Incenso Bastardo - Plectranthus forsteri marginatus

Incenso Bastardo- Plectranthus forsteri marginatus
Nome cientifico: Plectranthus forsteri marginatus
Género: Plectranthus
Família: Lamiaceae
Ordem: Lamiales
Origem: Europa   Oceania
Ciclo de vida: Perene
Época de floração: Junho-Julho
Nomes vulgares: Incenso bastardo, mirra bastarda, planta vela, planta de incenso, hera sueca, falsa hortelã.

O Incenso Bastardo Plectranthus forsteri marginatus é uma planta perene, que apresenta uma folhagem atraente, com folhas aredondadas e bordas dentadas com margens brancas, surgem sobre hastes que vão ficando avermelhadas com a idade.

A planta liberta um intenso aroma idêntico ao incenso utilizado nas cerimonias religiosas, um facto que dá origem ao seu nome. O odor libertado também permite utilizar a planta como repelente de insetos. Tradicionalmente diz-se que esta planta quando cultivada e mantida por perto trás sorte.

O incenso bastardo apresenta algumas características invasivas, quando cultivado no chão é necessário tomar algumas precauções de modo a evitar o seu alastramento descontrolado.

Cuidados com o incenso bastardo - Plectranthus forsteri marginatus


Condições favoráveis: Aprecia uma boa exposição solar ou meia sombra, suporta o sol direto. Tolera bem o frio, mas não suporta a geada, no Inverno tende a perder algumas folhas, mas na Primavera a planta volta a rebentar vigorosamente.
O incenso bastardo aprecia solos ricos e aceita solos secos ou húmidos com boa drenagem..

Cuidados: Requer regas regulares. Retire as folhas secas e amarelas da planta, faça também uma pequena poda de limpeza quando verificar que a sua planta se encontra envelhecida. Preste atenção atenção à cochonilha e aos ácaros.

Multiplicação: Propaga-se facilmente por meio da divisão de rama, por estaca e sementeira.

Utilização: O Incenso bastardo é uma planta indicada para vasos suspensos ou como cobertura do solo, devido ao efeito pendente dos seus longos e flexíveis ramos. Tradicionalmente é utilizado para purificar o ar e como repelente de insetos.

Uso medicinal: Embora o incenso bastardo pertence à mesma família do boldo da terra, uma planta medicinal empregada popularmente nas dores de estomago, não foram encontradas referencias cientificas sobre o potencial bioativo do Plectranthus forsteri marginatus, embora se pese essa possibilidade.

Alfineteiro - Euphorbia enopla

Alfineteiro - Euphorbia enopla
Nome cientifico: Euphorbia enopla
Família: Euphorbiaceae
Origem: África do Sul
Nome comum: Euphorbia Alfineteiro

A Euphorbia enopla é uma suculenta muito ramificada, as hastes geralmente ramificam-se em direção à parte superior e criam um efeito que faz lembrar um castiçal de vários braços. As hastes estão generosamente cobertas de espinhos avermelhados, longos, robustos e altamente decorativos, que estão dispostos em fileiras ao longo das nas margens das nervuras. As folhas são efêmeras e minusculas. As flores masculinas surgem num pedúnculo solitário com 8 a 15 mm. As flores femininas são mais curtas e apresentam 4 a 6 brácteas pequenas. Á semelhança do que acontece com outras Euphorbias, quando a planta é cortada liberta um seiva leitosa espessa e branca, conhecida como látex.

A Euphorbia enopla é muito fácil de cultivar, não exige muitos cuidados, sucumbe mais facilmente ao excesso de zelo do que à negligencia. Contudo agradece alguns mimos e algumas práticas são essências para a harmonia e beleza desta planta.

Cuidados com a Euphorbia enopla


 Localização: Prospera melhor quando é cultivada num local ensolarado, preferencialmente sol direto e intenso durante todo o ano. As plantas que não são cultivadas em sol pleno crescem mais rápido, mas ficam desordenadas e à medida que crescem podem necessitar de tutores. No Inverno tolera geada ligeira.

 Solo:  A Euphorbia enopla cresce melhor num substrato indicado a cacto e suculentas, exige uma boa drenagem mas não é muito seletivo quanto ao resto.

 Regas: Regue generosamente sempre que o solo se apresentar seco, mas não deixe o solo exageradamente húmido, certifique de oferecer uma boa drenagem à planta. Ao contrário de outras suculentas a Euphorbia enopla não lida bem com longos períodos de seca, mas também não tolera o solo húmido, certifique-se sempre que ela não receba excesso de água, esta pode levar à podridão das raízes.

 Transplante: A Euphorbia enopla é uma planta que alcança grandes dimensões, podendo ultrapassar o metro de altura. Por este facto é recomendado o ser transplante a cada ano ou dois anos.

 Fertilização: Na primavera e no verão, forneça um fertilizante indicado a cactos e suculentas diluído em água na proporção indicada no rotulo da embalagem, pode ser fornecido mensalmente, ou quinzenalmente, conforme as necessidades da planta.

