Coqueiro (Cocos Nucifera)

Cultivo do Cocos Nucifera ou coqueiroO coqueiro (Cocos nucifera) pertence à família das arecaceae a mesma das palmeiras e o único classificado com o gênero Cocos. A sua origem é controvérsia, porém acredita-se que tenha tido origem na Asia. As suas sementes são levadas pela corrente marítima até ao litoral de diversos países,  flutuam no mar e germinam em terra firma, este modo de propagação levou-o a espalhar-se pelo mundo e proliferar nas regões tropicais.

O coqueiro é uma palmeira rustica de crescimento rápido, que apresenta um longo ciclo de vida, podendo alcançar os 90 anos, com uma produção aproximada de 80 cocos por planta, dependendo das variedades. Ostenta  um sistema radicular fibroso, com um aglomerado de raízes finas a sair da base do tronco, crescendo para fora perto da superfície, apenas algumas raízes penetram profundamente no solo, com o fim de dar estabilidade ao coqueiro.
As folhas são tipo penadas compostas por focíolos presos ao ráquis, variam entre os 90 a 130 cm de comprimento, quando envelhecidas caiem inteiras, deixando o tronco liso e limpo, ao contrário da maioria das palmeiras.
As flores são pequenas, brancas ou amareladas, apresentam-se em cachos pendentes com cerca de um metro.

Como cuidar o coqueiro (Cocos nucifera)


A planta do cocos nucífera  aprecia uma humidade constante e locais bem iluminados, O coqueiro dá-se bem em locais onde predomina o clima quente, sendo a temperatura ideal  de 27º. Não suporta ventos fortes e frios. Adapta-se bem a salinidade do solo, aprecia solos arenosos ou areno argilosos, ricos em matéria orgânica e que apresentem uma boa drenagem.

A mudança de vaso é uma tarefa delicada, deve ser executada com cautela de modo a não danificar a raiz. Abra uma cova com 60 x 60, inclua um bom aporte de adubo orgânico e 800 gr de superfosfato, não deixe as raízes da muda tocar no adubo. Fixe a planta no solo sem cobrir o colo, depois regue generosamente, o coqueiro é muito exigente em água. A melhor altura de plantio é nas épocas chuvosas,  deve ser plantado em sol pleno, sem sombras por perto.

O crescimento em interiores como planta ornamental exige algumas condições e cuidados. A planta não tolera o frio nem a seca, requer muita luminosidade e humidade elevada. Estima-se uma temperatura minima de 15º, porém suporta períodos curtos com temperaturas mais baixas. O substrato deve ser rico em matéria orgânica e ter uma boa drenagem. Adube a planta na altura de maior crescimento.
Pulverize as folhas com frequência e coloque o vaso sobre pedras molhadas, elimine o pó acumulado com um pano húmido. No Verão regue regularmente, mantendo o substrato do vaso húmido,  no Inverno reduza as regas ao minimo.
As defesas do coqueiro diminuem quando ele não se encontra no seu ambiente natural. Dentro das pragas, é suscetível ao ataque do aranhiço vermelho e da cochonilha algodoenta.

A minha experiencia com o coqueiro em Portugal


É evidente que a planta do cocos nucifera é linda, quanto a mim uma das mais belas plantas ornamentais, mas eu quero mais! Inicialmente vou pensar nele como planta ornamental, no futuro vou pensar na possibilidade de o ver frutificar, quem sabe eu venha a beber água de coco em Portugal 😏 Afinal não seria a primeira árvore tropical a dar frutos em Portugal. Eu propria tenho a experiencia, tenho um manga que vêm a frutificar 3 anos consecutivos (A minha experiencia com a manga em Portugal) e um vizinho meu têm um abacateiro que produz incansavelmente (Cultivo do abacateiro). Até agora tenho o meu coqueiro num vaso, protegido por um telheiro, está bonito e têm reagido bem aos tratos. Irei atualizar este trecho e manter-vos a par da evolução do meu coqueiro.

Curiosidades sobre o coqueiro


A reprodução do coqueiro é feita a partir do fruto, o coco. Este deve estar bem seco e deve apresentar uma maturação de 11 a 12 meses. Deverão ser colocadas sobre uma mistura de terra com areia. Esta prática exige temperaturas e humidade elevadas.

