As vantagens do carvão vegetal nas plantas


Curiosidades e vantagens do carvão vegetal nas plantas
O carvão vegetal passa de várias maneiras pelas nossas vidas. É utilizado como elemento de combustão em diversas aplicabilidades como churrasqueiras, aquecedores, lareira e fogões a lenha, além de  abastecer alguns setores industriais. Também é usado na medicina, nesse caso é chamado de carvão ativado, resulta de determinadas madeiras de aspeto mole e não resinosas.
Mas as características porosas do carvão permitem dar aso a inúmeros usos. É utilizado como filtro natural e age como um excelente ajudante no mundo da jardinagem. 

 O carvão vegetal atua como um ótimo condicionador do solo, melhorando suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Não é à toa que ele entra na composição de fertilizantes orgânicos, como algumas receitas de bokashi (Bokashi - adubo orgânico caseiro).
A adição de carvão no composto é benéfica a todas as plantas, não fornece nutrientes, mas ajuda a fixar os elementos do solo e oferece outras vantagens importantes ás plantas. 
Melhora a qualidade do substrato, melhora a aeração, a capacidade de drenagem, auxilia no combate a insetos, odores desagradáveis e impurezas presentes no substrato.  Além disso é um material alcalino e ajuda a neutralizar a acidez do solo.

Apesar de ser rico em nutrientes, o carvão não é um adubo, as substancias não estão disponíveis no imediato, ainda que liberte uma quantidade de nutrientes insignificante. O processo de decomposição do carvão é muito longo, pode demorar mais de mil anos. 

Curiosidades e vantagens do carvão vegetal


Toda a estrutura do carvão é porosa, ela abre fissuras e forma bolsas ocas, tornando-o um armazém natural que aprovisiona água e nutrientes (pode absorver até 5 vezes o seu peso). Possibilita assim alguma poupança de água e não permite que os nutrientes sejam lixiviados, estes são libertados gradualmente, disponibilizando-os aos poucos às plantas.
Ademais trabalha como um condicionador, capaz de melhorar toda a estrutura do solo. Cria um sistema de drenagem e evita que a água acumule no vaso, reduzindo assim a possibilidade da proliferação de bactérias e fungos patogénicos, que gradativamente destroem a plantação. Evita os maus odores, remove as  impurezas do solo e e repele insetos.

O carvão proporciona um refugio aos microrganismos, ajuda-os a crescer e sobreviver. Nem todas as bactérias e fungos são prejudiciais às plantas, muitos são essenciais e fundamentais para uma agricultura sustentável. Estes microrganismos permitem a mineralização da matéria orgânica, solubilizam os nutrientes e fixam o azoto ambiental, permitindo assim que as plantas obtenham de uma maneira natural o nitrogénio e outros nutrientes importantes de volta ás raízes.
Ademais os microrganismos benéficos ajudam a controlar os patogénicos e isso inclui inclui reduzir a possibilidade das moléstias do solo, principalmente as doenças causadas por fungos. Sendo assim o carvão também possibilita reduzir o uso de inseticidas e fungicidas: (Vantagens do uso dos microrganismos eficazes - EM)

Qual é a diferença do carão vegetal e da cinza? Excluindo o aspeto, que esse é bem evidente, estes dois produtos têm propriedades bem distintas,  apesar de serem provenientes da mesma base. Os dois provem da queima de madeira, o carvão provem da queima controlada, já as cinzas resultam de uma total combustão em que toda a matéria vegetal se transforma em pó.

O carvão utilizado na agricultura como correção para o solo é chamada de Biochar (termo de origem na língua inglesa, a partir de bio e charcoal, "carvão vegetal"; também chamado 'biocarbono'). 
Embora se pareça muito com o carvão comum, o biochar é produzido usando um processo específico, num ambiente controlado onde o oxigênio é limitado. O Processo utiliza inúmeras matérias primas vegetais: palhas, estrumes, cascas, madeira, etc.

Como usar o carvão vegetal nas plantas


A forma correta de usar o carvão é moído grosseiramente, poderá faze-lo colocando uma porção dentro de um saco de pano e martelar até chegar ao ponto pretendido, uma substância grosseira de cor preta. Se quiserem evitar inalar o pó resultante do processo podem molhar o carvão antes de o desfazer. 
Não utilize o carvão usado após o churrasco, ele não irá cumprir as funções pretendidas e vai acrescentar elementos prejudicais ás plantas como gordura e sal.

Não há uma regra fixa com relação à quantidade que se deve aplicar de carvão, mas geralmente mistura-se no substrato a uma média de 15 a 20% . A boa noticia é que até as percentagens mínimas têm bastante relevância nos resultados. 
Evite colocá-lo apenas na superfície do solo, ele é muito mais eficiente quando é envolvido no substrato.
No campo, o carvão é aplicado à razão de 500 kg por hectare. Há relatos que afirmam que após a aplicação de carvão no solos a produtividade aumenta em 150 %.

