Condições que interferem com a floração, crescimento e vingamento dos frutos

Condições que interferem com a floração, crescimento e vingamento dos frutos
Há uma predisposição crescente de cultivar os próprios frutos e vegetais. As hortas urbanas começam a ser uma tendência e as árvores de fruto começam a tomar o lugar de muitas plantas ornamentais no jardim. 

Para obter uma boa produção em quantidade e qualidade, as operações culturais devem ser realizadas no momento certo. É essencial preparar as árvores para a floração, proporcionar as condições possíveis para um bom vingamento e assegurar as melhores práticas para obter os melhores frutos.
É fundamental que a produção de flores seja viável e a polinização seja eficiente. Mas esta sequência depende de vários fatores que podem interferir de uma maneira negativa ou positiva.

A importância da polinização nas árvores de fruto


O processo de frutificação inicia-se com a floração, prossegue-se a fecundação, o vingamento e finalmente a maturação dos frutos. 
Após a polinização e a fecundação (a fixação do pólen sobre o estigma), a flor experimenta uma grande modificação. Depois de todo o processo fica apenas o pedúnculo e o ovário, os restantes elementos degeneram, algumas peças florais como por exemplo as pétalas e os estames, vão murchando e caindo.
A eficiência de toda esta sequencia depende de condições edafoclimáticas propícias, uma fertilização adequada e uma boa harmonia com os agentes polinizadores. 

Quando a polinização falha, a produção fracassa, as árvores produzem menos ou mesmo nenhuns frutos. Mas os efeitos de uma boa polinização não estão apenas relacionados com a abundancia, também estão associados á produção de frutos grandes e bem formados.

Os principais fatores que estão associados ao insucesso da polinização


Geadas tardias: A ocorrência de geada primaveris, quando a floração se encontra em estado de desenvolvimento provoca frequentemente estragos severos, pode danificar as flores e comprometer a a produção do ano em curso.

Temperaturas elevadas: As temperaturas elevadas no início da floração pode causar danos ao aparelho reprodutor das flores, prejudicando a fertilização, levando ao abortamento e consequentemente uma redução de frutos e má formação dos restantes. 

Falta de frio: Algumas espécies de frutíferas exigem invernos frios. A quebra da dormência não acontece enquanto os gomos florais não forem sujeitos a uma certa quantidade de frio. Se as temperaturas baixas forem insuficientes, o abrolhamento é atrasado e a vitalidade dos gomos é afetada, levando a uma frutificação reduzida e de má qualidade.

Chuva excessiva: As chuvas fortes podem lavar o pólen e causar uma floração deficiente, além de dificultar o trabalho das abelhas.

Agentes polinizadores: A produtividade da cultura depende diretamente da eficiência da polinização, que é influenciada pelos agentes polinizadores. Eles garantem o transporte do pólen da parte masculina para a parte feminina da planta. A ausência ou redução dos agentes polinizadores compromete a polinização e por conseguinte todo a sequência falha.
Os polinizadores podem ser classificados em dois grupos: abióticos e bióticos. Os agentes abióticos (sem vida) abrangem a água e o vento. Já os fatores bióticos (com vida) são representados por diversos seres, com principal destaque para as abelhas. 
As abelhas prestam um serviço fundamental para a polinização, contudo são insetos muito sensíveis e o seu desempenho é diretamente comprometido por: chuva abundante, ventos fortes, frio e calor excessivo (Plantas que atraem abelhas). 

Carência de nutrientes nas árvores frutíferas


O fornecimento equilibrado de nutrientes á planta é essencial para garantir o crescimento e a produtividade de qualquer planta. E as árvores de fruto não são exceção, elas precisam de nutrientes distintos em cada etapa do seu ciclo de vida, do enraizamento ao crescimento, da floração á frutificação.
Os nutrientes desempenham um papel marcante em cada estagio das plantas frutíferas. Os que são exigidos em maior quantidade são os macronutrientes: nitrogênio, fósforo e potássio. Depois, mas não menos importantes temos os micronutrientes, apesar de serem exigidos em menor quantidade são imprescindíveis. 

Falta de Azoto (N): Limita a percentagem de vingamento. Provoca o amarelecimento das folhas e a paragem de crescimento dos lançamentos jovens.

Deficiência  de Fosforo (P):  Potencia frutos de fraca qualidade, atrasa a maturação e reduz a consistência da polpa dos frutos. Geralmente caracteriza-se por perda de brilho, coloração amarelada, nas folhas mais velhas, em alguns casos arroxeadas.

Carência de Potássio (K): Reduz o calibre dos frutos e potencia a falta de sabor. Manifesta-se com clorose nas margens das folhas, seguida de necrose.

Escassez de Cálcio (Ca): Redução da firmeza dos frutos, descoloração da polpa, maior vulnerabilidade ao escaldão e menor capacidade de conservação. Favorece o aparecimento de "Bitter pit" nas pomoideas.

Deficiência de Magnésio (Mg): Impulsiona o amadurecimento prematuro dos frutos. Manifesta-se com paragem de crescimento e mancha clorótica entre as nervuras das folhas, com posterior necrose.

Carência de Boro: Abortamento floral, frutos deformados, encortiçados e gretados. Deformação e crescimento reduzido, alteração na coloração das folhas mais jovens e posterior morte dos gomos terminais. 

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