O coqueiro foi introduzido pelos Portugueses no Brazil, no século XVI, mais propriamente em 1553. Foi trasido do Cabo Verde e plantado inicialmente no estado da Bahia, posteriormente o cocus nucifera espalhou-se por toda a costa.

Nomes populares: Coco, coqueiro, coqueiro da Índia, cocotero, coco da praia,  palma de coco, palma indiana, coqueiro da bahia, coqueiro da bahia, adiaván.

Foto: Pixabay

Plantar abacaxi ou ananás

Plantar abacaxi e cultivo

O Abacaxi (Ananas comosus) é uma infrutescência tropical que nos conquista pelo aroma, frescura e doçura. Além disso apresentam importantes propriedades e qualidades nutricionais. É  produzido pela planta herbácea de mesmo nome, que pertence à família das bromeliaceae e alcança em média um metro de altura.

Cultivar abacaxi em casa têm um valor especial, o gosto é diferente dos comprados no supermercado, é muito melhor. Plante-os com as dicas que deixa-mos a seguir e ganhe com a beleza desta planta e com os deliciosos frutos.

A melhor manira de multiplicar um abacaxi ou ananas é plantar os rebentos laterais da planta, quando eles apresentam mais de um palmo de comprimento, retiram-se da planta mãe e deixam-se a cicatrizar em ambiente seco com a base voltada para cima, de modo a evitar podridões após o plantio. Plantam-se os rebentos em covas, devendo estes ser enterrados um quarto do seu comprimento, com o cuidado de não chegar terra ao olho da planta.

Porém nem todos têm um abacaxi à mão para realizar o processo, mas saiba que a coroa do fruto também gera uma nova planta. Os passos são bem simples e têm uma boa percentagem de sucesso.
Este processo de multiplicação é mais demorado, o abacaxizeiro vai levar mais tempo a frutificar.

11 passos que vão permitir maior sucesso do enraizamento do abacaxi


  1. Escolha um abacaxi em boas condições, que apresente uma coroa em perfeito estado, verde e sem manchas amarelas ou castanhas.
  2. Segure o abacaxi com uma mão e com a outra segure a coroa e torça até que a base da coroa saia por inteiro. Poderá também pode cortar a coroa do abacaxi com o auxilio de uma faca. Corte uns dois centímetros abaixo da coroa  e com as mãos retire a casca e a polpa que sobrou, com o cuidado de não danificar o caule de onde vão sair as raízes. 
  3. Retire as folhas basais, de modo a que a parte de baixo fique bem limpa e permita a saída das raízes. 
  4. Depois da coroa de abacaxi se apresentar bem limpa, deixe-a cicatrizar deixando-a a secar num ambiente arejado, por dois ou três dias dependendo das condições ambientais. 
  5. Depois coloque-a num copo com água, mantendo apenas a base da coroa em contacto como o liquido. Coloque em lugar bem iluminado, mas fora da radiação solar direta.
  6. Troque a água do copo pelo menos a cada dois dias, de modo a evitar apodrecimentos.
  7. Ao fim de 8 a dez dias a coroa de abacaxi já deve apresentar raízes suficientes.
  8. Plante a coroa de abacaxi num substrato rico em matéria orgânica e com uma boa capacidade de drenagem. Pode ser plantado em vaso ou no solo em local direto
  9. Abra uma cavidade na terra, de modo a caber todo o raizame do abacaxizeiro sem as danificar. Certifique-se que todas as folhas restantes ficam acima do nível do solo.
  10. É fundamental não deixar cair terra no centro da roseta, de modo a prevenir o seu apodrecimentos.
  11. Nos primeiros 15 dias deixe a pequena planta onde apenas receba sol direto na parte da manhã, após este período pode deixar em sol pleno.