Um dos problemas mais comuns de quem trata plantas é o abuso de regas e o excesso de água muitas vezes dita o fim das nossas verdinhas. Uma forma de evitar este mau desfecho passa por colocar pedaços de carvão no fundo dos vasos. Ele funciona como um dreno e torna-se um excelente aliado para todas as plantas que necessitam de uma ótima drenagem. 

Afaste as toupeiras da horta e do jardim

Afaste as toupeiras da horta e do jardim com soluções naturais
A toupeira é um pequeno mamífero da família dos Talpídeos, com 6 a 8 cm de comprimento. A cor da pelagem varia entre a cor cinzento escuro a preto, possui boca pequena, um focinho comprido sem pelos, olhos e ouvidos pequenos. As pernas dianteiras são planas com longas garras, perfeitas para escavar longos tuneis. A toupeira ao contrário do que muita gente pensa não é cega, possui também um tato muito desenvolvido, excelente audição e um olfato apurado (cheira em stéreo).
Passa a maior parte da sua vida no subsolo, raramente vêm à superfície, quando o faz escolhe as horas de menor luminosidade.

As toupeiras têm um papel importante no ecossistema, elas arejam a terra, permitindo uma melhor absorção dos compostos orgânicos e facultando assim um solo mais nutrítico para as plantas. Além disso elas alimentam-se de seres prejudiciais às culturas, apesar de também comerem algumas minhocas à mistura. 
Porém, apesar de serem consideradas aliadas e não representarem uma ameaça primária por não se alimentarem de plantas, elas provocam grandes prejuízos às culturas.

Não são consideradas pragas, até porque os estragos que provocam são consequência da escavação de tocas e galerias, esta prática destabiliza as raízes das plantas e provoca grandes perdas e estragos avultados. 
Nos relvados são uma pesadelo, destroem rapidamente o tapete verde, criando buracos e deixando amontoados de terra espalhados.
A solução é afastá-las ou eliminá-las, mas é injusto matar um animal, que para além de ser benéfico ao ecossistema, apenas quer viver. As toupeiras fazem a criação na primavera, portanto, o ideal é tomar as medidas s antes do início do verão, antes que a população aumente.

Afaste as toupeiras da sua horta e do jardim com soluções naturais


Apesar de haver muitas sugestões de controle para estes pequenos mamíferos, algumas medidas são inadequáveis. Práticas como colocar bolas de naftalina nos buracos ou panos embebidos em combustíveis, não podem ser tidas em conta. Estas escolhas são uma verdadeira agressão ao meio ambiente, além de serem toxicas para crianças e animais de estimação. 
Usar repelentes naturais é o mais certo para se livrar dos animais, é mais seguro para o meio ambiente e respeita a vida das toupeiras. 
É necessário ter em conta que geralmente as toupeiras não saem do local imediatamente, mas somente depois de alguns dias.

Afaste as toupeiras com ruido: É sabido que certos barulhos 
Coloque objetos que produzem barulho perto dos seus canteiros.
Coloque garrafas de vidro na entrada dos buracos. Com ajuda do vento as garrafas emitem um som que afasta as toupeiras, sem lhes fazer mal.

Ferramentas de ruído caseiras: É preciso ter em atenção que todos os métodos de liberação de som manuais, dependem diretamente da interação do vento, sendo que perdem a eficácia em climas calmos.. Além disso o ruído repetitivo acaba por convencer a toupeira que não há perigo e ela acaba por voltar. A estratégia passa por mudar de quando a quando mecanismo. Alguns métodos simples de fazer em casa:
  • Espete um pau ou um ferro. No topo coloque conjunto de paus ou pequenas chapas presos por fios a baterem uns contra os outros.
  • Use latas vazias. Coloque colunas na área pretendida e amarre latas vazias presas por um fio. Com a presença do vento elas vão chocalhar umas contra as outras.
  • Enterre garrafas de vidro no chão, procurando metê-las num ângulo de aproximadamente 45 ° e mantendo o gargalo da garrafa acima do solo e de preferência com a abertura situada para o lado da origem do vento. O vento sopra na garrafa e cria um um zumbido.
  • Coloque um moinho de vento (feito em chapa) num cabo de madeira ou de ferro bem enterrado na terra.
  • Espete uma barra de ferro na terra e enfie uma garrafa de plástico com o gargalo para baixo. O vento atua na garrafa, esta bate contra o ferro e torna-se barulhenta.

