Como cultivar Bromélias

Como cultivar bromélias

As bromélias são plantas herbáceas, perenes e a maioria é epífita. Surpreendem-nos pelo formato e vasta  diversidade da coloração da folhagem, folhas essas que podem ser listradas, apresentar uma só cor ou várias tonalidades.
As bromélias são plantas que desenvolvem mecanismos incríveis de sobrevivência. Conseguem adaptar-se ao meio ambiente e extrair os meios necessários á sua sobrevivência. As folhas formam uma espécie de roseta e apresentam um copo central, usado para reter a água das chuvas e do orvalho, juntamente com resíduos orgânicos. Estes reservatório albergam um pequeno ecossistema e desempenham uma função importante para a sobrevivência da planta e de outras espécies lá alojadas.

As inflorescências das bromélias são fascinante, apresentam numerosas flores de pequenas dimensões que vão abrindo espaçadamente ao longo do tempo, geralmente as cores são intensas com o objetivo de atrair os polinizadores.
Dependendo da espécie e das condições do ambiente as bromélias podem atingir a maturidade ou a floração em meses ou dezenas de anos. As bromélias florescem apenas uma vez na vida, após a floração terminam o seu ciclo de vida, mas deixam pequenas mudas mudas para assegurar a sua ascendência.

Dependendo do local onde vivem, podemos classificar as bromélias em 4 tipos, as epífitas, as terrestres, as rupícolas e as aéreas .
➢ As epífitas crescem sobre o tronco das árvores, apesar de se hospedarem noutras plantas elas não são parasitas. No seu habitat natural cada árvore chega a albergar centenas de exemplares no seu tronco, criando um complexo sistema ecológico. Temos como exemplo: as neoregelia, vriesea, guzmania e canistropsis, Nidularium.
As bromélias terrestres vivem no solo. Temos o exemplo de: aechmea, ananas, abacaxi, billbergia, dyckia, criptanthus, puya.
➢ Existem também espécies de bromélias rupícolas que vivem fixadas nas rochas, algumas debaixo
do sol direto.
➢ As bromélias aéreas são na maioria espécie de tillandsia, vivem sem qualquer tipo de substrato. A generalidade vive sobre as árvores, mas há também espécies rupicolas. Leia mais em: Cultivo da tillandsia - planta do ar

Várias especies de bromélias

Como cultivar e cuidar as bromélias


Condições favoráveis: As bromélias são plantas tropicas e não gostam de geada nem de frio. A maioria gosta de ficar na meia sombra, embora algumas tolerem o sol direto. Apreciam ambiente húmido, igual ao que encontram no seu habitat natural, nas florestas tropicais.
As bromélias de folhas macias verdes ou veres escuras, geralmente apreciam ambientes de menor luminosidade, mas nunca um local escuro.
As bromélias de folhas rígidas, espinhadas, acinzentadas, prateadas ou avermelhas, gostam de mais luminosidade, sendo que algumas suportam mesmo o sol direto.

Rega: Apreciam o substrato ligeiramente húmido, mas sempre moderado,  o excesso de humidade pode levar ao apodrecimento das raízes. O mais importante é molhar as folhas e manter o reservatório central com água. Na fase mais quente do ano faça uma pulverização regular à folhagem, mas nunca debaixo do sol direto. As plantas de folhas macias apreciam ambientes mais húmidos em comparação com as de folhas mais rígidas.

Substrato: O solo não deve estar compactado, a bromélia aprecia um substrato bem drenado e poroso. A mistura ideal deverá assemelhar-se ao seu meio natural e permitir que a raiz da planta seja bem aerada, poderá conter casca de pinho, húmus de minhoca, turfa, resíduos de folhas seca, etc.

Adubação: A fertilização da bromélias deve ser realizada com bastante precaução, trata-se de uma planta sensível que absorve os nutrientes com facilidade. Portanto quando fizer a adubação aplique apenas metade da dosagem recomendada pelo fabricante. Use um adubo de boa qualidade, livre de cobre, já que este elemento é fatal para as bromélias. É possível encontrar adubos específicos a bromélias, eles garantem as necessidades especificas destas plantas. A adubação pode ser feita pela via foliar entre a primavera e o Outono, o adubo foliar deve ser bem diluído e pode ser aplicado a cada 15 dias.

Pragas e doenças: As bromélias são plantas bastante resistentes às pragas e doenças, mas tal como a maioria das plantas também sofrem com estas maleitas, contudo elas têm uma particularidade importante, elas são muito sensíveis aos inseticidas e fungicidas, quando usados devem ser utilizados em doses baixas, metade do indicado na embalagem. Face a um ataque de pragas tente removê-las com ajuda de um algodão humedecido ou uma escova de dentes. Nunca utilize fungicidas à base de cobre, este elemento é contra indicado às bromélias.

Cuidados: As bromélias não têm cuidados específicos, elas dispensa as podas, apenas necessitam de que sejam removidas as folhas secas de forma a permitir um melhor desenvolvimento da planta. Evite colocá-las em ambientes muito poluídos, elas são sensíveis aos fumos e aos químicos voláteis.

Usos: A flor das bromélias é usada em arranjos florais, geralmente são oferecidos a pessoas inspiradoras e com grande força de vontade. As bromélias são particularmente valorizadas para a elaboração de jardins verticais usando placas de fibra de coco, xaxim ou outro material vegetal.

Curiosidade: O seu nome é derivado de uma homenagem prestada ao botânico sueco: Olof Bromelius.


Multiplicação das bromélias


➢ Depois da floração a planta mãe morre, mas deixa pequenas mudas ao seu redor que podem ser transplantadas.
➢ Tenha o cuidado de enterrar demasiado a pequena bromélia na hora do plantio, ela não gosta de ficar demasiado enterrada, mantenha a base das folhas acima do solo.
➢ Não use um vaso muito grande, porque muito espaço facilita o perigo da humidade excessiva da raízes.
➢ Coloque sempre um material drenante no fundo do vaso, estes podem ser cacos ou casca de árvores.
➢ Não permita que a planta fique insegura, evite que ela balance porque isso pode prejudicar o
desenvolvimento de novas raízes. Fixe bem a planta, se necessário com ajuda de um tutor.
➢ A sementeira pode também ser uma opção de propagação, principalmente para as bromélias que são menos propensas a dar rebentos à volta da planta mãe, como o caso da bromélia imperial. 

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