Cultivo e manutenção da planta de abacaxi


Condições de cultivo favoráveis: O abacaxizeiro desenvolve-se bem bem numa grande faixa de temperaturas, desde os 5º até aos 40º, porém é entre os 22º e os 32º que ele encontra a temperatural ideal. Aprecia ambientes húmidos, em condições secas, vaporize a planta regularmente. Em invernos muito frios proteja a planta, ela não suporta as geadas. Quando plantada em vaso coloque-a dentro de casa perto de uma janela ensolarada ou junto de outras plantas na estufa. Deste modo é possível cultivar o abacaxi em Portugal e em outros locais com invernos rigorosos.
O solo de plantio deve profundo, com textura média ou leve, bem drenado e com o pH situado nos 5,0.
A rega deve ser regular, com o cuidado de não molhar demasiado o substrato, a planta não tolera o encharcamento. O abacaxizeiro tanto é sensível à falta de água como ao excesso. Forneça-lhe um fertilizante liquido rico em potássio na água da rega duas vezes por mês, durante o Verão.

Frutificação do abacaxi: Geralmente a primeira produção começa por um fruto, de seguida gera-se a ramificação do talo central que origina outros frutos. Deste modo a fase produtiva do abacaxizeiro pode prolongar-se por vários anos.
 Fique atento ao aparecimento das flores, elas darão origem ao tão desejado abacaxi. O primeiro sinal é o aparecimento de um cone vermelho no centro da maceta, de seguida aparecerão umas flores azuladas que darão origem ao fruto.
A colheita do abacaxi realiza-se quando o fruto comece a mostrar o começo de tonalidade amarelada. No modo comercial a apanha é feita quando o fruto começa a mudar de verde escuro para um verde mais claro e bronzeado. Nessa altura corta-se o abacaxi pela haste uns 2 a 3 centímetros abaixo do fruto.

Multiplicação do abacaxi por sementes: Até agora apenas falamos da multiplicação do abacaxi através de rebentos ou coroas, porém também é possível fazê-lo com sementes. Apesar de muita gentes não se aperceber, há abacaxis que têm semente, elas encontram-se logo abaixo da superfície da pele, mas não é garantido que todos os frutos as tenham. Essas sementes podem ser semeadas e dar origem a novas plantas de abacaxi, o processo é mais demorado e requer mais tempo e paciência. Geralmente quem experimenta a sementeira, coloca as sementes sobre algodão ou papel húmido, dentro de um frasco. Vai-se borrifando de modo a manter a base sempre húmida mas sem sinais de água estagnada. Depois aguarda-se com paciência porque o processo pode levar meses.

Classificação Cientifica

Espécie: Ananas comosus
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Bromelioideae
Género: Ananas
Nomes populares: Abacaxi, abacaxizeiro, ananas, ananaseiro, pinã (Espanhol), peapple (Inglês)

Em casa pode plantar muitos outros frutos como:

Feijão mangalô ou orelhas de padre (Lablab purpureus)

Feijão mangalô ou orelhas de padre (Lablab purpureus)

O Feijão pedra ou orelhas de padre (Lablab purpureus) está dentro das minhas novas experiencias, não o conhecia de todo até o encontrar na prateleira de um supermercado (à semelhança do feijão guandu) e logo me despertou a atenção. Parti para uma pesquisa na internet com o intuito de o conhecer melhor, procurei pelo nome feijão de pedra, tal como o pacote de supermercado indicava, contudo encontrei muito pouco matéria sobre este nome, descobri que os nomes mais vulgares são orelhas de padre, feijão mangalô e lablab.

Toda a planta é comestível, a semente, as vagens, incluindo as folhas jovens e as flores.  Quando cru o feijão é toxico, possui glicósideos, que quando consumidos são convertidos em cianeto de hidrogênio. Porém esta toxidade desaparece quando o feijão é cozido e previamente demolhado em água.

O feijoeiro mangolô é uma planta de alta produção podendo um só pé dar mais de um kilo de semente. As vagens verdes e tenras comem-se  cozidas ou salteadas, depois de tirar a tira fibrosa que une as duas bandas da vagem, tal como se faz com o feijão verde. Os feijões imaturos com tonalidade esverdeada são deliciosos, macios e aveludados,  podem ser refogados, cozidos e temperados como a ervilha, podem ser adicionados a sopas, ensopados, saladas, etc. Já o feijão seco come-se e prepara-se como a maioria dos feijões secos.

