dos pseudobulbos.
Não é muito comum ver Cymbidium amarrados em árvores, mas é uma boa possibilidade, ele conseguem se adaptar bem. Também se adaptam ao plantio direto no chão, desde que escolham um local e um solo com boa capacidade de drenagem.
➢ Adubação dos Cymbidium: Os Cymbidium só devem ser adubados quando apresentarem rebentos em crescimento ativo, geralmente começa na Primavera. Se aplicarem um adubo de libertação lenta façam-no no inicio de Março, que é quando a planta precisa de maior aporte de alimento, para ajudar a formar pseudobulbos e potenciar folhas maiores. Quando se aduba uma orquídea fora da época vamos desencadear uma serie de problemas: alteração do pH e acidificação do substrato, apodrecimento das raízes, surgimento de doenças bacterianas, pontas das folhas pretas.
➢ Pragas e doenças dos Cymbidium: Os principais inimigos dos Cymbidium são as lesmas e os caracóis, seguem-se as cochonilhas e afídeos que geralmente investem nas partes mais tenras das planta, principalmente as hastes florais . Atacam a planta, devoram-na, picam-na e sugam-lhe a seiva, roubando energia e provocando pequenas ou grandes lesões que servem de entrada a bactérias e fungos. É essencial observar a orquídea regularmente e combater o problema no inicio de modo a evitar danos maiores.
➢ Rega dos Cymbidium: As regas devem ser abundantes, mas as plantas não devem ficar encharcadas. Os pratos debaixo dos vasos devem ser evitados, já que podem acumular água. O excesso de água é o maior inimigo das orquídeas, provoca o apodrecimento dos pseudobulbos, das raízes e posteriormente ao colapso da planta. Se a temperatura do dia contrastar muito com a da noite, reguem a planta pela manhã, de modo a ela ter tempo de secar durante o dia, prevenindo assim problemas fúngicos e bacterianos.
➢ Como fazer florir as Orquídeas Cymbidium: Os Cymbidium são plantas rústicas, no seu habitat natural suportam um grande contraste de temperaturas entre o dia e a noite, essa diferença é essencial para induzir a floração. Há quem pratique a técnica da água gelada no período que antecede a rebentação das hastes florais. Ou seja, dia sim dia não, colocam um ou dois cubos de gelo durante a noite na lateral do vaso do cymbidium. este método vai permitir que a temperatura caia durante a noite. Em Portugal não é necessário preocupar-nos com este contraste, porque o clima nos propicia as condições ideais.
Após a floração surgem rebentos novos e há produtores de cymbidium que defendem que quando as plantas são bem cuidadas há por vezes a tendência de haver uma grande quantidade dessas novas rebentações, roubando assim energia para possíveis hastes florais. Então eles executam o desbaste de algumas novas brotações com a finalidade de canalizar a energia para as hastes florais.
Os Cymbidum gostam de vasos pequenos e fundos. Ao plantar orquídeas pequenas em vasos grandes, arisca-mos ter plantas sem flores durante muitos anos.
Transplante dos Cymbidium
Os Cymbidium devem ser replantadas a cada dois ou três anos, o transplante deve ser realizado quando se começam a observar rebentos novos. Na hora da mudança da orquídea vamos nos deparar com um torrão de raízes densas e emaranhadas. O nosso objetivo é abrir esse aglomerado estragando o menos possível as raízes. Sempre que possível devemos evitar usar objetos cortantes, vamos apenas usar as mãos. Enfiamos os dedos no fundo do emaranhado de raízes e puxamos delicadamente para os lados, de modo a libertá-las e remover os restos de substrato.
Replante a orquídea num vaso que apresente apenas dois dedos acima do anterior. Os Cymbidium gostam de estar apertados, não devemos usar vasos grandes para orquídeas pequenas, sob o risco de termos plantas sem flores durante muitos anos.
Coloque uma camada de material drenante no fundo do vaso, pode ser leca, bocados de esferovite ou pedaços de cacos. Coloque por cima uma camada de substrato e acomode aí as raízes da orquídea.
Uma prática importante na hora de plantar um Cymbidium é a segurança, não deve haver mobilidade entre a terra e a planta. Se necessário estabilize a orquídea com ajuda de uma varra.
Depois de realizada a operação de transplante é necessário fazer uma rega, de modo a acomodar a planta no vaso. Tendo em conta que durante o manuseamento há sempre quebras e estas podem ser uma porta de entrada para os fungos, recomenda-se manter a planta um dia por regar, de modo a evitar o excesso de humidade durante a cicatrização.
Se decidir dividir o Cymbidium, crie mudas com pelo menos quatro pseudobulbos. Não elimine os pseudobulbos sem folhas, enquanto duros, são fonte de reserva, e de novas brotações, porque possuem na base meristemas que em determinadas condições, dão origem a novas frentes.
Curiosidades das Orquídeas Cymbidium
É perfeitamente normal que os pseudobulbos mais velhos percam as folhas e não significa que estejam secos. há quem caia na tentação de os remover o que é completamente errado. A função dos pseudobulbos é guardar água e alimentos, mesmo sem folhas, enquanto duros continuam a ser uma fonte de água e nutrientes para a planta.
Geralmente um aglomerado de pseudobulbos despidos, chamados vulgarmente de bolbos secos, indica que o Cymbidium passou por um período de muita sede ou outro tipo de stress.
Normalmente na natureza, as plantas de folha mais larga vivem em condições de menor luminosidade, as de folha estreita como as orquídeas requerem mais luz. Quanto mais finas as folhas de um Cymbidium, mais tolerante á luz é.
As raízes das Cymbidium terminam numa ponta que se chama coifa, uma espécie de capa, que protege o meristema apical da raiz enquanto esta cresce e penetra no solo. Quando essa ponta é danificada é posta em causa toda a saúde dessa raiz. Tal como a maioria das orquídeas, os cymbidium possuem velame, uma espécie de esponja que reveste as raízes. Esta característica permite que a planta assimile humidade do ar.
Em que mês posso replantar as horquidías quando os vasos estão completamente cheios que não tem lugar para mais.
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