➢ Cuidados: A seiva da planta é toxica quando ingerida, é irritante para a pele e olhos. É recomendado o uso de luvas durante a sua manutenção e ter especial atenção de evitar o seu contacto com os olhos e a boca.

Multiplicação da Euphorbia enopla


 Propagação por estaca: A planta ramifica-se com expressividade e as compensações são um método eficaz de propagação. Remova uma estaca e deixe-a secar por 2 ou 3 dias, de modo a permitir que a ferida cicatrize. Como já foi referido o látex da planta é toxico e é exigido alguns cuidados na manutenção da planta, .
Propagação por semente: A Euphorbia enopla pode ser cultivada a partir da semente, contudo esta pode ser difícil de germinar. A semente é semeada sob a superfície de uma  bandeja com uma mistura de substrato com areia. Vaporiza-se regularmente, de modo a manter a superfície do substrato ligeiramente húmido. A germinação ocorre em aproximadamente 1 a 3 semanas dependendo das condições ambientais.

Outras Euphorbias


Aqui em cantinho verde - horta e jardim, também pode encontrar:
➢ Coroa de Cristo - Euphorbia milii
➢ Poinsétia- Euphorbia pulcherrima

Solo ácido e solo alcalino - saiba como ajustar o pH

Solo ácido e solo alcalino - saiba como ajustar o pH
O pH dos solos é a medida da acidez e da alcalinidade dos solos, basicamente o significado é potencial hidrogeniônico. Os níveis variam de 0 a 14, sendo o 7 neuro abaixo do 7 é acido, acima do 7 é básico ou alcalino. A faixa ideal da maioria das plantas situa-se entre os 5,5 e os 7,5 quando a acidez do solo se encontra dentro destes parâmetros, os nutrientes do solo apresentam-se disponíveis, contudo existem várias plantas que encontram as condições ideais fora dessa faixa.

O pH está diretamente ligado às rochas que deram origem ao solo, mas é influenciado por outros fatores entre eles: a interação do clima, a concentração de sais, metais ou ácidos, os fertilizantes ou substancias orgânicas que são acrescentadas ao seu preparo. No Brasil e em Portugal os solos são predominantemente ácidos.

A importância do pH do solo


A medida do pH do solo é um aspecto importante da agricultura, pois ela é determinante no desenvolvimento e produtividade das plantas. O pH demarca a eficácia das plantas absorverem os nutrientes e atingirem o seu potencial de produção total. Quando o solo está em desequilíbrio não é capaz de satisfazer as exigências das plantas, estas começam a apresentar carências pela dificuldade em captar os elementos nutritivos, mesmo que eles estejam presentes em grandes quantidades.

O pH do solo é determinante até na cor de algumas flores, como as hortênsias. Se o pH do solo estiver ácido, as hortênsias apresentarão cor azul, se o pH for alcalino, elas apresentarão cores que variam do rosa ao quase branco. A intensidade dessas cores depende do teor de intensidade da acidez ou alcalinidade do solo, ou seja, quanto mais ácido, mais intenso será o azul e quanto mais básico, mais clara será a flor.
Escala de pH

Como determinar e corrigir o pH do solo


Determinar o tipo de solo é um dos primeiros factores a ter em conta na hora de escolher o melhor método para corrigir o pH do solo. A correção deve ser cautelosa, deve ser realizada em base numa análise ao solo de modo a não provocar desequilíbrios maiores.

O processo mais comum e viável de avaliar o pH do solo é através da recolha de amostras de terra e enviar para centros de análises. Mas existem outros métodos que pode realizar em casa, apesar de não oferecerem resultados tão concretos.

Poderá medir  medir o pH da área que pretende cultivar com ajuda de um estojo medidor de pH, que se encontra em lojas especializadas ou em centros de jardinagem. O processo é fácil, é necessário cavar um buraco com cerca de 5 a 10 centímetros e enchê-lo com água destilada. Insira a sonda medidora nessa lama.

Verifique a acidez do solo com materiais caseiros. Recolha a terra e coloque uma pequena porção em dois copos iguais e adicione água destilada até formar uma pasta. Num dos copos  misture o bicarbonato de sódio, aproximadamente uma colher de sobremesa e mexa, na outra taça verta o vinagre. Espere alguns instantes e observe a reação de cada combinação, se a mistura de bicarbonato de sódio esfervecer é sinal que a terra é ácida, se for a terra com vinagre a esfervecer é sinal que o nosso solo é básico ou calcário. Se nenhuma das duas combinações reagir, o solo é neutro.
Se pretende uma leitura precisa, poderá adquirir umas fitas indicadoras de pH e mergulhá-as na solução da terra que pretende analisar, misturada com água destilada. Depois de imergir a fita na lama obtida espere uns 30 segundos e passe-a rapidamente por água destilada e compare a tonalidade obtida com as cores da caixa.