Além da sua utilização para a alimentação o feijão mangolô também é empregado como adubação verde na restauração de solos pobres, ou como planta de forragem para os animais..

Cultivo do feijão mangalô (Lablab purpureus)


É uma planta herbácea que apresenta uma alta tolerância à seca, cresce como uma trepadora e pode ser cultiva como anual ou bianual. Cresce rápido e em pouco tempo transforma-se numa trepadeira de grande porte.

Sendo uma planta de clima tropical ou sub tropical, aprecia temperaturas entre os 19º e os 24º. Em Portugal é cultivada como anual, já que não suporta as geadas.

Adapata-se a solos argilosos ou arenosos de boa fertilidade e com boa drenagem com pH ente os 5,5 e os 7,5. Em solos de baixa fertilidade e de pH inferior a 5,5, o crescimento é mais lento.

A sementeira pode ser feita em linha ou em cova. Sendo recomendada a distancia de 20 entre as sementes 60 a 80 cm entre linhas.  Em covas aplique 3 a 4 sementes, com espaçamento de 40 cm entre elas.

A apanha continua das vagens em verde garante uma produção continua por vários meses. Quando as vagens começam a secar a planta começa a definhar, como acontece com os feijoeiros comuns.

Nomes comuns: Orelhas de padre, orelha de Turco, feijão mangalô, feijão tonga, feijão cutelinho, lab-lab.

Calêndula características e cultivo

Calêndula ou maravilha, características e cultivo
A calêndula (Calendula officinalis) é uma planta herbácea anual, muito rustica de clima fresco a temperado, sendo originária do Sul da Europa e bacia do Mediterrâneo.  As calêndulas são plantas de dias longos, necessitam de de pelo menos 6,5 horas de luz por dia para florirem. As flores são inflorescências, que podem ser simples ou dobradas, vão do amarelo ao alaranjado e não fornecem apenas um toque de cor ao jardim, elas também são comestíveis, repelentes, atrativas e ricas em propriedades medicinais..

É cultivada como planta ornamental, com fins culinários, como auxiliar da horta ou como planta medicinal: (Benefícios da calêndula para a saúde). Na horta é uma das plantas mais utilizadas nas consociações e na prevenção natural de pragas. É uma boa companhia para os morangueiros, feijoeiros, framboesas, tomateiro, batateira e alho francês. Atua como um repelente da mosca branca, da mosca do alho francês, várias pragas da couve e nematodos do solo. Em contra partida atrai: Insectos polinizadores, crisopas, joaninhas, sirfídeos (alimentam-se principalmente de pulgões) e Percevejos (predadores de ácaros e mosca branca).

A calêndula também pode auxilar no tratamento animal, especificamente no gado bovino. Junta-se banha de porco com algumas flores de calêndula picadas, leva-se ao fogo e deixa-se fritar por alguns minutos. Depois de frio aplica-se no ubre do animal após a ordenha, este creme é cicatrizante, vai evitar as rachaduras e repelir insectos.

As calêndulas tendem a ser confundidas com o cravo túnico, sendo este também apelido de calêndula, porém eles são diferentes, apesar de apresentarem funções semelhantes para a horta, são  totalmente distintos no que se trata de propriedades medicinais. Veja aqui as diferenças: Cravo Túnico Tagetes sp

Cultivo da Calêndula

As calêndulas apreciam solos bem drenados e moderadamente férteis, porém elas sobrevivem bem em solos pobres. Gostam de ambientes bom ensolarados, apesar de tolerarem sombra ligeira, nos dias mais quentes do Verão até agradecem algum sombreamento. Suportam geadas leves, apesar das flores não resistirem às baixas temperaturas.

A propagação das calêndulas é feita por meio de sementes. As sementes devem ser lançadas em sementeira direta nos canteiros ou sobre a superfície de um substrato húmido e cobertas por uma camada fina de substrato. A germinação dá-se ao fim de 14 a 15 dias dependendo da temperatura ambiente. O espaçamento indicado entre plantas é de 20x30 centímetros. A propagação da calêndula é tão bem sucedida que chega a ter características invasoras e tronar-se numa verdadeira praga.

