Orquídea Dendrobium Nobile: Cuidados

Orquídea Dendrobium Nobile
Nome cientifico: Dendrobium nobile
Ordem: Asparagales
Família: Orchidaceae
Subfamília: Epidendroideae
Tribo: Dendrobieae
Género: Dendrobium
Origem: Ásia
Nomes comuns: Olho de boneca, Dendróbio.

Descrição: Na maioria, os Dendrobium são plantas epífitas, ou seja, crescem nas árvores. Na natureza são encontrados  em florestas a uma altitude moderada, crescendo sobre as árvores, embora ocasionalmente possam ser encontrados a crescer no solo ou em rochas cobertas de musgo. Eles lançam muitas raízes, uma parte envolve a base hospedeira com o intuito de se fixarem e a outra parte das raízes cresce de modo aéreo com a finalidade de captarem humidade e nutrientes do ar. 
Produz pseudobulbos, longos roliços que lembram uma cana com folhas alternadas ao longo da sua extensão. Crescem eretos nas árvores, como plantas epífitas, com o tempo vão aumentando, engrossando e tornam-se pendentes.
As folhas nascem nos nós e atingem cerca de 10 centímetros de comprimento. 
As flores agrupam-se em talos curtos por baixo das folhas ao longo dos pseudobulbos, nas mais variadas cores, tamanhos e formas. 
As flores desta orquídea têm largas pétalas e sépalas, com o labelo geralmente apresentando um tom diferente, geralmente mais escuro, o que dá origem ao nome popular de "olhos de boneca". Em geral resistem aproximadamente trinta dias, dependendo da região e da temperatura durante a fase de floração.

Cuidados com o Dendrobium nobile


 Condições favoráveis de cultivo: É uma planta que está perfeitamente adaptada às condições climáticas de Portugal.  É originário de regiões frias, suporta bem as temperaturas baixas e é resistentes ás variações de clima. O Dendrobium nobil gosta de noites frias e dias quentes, aprecia ambientes com uma ótima ventilação, muita luz, com algum sombreamento nas horas de maior calor. Se as folhas se apresentarem amareladas, estará provavelmente a receber luz em excesso e caso estejam verde escuro, ela está necessitando de mais luz. 
Dendrobium nobil. É uma planta de fácil integração, adapta-se muito bem ao cultivo em árvores ou vasos. As árvores devem ser frondosas e ter uma copa avantajada, de modo a proteger a planta dos Invernos mais rigorosos e do sol nas horas de maior calor. 
Floração da orquídeas Dendrobium nobil: Esta orquídea têm um período de repouso que deve ser respeitado. Esta fase em que a orquídea se prepara para florir, dura aproximadamente 2 meses (entre Dezembro e Janeiro), manifesta-se com a paragem de crescimento, ausência de flores, muitas vezes os pseudobulbos perdem as folhas e ficam com mau aspeto. Depois repete-se o ciclo, começam a surgir novos rebentos que desenvolvem novas hastes e floresce novamente.
Para que sua floração seja bem sucedida, experimente fazê-la passar por um período de stress hídrico, não a regue, não a adube e não a divida. Nesta fase, se a planta for regada ela vai desenvolver uma muda (chamada de Keiki), se passar um um período de carência de água ela vai gerar flor. Pode pulverizá-la mas evite molhar em demasia o substrato. Esse contraste é fundamental para incentivar a floração desta orquídea.
Nunca corte os pseudobulbos antigos, pois são deles que nascem as novas flores. Os pseudobulbos novos não geram flores no primeiro ano.

 Transplante do Dendrobium nobil: A altura ideal para mexer na Dendrobium, é no inicio do período de crescimento.
É necessário ter algum cuidado no manuseamento do dendrobium, ele têm as raízes muito finas e delicadas. Remova com cuidado todo o substrato antigo, de modo a não quebrar possíveis rebentos que estejam emergindo e danificar o menos possível as raízes O substrato deve ter uma boa capacidade de drenagem e secagem rápida, pode ser composto por casca de pinheiro ou fibra de coco, bolas de argila expandida (leca) ou carvão vegetal, entre outros. Um substrato preparado indicada a plantas epífitas têm todas essas qualidades. Os vasos devem ser pequenos, ter boas aberturas de saída de água e preferencialmente pesados, de modo a não tombarem com o peso da orquídea, para o efeito pode colocar brita no fundo do vaso, serve como drenante e como contra peso.
A orquidea Dendrobium nobile pode ser plantada em: Vasos de terracota, suportes de madeira, pedaços de troncos, placas de madeiras, vasos de plástico e em árvores.

 Rega do Dendrodium nobil: O dendrobium não gosta de excesso de rega, é mais fácil matar uma orquídea por excesso do que por falta de água. A orquídea reserva água nos pseudobulbos e quando ela têm carência de humidade ele recorre a essas reservas. O substrato poderá se manter ligeiramente húmido, mas jamais encharcado.
Durante o clima quente, regue aproximadamente duas vezes por semana, verifique primeiro se o substrato está seco. 

 Adubação do Dendrodium nobil: Adube a cada 15 dias na época de crescimento com um NPK 10-10- 10.  Pouco antes da floração use um adubo com maior percentagem de fosforo e potássio. É importante afastar os grânulos das raízes e regar a Dendrobium nobile um dia antes de a adubar, de modo a prevenir queimaduras. Poderá também usar um adubo líquido misturado na água da rega. Pode ser aplicado tanto nos vasos como nas orquídeas que estão amarradas às árvores.  


 Reprodução do Dendrodium nobil


Multiplicação por divisão da planta. Preservam-se pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes. não se deve subdividir demasiado as plantas, sob o risco de elas enfraquecerem muito. 

Multiplicação por meio de Keiki, um clone perfeito da mãe. Estas pequenas plantas aéreas surgem ao longo da haste da planta mãe e estão prontas a ser destacadas quando apresentarem pelo menos 3 raízes desenvolvidas e estas atingirem pelo menos 2 a 3 centímetros de comprimento. Após um ou dois anos de crescimento, as novas plantinhas tornam-se adultas e capazes de florir.
Com alguma precaução, deve-se tentar destacar os keiki da planta mãe. Geralmente ele liberta-se sem muito esforço, mas se não acontecer, usa-se uma faca afiada desinfetada, com o cuidado de não danificar as pequenas raízes. Planta-se num vaso ou aconchegam-se nos ramos de outras plantas, placas ou cascas de árvores. Este processo não é totalmente fiável, ao despegar a pequena planta da mãe, cortamos o canal de seiva que a alimenta e algumas podem não sobreviver.
O processo mais eficiente é manter o keiki agarrado à mãe, dobrar suavemente a haste sobre outro vaso ousuporte e fixar a nova planta ao seu novo meio, sem a separar da origem. Corta-se apenas quando se verificarem novos desenvolvimentos. Este processo só é viável em hastes moldáveis.
Pode plantar o keiki mantendo a haste, esta deve ser cortada pela base e mantida colada ao keiki. Ela serve apenas de apoio, vai fornecer alimento até secar. Corte a haste apenas depois de ela se apresentar seca.
Por ultimo o meu método preferido. Não se despega o keiki da mãe. Envolvem-se as suas pequenas raízes com uma fina camada de musgo. Quando se verificarem novos desenvolvimentos, corta-se e coloca-se no lugar pretendido.

Cultivar orquídeas é uma prática muito prazerosa. Nada é mais satisfatório do que alcançar a beleza extraordinária de uma floração vinda da nossa criação. Veja também:


Foto: Pixabay

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