Também é possível medir a acidez em casa, usando um repolho.Ferva o repolho até ele libertar o pigmento. Misture água destilada  e deixe repousar aproximadamente 3 horas.
Depois adicione a terra ou outra substancia que pretenda analisar. Observe o comportamento da mistura, se ela for verde a substancia é alcalina, se ficar vermelha é acida.

Como corrigir o pH do solo


Solos alcalinos
O solo alcalino é um solo cujo o pH se situa acima de 7. Contém uma parte parte importante de calcário, sendo difícil manter vegetais sensíveis a este elemento, eles facilmente amarelecem devido à clorose férrica, um mal frequente neste tipo de terra.
Incorpore materiais orgânicos para reduzir o pH. Este método é barato e natural, pode ser usado estrume, composto, turfa, adubos verdes, resíduos de folhas e galhos. Conforme os microrganismos vão decompondo o material, vão-se libertando substancias ácidas ao solo. Com o tempo estes materiais orgânicos tendem a diminuir o pH do solo, contudo vale lembrar que o procedimento é lento, mas a inclusão destes materiais têm outros benefícios, melhoram a drenagem e a aeração do solo.
Aplique enxofre. Este elemento aumenta a acidez do solo gradualmente, mas depende de outros factores como humidade, temperatura e bactérias do solo.
Acrescente sulfato de alumínio. Este é um modo rápido, contudo ele provoca uma reação química que pode levar a efeitos indesejáveis, por este motivo alguns agricultores preferem não o usar.  .

Solos ácidos
Os solos ácidos apresentam um pH inferior a 7 e apesar de serem predominantemente férteis, a disponibilidade dos nutrientes é muito reduzida às plantas. Contém uma baixa percentagem de cálcio, um macronutriente secundário que além de promover a redução da acidez do solo e diminuir a toxidade pelo cobre ou alumínio, aumenta a disponibilidade de outros nutrientes, potencia a atividade microbiana, melhora o desenvolvimento das raízes, garante o vigor e proporciona rigidez aos tecidos das plantas. Em solos com um pH inferior a 5,5, a solubilidade do cálcio, do magnésio e do fósforo é reduzida.
A correção dos solos ácidos faz-se com substancias alcalinas como cal, calcário em pó, conchas moídas, marga ou cinzas de madeira.
➢ A calagem é o método mais utilizado para aumentar o pH do solo. Consiste na adição de compostos que contém cal ou calcário em pó. O processo deve ser realizado no Outono, incorporando o calcário ao solo numa cava profunda. A cal têm um baixo impacto em solos secos, por esse facto é recomendado regar o solo regularmente, de modo a potencializar o efeito do corretivo.
A cal agrícola é um pó bastante fino, que o solo absorve com muita facilidade. Contudo, é mais difícil de espalhar e pode entupir o aplicador.
➢ As cais granulada e em pasta são fáceis de espalhar, mas não são tão eficientes na alteração pH.
➢ A cal hidratada é recomendada apenas para os solos muito ácidos, é mais solúvel em água que as restantes e sobe o pH do solo rapidamente.
➢ Algumas fontes de cal contêm micronutrientes, como dolomita, mistura de carbonatos de magnésio e cálcio. São recomendadas a terrenos que apresentem deficiência de magnésio, não aplique desmesuradamente, sob o risco de provocar desequilíbrios por excesso de nutrientes.
➢ A aplicação de cinzas de madeira não é viável em grandes extensões pelo facto de serem necessárias grandes quantidades, mas em pequenas hortas pode ser bastante favorável, apesar de não serem tão eficientes quanto o calcário a curto prazo. Têm porém a vantagem de acrescentar micronutrientes importantes como o cálcio, fosforo, potássio,  boro, fosfato. Leia em: As vantagens da cinza na agricultura.

Plantas indicadoras do pH do solo


Plantas indicadoras de solos alcalinos: Dente-de-leão (Taraxacum officinale), Alfafa (Medicago sativa), Morugem (Stellaria media), Cenoura (Daucus carota), Chenopodium (Chenopodiaceae), Chicória (Cichorium intybus).
Plantas indicadoras de solos ácidos: Junça (Cyperus rotundus), Azedinha ( Oxalis oxyptera), Serradela brava (Ornithopus compressus), Milhãs (Echinochloa), Fetos (Pteridium aquilinum), Erva Pinheira (Sedum anglicum), Malmequer da Praia (Aster tripolum), Margarida ( Bellis perennis).

Plantas de solos ácidos : azáleas, camélias, mandioca, mirtilos, coníferas.
Plantas de solos levemente ácidos : A maioria das horticultas, das plantas ornamentais e relva.
Plantas de solos alcalinos: brincos de princesa, azevinho, azinheira, oliveira, diospireiro (caqui), Figueira, cotonéaster, campanulas, clematis, cravos, syringa, feijão comum.