A floração é potenciada pelo sol, em locais mais sombrios a planta reduz significativamente a produção de flores. A produção de flores será intensificada pelo acréscimo de fertilizantes ricos em fosforo. Remova as flores, hastes e as folhas secas ou murchas de modo a potenciar nova brotação.

A colheita das flores deve ser realizada quando estas se apresentem completamente abertas e devem ser cortadas escalonadamente à medida que vão abrindo. Devem ser secas ao sol por 4 a 6 dias, dependendo da temperatura e da humidade relativa.

Nomes populares: Calêndula, malmequer do campo, maravilha, erva vaqueira, margarida dourada.

Amor perfeito (Viola wittrockiana)

Flor do Amor perfeito (Viola wittrockiana)

O Amor perfeito (Viola tricolor), pertence à família das violaceae e é originário da Europa. É uma das plantas mais populares dos jardins, não requer muita manutenção e cresce rápida mente. A sua resistência e o colorido intenso, são uma mais valia para os canteiros, floreiras ou jardineiras. As suas flores aplanadas oferecem uma vasta combinação de cores que vão do branco, ao amarelo, azul, violeta, rosa e tons marrons.

Como cuidar dos amores perfeitos


 Luz: O amor perfeito aprecia o sol pleno, porém adapta-se a vários tipos de luminosidade, cresce perfeitamente à sombra das árvores, no entanto quando recebe uma boa exposição solar oferece uma floração mais intensa e abundante.

 Temperatura- O amor perfeito aprecia climas amenos, com temperaturas situadas entre os 15º e os 25º. Não suporta bem as temperaturas altas.

 Regas: O amor perfeito aprecia a terra húmida, mas sem excessividades. Evite o encharcamento que pode levar ao apodrecimento da planta.

 Solo: Aprecia solos permanentemente húmidos, ricos em matéria orgânica e moderadamente ácidos (Entre os 5,5 e os 6), desde que apresentem uma boa drenagem.

 Fertilização: Durante a fase de crescimento é sempre benéfico juntar um pouco de adubo liquido à água da rega.

 Poda: Elimine periodicamente as flores à medida que vão murchando e secando. Corte-as junto à base do ramo de modo a estimular uma floração continua

 Cuidados: No Verão coloque uma cobertura de casca ou de palha à volta da planta. Esta prática vai permitir manter a terra mais fresca.

➢ Época de floração: Geralmente o amor perfeito floresce na Primavera e no Outono, em geral a floração cessa nos meses mais quente de Verão.

Multiplicação do Amor perfeito


Reprodução do amor perfeito dá-se principalmente pela sementeira. As sementes devem ser semeadas superficialmente no solo. O substrato deve manter-se húmido mas sem excessos. A temperatura deve ser amena, as temperaturas elevadas dificultam a germinação. A germinação dá-se entre uma a 14 a 21 dias, dependendo das condições ambientais.
Quando as pequenas plantas alcançarem 6 a 7 folhas verdadeiras, transplante-as para o local definitivo. Recomenda-se o espaçamente de 15 a 30 cm.
A propagação do amor perfeito também pode ser realizado pela divisão de plantas maiores, mas o processo raramente oferece plantas com o mesmo vigor das obtidas pela via sementeira.

Curiosidades sobre o Amor perfeito


como plantar o Amor perfeito (Viola wittrockiana)Além da sua beleza o amor perfeito também oferece propriedades medicinais: expetorantes, diuréticas, anti inflamatórias, estimulantes, sudorificas,emolientes, antitumorais, laxantes, depurativas. Na fitoterapia têm sido usado no tratamento da epilepsia, asma, doenças da pele, doenças pulmonares, reumatismo e cistite.

O amor perfeito também têm um lugarzinho na culinária. As suas pétalas possuem um sabor adocicado e podem ser usadas no enriquecimento de saladas e na decoração de vários pratos e doces.

A flor do amor perfeito significa romantismo e amor duradouro, está associada à reflexão, ao pensamento e recordações amorosas. Em Francês ele é chamado de "pensée", em português significa pensamentos. Os apaixonados davam a flor à pessoa amada como prova do seu amor antes de se ausentarem por tempo indefinido, com o intuito de serem lembrados. Portanto se quer dar a entender a alguém amado que sente saudades, ofereça-lhe um amor perfeito.
Também é simbolo da glorificação do trabalho. Há também quem o designe pela erva da trindade (Como referencia à Santíssima Trindade), pela combinação delicada das três cores da flor.