Repelentes eletrônicos de toupeiras: Comparados aos mecanismos de ruído caseiros, os repelentes eletrônicos de toupeiras, podem ser considerados mais eficientes, atuam na ausência de vento e esteticamente são mais atraentes. Habitualmente funcionam a baterias ou energia solar e a ação do aparelho atinge em média 10 a 15 metros de raio em espaços sem obstáculos. Esta temática pode diferir dependendo das características do aparelho em questão. 
Estes dispositivos geram sons ou vibrações com duração e espaços alternados, impedindo assim que as toupeiras se familiarizem com o ruído.
 
Afastes as toupeiras com odores: Os odores fortes interferem com a sensibilidade da toupeira que procura o alimento com a ajuda do olfato. 
Há uma diversidade de plantas que desagradam ás toupeiras e podem ser plantadas como barreiras vegetativas em torno da área de interesse. Em alguns casos podemos colocar os raminhos da planta em vários pontos da toca da toupeira (Folhas de sabugueiros, trovisco, arruda, etc). Estes devem ser trocados periodicamente de modo a manter o odor ativo.
Entre as plantas que podemos plantar encontramos:
  • As plantas da família allium, entre elas: Alhos, cebolas, alhos franceses.
  • Fritillarias
  • Malmequeres.
  • Mamona  (Ricinus communis).
  • Narcisos.
  • Tártago - (Euphorbia lathyris) - Há também quem a chame de planta toupeira.
  • Trovisco (Daphne gnidium)
É preciso ter cuidado que algumas destas plantas porque são venenosas, o seu contacto deve ser evitado a crianças e animais de estimação.

Capturar toupeiras com armadilhas: Esta prática é muitas vezes a estratégia mais eficaz. É uma medida instantânea e não põem em causa o meio ambiente. Para uma opção mais misericordiosa, escolha as menos violentas que não matam as toupeiras. Trata-se de um tubo cilíndrico que as aprisiona sem as agredir fisicamente. Depois da captura liberta-se o animal num local afastado e ele vai feliz à vida dele.
Localize as armadilhas dentro dos principais corredores ativos no solo. Escave-os e coloque estrategicamente as armadilhas, com o cuidado de ter em conta  o lado da abertura e a posição de fecho. 

Proteger os relvados das toupeiras: Estendam redes metálicas revestidas a plástico por toda a área do relvado, a uma profundidade 5 a 10 cm. Esta deve ser colocada antes da plantação ou sementeira da relva. As toupeiras não conseguem passar o obstáculo e vão-se manter longe enquanto a malha se conservar funcional.

Truques caseiros que os nossos avós usavam: Existem muitas maneiras de combater toupeiras, os nossos avós tentaram muitos métodos, mas nem todos eram eficazes. É preciso ter em conta que por vezes estes métodos populares fornecem apenas um resultado temporário.
  • Espetar ramos das plantas nas tocas das toupeiras: Trovisco, arruda, ramos de loureiro, entre outros.
  • Colocavam objetos cortantes nas galerias como ramos com espinhos de roseiras ou silvas, por vezes também eram colocados pedaços de vidro. Os raminhos eram colocados no modo horizontal dentro das galerias.
  • Adotavam gatos e mantinham-nos à solta pelo jardim. Quando são bons caçadores, não há toupeira que escape.
  • Trapos humedecidos com produtos de odor intenso. Por vezes eram usados soluções nada recomendáveis ao meio ambiente.
  • Cabeças de peixe. As cabeças eram colocadas nos túneis e passagens. Durante a decomposição libertavam um aroma desagradável.

Aequimea - Aechmea Fasciata

Bromélia Aequimea - Aechmea Fasciata
Nome Científico
: Aechmea fasciata
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Bromelioideae
Género: Aechmea
Origem: América do Sul
Ciclo de vida: Perene
Nomes populares: Vaso prateado, Bromélia Aequimea, Aequimea.

Entre a família das bromeliáceas a Aechmea Fasciata é considerada uma das maiores. Trata-se de uma planta vistosa que cresce no modo epífito no alto das árvores em seu ambiente natural. Todavia não é uma planta parasita, apenas se serve das hospedeiras como suporte.

É descrita por muitos como umas das bromélias mais bonitas e desejadas. E na verdade a tonalidade das folhas é maravilhosa e as "flores" são linda e vistosas. 

As folhas são consistentes e manchadas de branco, numa aparência meio marmoreada. Formam uma roseta, e na base uma espécie de reservatório com capacidade para reter água das chuvas e alguns resíduos. Esta operação permite manter as necessidades diárias da bromélia.
No centro deste reservatório, nasce uma inflorescência em forma de espiga, onde mais tarde aparecem várias flores rodeadas por brácteas rígidas. As brácteas são uma adaptação das folhas que têm como função atrair animais ou insetos, para polinizar as minúsculas flores que se encontram no interior. Estas belíssimas brácteas aparecem nas cores rosa, branca, amarela, vermelha e púrpura. 