Nomes populares: Amor perfeito, erva da trindade, flor da trindade, amor perfeito ravo, viola, viola das três cores, violeta borboleta.

Se procura flores resistentes veja também o cultivo do: Cravo túnico, que além de oferecer uma abundante floração, também oferece características insecticidas que permitem defender outras plantas.

Foto:Pixabay

Cultivo da Anoneira (Fruta do conde)

Cultivo da Anoneira (Fruta do conde ou anona)
A anoneira (Annona cherimola, Mill) pertence à família das anoneaceas, e pensa-se que seja nativa do norte do Peru. O seu fruto a anona também conhecido por fruta do conde, é muito apreciado na América do Sul, porém é ainda pouco consumido em Portugal. É reconhecido pelo sua polpa branca cremosa, moderadamente sumarenta e pelas suas inúmeras vantagens para saúde, há quem acredite que ajuda no tratamento de doenças oncológicas: (Benefícios da anona). Além de todas as vantagens do fruto, também são atribuídos poderes medicinais às folhas da anoneira, que são utilizadas sob a forma de infusão, às sementes e à casca da árvore..

A anoneira é uma árvore de pequenas dimensões, um atributo que lhe permite ser cultivada num canto do jardim. Apresenta um tronco cilindrítico com casca grossa e lisa, ramos densos e folhas ovais lanceoladas de um verde escuro. O seu sistema radicular é superficial e ramificado. No conjunto todas estas características resultam numa árvore frondosa com um porte globoso. É considerada um a árvore semi caduca, porque na maioria das vezes as folhas mais velhas mantém-se até ao aparecimento dos novos rebentos.

Flor da Anoneira (Fruta do conde) O inicio da floração combina com o período de rebentação da folha. As flores da anoneira são emafroditas, não exibem um aspeto muito chamativo, mas são muito aromáticas. Apresentam-se solitárias ou em grupos de 2 ou 3. A parte masculina da flor é constituída de estames que se encontram sobre um receptáculo, formando uma massa branca e densa, comprimida pelas pétalas. A parte feminina apresenta um elevado numero de carpelos, cada um com apenas um óvulo, quando é fecundada os óvulos unem-se e formam um fruto composto. A maturação dos órgão femininos e masculinos da flor da anoneira dão-se em momentos distintos, a morfologia da flor apresenta pétalas longas e uma base muito estreita, estas características associadas à baixa frequência de insetos polinizadores, reduzem as hipóteses de uma boa polinização, em detrimento de uma baixa percentagem e qualidade dos frutos. O tempo médio que a árvore da anona leva a produzir é de aproximadamente 4 a 5 anos.

Cultivo e manutenção da anoneira


Sendo uma planta sub tropical, a anoneira prefere invernos suaves. Prefere locais com uma boa exposição solar, a temperatura ótima para o seu correto desenvolvimento encontra-se entre os 18 e os 20º. Aprecia uma humidade relativa de 60 a 80%.
A anoneira aprecia solos ricos em matéria orgânica, com boa drenagem, de textura franca (argilo, arenosos), com o pH situado entre os 5,5 e os 6,5.

O método de propagação mais usual é a sementeira, dada a grande facilidade com que a anoneira se propaga por semente, embora esta prática possa resultar em plantas com genótipos diferentes. A prática é simples, basta retirar as sementes do fruto e semeá-las depois de secas. Atualmente o método mais viável é a enxertia, que garante as características da planta mãe, contudo a anoneira apenas pode ser enxertada em porta enxerto da mesma espécie.

A plantação da anoneira deverá ser executada preferencialmente entre o mês de março e Maio, preferencialmente numa época de chuva. Escava-se uma cova com 60 cm de largura e outros 60 cm de profundidade. Acrescenta-se matéria orgânica ou um estrume bem curtido. Ao plantar a árvore tenha em atenção que o colo da árvore deve ficar um pouco acima do nível do solo.