A floração geralmente ocorre no Verão, pode durar 2 a 3 meses e processa-se quando a bromélia atinge a idade adulta. Acontece uma única vez, concluída a etapa ela morre, mas dá origem a pequenos rebentos que garantem a continuidade da espécie. 

Possui um sistema radicular reduzido, que têm como finalidade principal fixar a planta. A captação de nutrientes e de água é realizada através da folhagem.

A Aechmea fasciata é uma planta de fácil manutenção, contudo são necessárias algumas condições especificas para garantir que ela cresça de um modo equilibrado e sadio.

Cuidados com a Aechmea Fasciata


Condições de cultivo favoráveis: Requer uma localização que ofereça boa luminosidade, mas sem a incidência solar direta. Folhas desbotadas com partes queimadas, poderão ser indicativas de que a Achmea está recebendo demasiada luz.
Por ser uma planta tropical prefere climas quentes, a temperatura ideal de cultivo desta bromélia situa-se na faixa dos 20º, mas desenvolve-se bem em temperaturas mais frias, desde que protegida.
No cultivo em vaso é é essencial proporcionar excelentes condições de drenagem. É indispensável que tenha bastantes orifícios de escoamento e não deve ser muito grande, de modo a evitar a umidade excessiva nas raízes. 
O substrato deve ter poroso, com uma excelente capacidade de drenagem. Pode ser uma mistura de terra, areia, húmus de minhoca, pó de fibras de coco e casca de pinus decomposta. Um substrato indicado a plantas epífitas reúne as condições ideais.
Se o cultivo for no tronco das árvores, basta amarrar bem a planta e usar um pouco de musgo na base.

Rega da Aechmea fasciata: A aechmea à semelhança de outras bromélias, adora humidade ambiental. Gosta de ter água no "copo" central e odeia substrato muito húmido. Procure manter esse reservatório com água, evitando acumular água nas raízes. Na natureza é assim que ela sobrevive, acumula a água que recebe da chuva e alguns resíduos que vão servir como alimento.
Nos dias de muito calor pulverize as folhas com regularidade. As folhas da Aechmea tendem a perder o brilho e a ficar descoloridas quando expostas ao ar seco. Em ambientes muito húmidos tendem a surgir manchas escuras nas folhas.

Adubação da Aechmea fasciata: O uso de adubos deve ser feito com moderação, por norma esta planta não requer fertilizantes. Mas se necessário forneça um fertilizante líquido diluído na água de irrigação a cada 2 a 3 semanas no período de crescimento ativo. Use metade da dose indicada na embalagem e evite colocá-lo na coroa das folhas, pois pode queimá-las. Da mesma forma não são recomendados fertilizantes com alta concentração de boro, cloro ou fósforo.

Multiplicação da Aechmea fasciata: A reprodução faz-se por meio da separação das mudas laterais que surgem na base da mãe após a floração e por meio de sementes. Conseguem-se sementes após a polinização das flores que geralmente é feita por beija flores, ou pela polinização manual. O processo feito através da sementeira é mais exigente e demorado. Neste método poderão ser necessários pelo menos 5 anos para alcançar a floração. 
A retirada dos rebentos laterais deverá ser realizada apenas depois de estes se apresentarem completamente desenvolvidos (aproximadamente 12 a 15 centímetros). Pois quando são demasiadamente pequenos, dependem da mãe e a taxa de sucesso da replantação é baixa.

Replantio da Aechmea fasciata: O corte das rebentações laterais deve ser o mais limpo possível, tentando separar algumas raízes de auxilio (sempre com utensílios bem desinfetados). Antes de plantar passe o rebento por canela em pó, para ajudar a cicatrizar e desinfetar (Vantagens da canela para a horta e jardim). 
Ao plantar não enterre de um modo profundo, mantenha a base das folhas acima do solo. 
Certifique-se de que bromélias recém plantadas não balancem, permita que sejam bem suportadas. Se necessário recorra a estacas, até a planta gerar novas raízes e se sustentar sozinha.
Se desejar formar touceiras, mantenha os rebentos no vaso de origem, com o passar dos anos formarão um lindo aglomerado. Após a planta mãe secar quase na totalidade, corte-a. O corte deverá ser feito acima da camada da terra. 

Manutenção da Aechmea fasciata: As folhas envelhecidas e secas devem ser removidas, de modo a evitar focos de doenças.
Após todo o processo da floração concluído, quando o pendão começar a fanar, corte-o pela base com cuidado.