A anoneira aprecia um bom aporte de matéria orgânica, além de esta melhorar a qualidade e fertilidade do solo, ela melhora a qualidade e sabor dos frutos. Em termos de nutrição, esta árvore é exigente em nutrientes como: azoto, potássio, cálcio e magnésio, porém é de ter em conta que o excesso de azoto leva ao rachamento dos frutos.

Embora a anoneira seja uma árvore rústica e resistente, ela está sujeita a doenças como antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) e podridão radicular (Armillaria mellea). Poderá igualmente ser atacada por pragas como a mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied), a broca e a cochonilha algodão.

Durante os primeiros 3 a 4 anos realiza-se uma poda de formação, depois dos 4 anos começa-se a poda de frutificação. A poda deve ser realizada quando as folhas começam a amarelecer e antes de se iniciar a nova rebentação. O ideal é optar por copas baixas, deste modo protege-se a planta e os frutos dos ventos fortes e facilita-se a apanha.

Desde o vingamento até à maturação completa da anona decorem 4 a 5 meses, porém este processo pode ir até aos 8 meses. A colheita das anonas deve ser efetuada quanto estas passarem do verde para um verde mais pálido, ligeiramente amarelado, os frutos demasiado verdes são ácidos e amargos.

Comportamento da anoneira em Portugal


A maior concentração de anoneiras situa-se nas ilhas dos Açores e da Madeira, onde encontram condições parecidas ao seu habitat natural. Porém já são conhecidos casos bem sucedidos em algumas localidades de Portugal continental.

Em Portugal o abrolhamento surge por volta de abril, dependendo das condições externas como a altitude e clima do local onde a árvore esteja instalada. Geralmente a floração dá-se entre Maio e Junho.

A anoneira apresenta dificuldade de polinização nas condições climáticas de Portugal. A salinidade do ar nas regiões próximas do mar ou a baixa humidade relativa podem afetar drasticamente o sucesso de uma boa polinização, contudo ela pode ser reforçada com a polinização manual.

Apesar do cultivo da anoneira não estar muito divulgado em Portugal, sabe-se que ela já é cultivada no Algarve e em vários países com clima parecido ao nosso. Ela foi introduzida em Espanha por volta de 1751 e desenvolve-se em vários outros países do mediterrâneo como Itália, Argélia, Israel e Egito.

A minha experiência com a anoneira em Portugal


As minhas anoneiras surpreenderam-me este ano, com as suas flores tão peculiares. Eu não estava à espera, para ser sincera até estavam meio abandonadas. Para ser mais precisa, tenho duas anoneiras, estão as duas em vasos relativamente pequenos. Apesar de serem da mesma idade, mostram uma grande diferença de tamanho, a que está no vaso maior têm aproximadamente 2 metros, a do vazo mais pequeno não chega a alcançar 1 metro. E por estranho que pareça a mais pequena é a que apresenta mais flores.

Não posso precisar a idade, mas creio que ultrapassam os 5 anos. Foram obtidas por via da sementeira. Retirei a semente de uma anona de mercado. A germinação decorreu normalmente, não posso precisar tempos, porém lembro-me que a nova planta cresceu normalmente sem grandes cuidados.
Nos tempos iniciais foram mantidas no abrigo de um telheiro. Nos últimos dois anos apenas receberam o abrigo das paredes da casa. Perdem a folha no inverno e no inicio da Primavera, começam a brotar normalmente.

Devo dizer que vivo numa região onde os invernos são acentuados, apesar de não nevar, as geadas noturnas são uma constante. Falo propriamente do norte de Portugal, da zona da Bairrada, onde as condições climáticas não são as melhores para as árvores tropicais. Tenho acrescentar que já vi uma anoneira na região, com um porte superior a 7 metros. A árvore cresce abrigada pelos muros de uma casa de 2 andares e apresentava frutos em crescimento. Segundo o proprietário ela frutifica todos os anos, apesar de não oferecer grande carga.

A anoneira não é a minha primeira experiencia de árvores exóticas, possuo uma pequena mangueira que me têm oferecido as melhores mangas que já provei. Sugiro que vejam o post onde relato: A minha experiencia com as árvores de manga 

Nomes populares: Fruta do conde, anona, nona, fruta pinha, cherimólia.