Coroa de Cristo - Euphorbia milii

Cuidados com a Coroa de Cristo - Euphorbia miliiA coroa de Cristo (Euphorbia milii) é um arbusto espinhoso originário de Madagascar, que pertence à família Euphorbiaceae.

É um arbusto suculento semi herbáceo, bastante ramificado, com ramos lenhosos providos de grandes espinhos agressivos. O tamanho difere conforme a variedade. As variedades anãs crescem em média até 50 cm de altura, têm um crescimento mais sobre a horizontal, caules mais delgados e espinhos mais vastos. As variedades arbustivas podem ultrapassar um metro e meio de altura, apresentam caules espessos, as folhas são mais alongadas.

As flores surgem na ponta dos caules, ao longo de todo o ano, mas é na Primavera e no Verão que elas expressam maior abundancia. As cores variam do vermelho, ao rosa, amarelo e branco. Na verdade as flores da Coroa de Cristo são minusculas e o que nos salta à vista são brácteas (folhas modificadas), à semelhança do que acontece com com a Poinsétia conhecida como Estrela de Natal

Cuidados com a Coroa de Cristo (Euphorbia milii)



Condições favoráveis: Aprecia uma boa exposição solar, com pelo menos quatro horas de sol direto por dia. Suporta  as altas temperaturas, resiste ao frio e ao vento, apesar de sofrer com o frio acentuado e a geada. Cresce bem na maioria dos solos, mas prefere solos leves, com mistura arenosa, boa capacidade drenante e moderadamente fértil.

Irrigação: A coroa de Cristo é uma planta tolerante à seca, sendo que aguenta grandes períodos sem água, mas cresce mais bonita e frondosa quando lhe é fornecida água de um modo moderado.

Poda: É recomendada uma poda de formação, ela revigora e refresca a planta, também estimula a formação de novos rebentos e consequentemente mais botões florais.

Coroa de Cristo - Euphorbia miliiCuidados: A coroa de Cristo é muito resistente e fácil de cuidar, contudo é preciso algum cuidado com o seu manuseio, que deve sempre ser feito com luvas grossas. A planta possui espinhos duros e agressivos e têm seiva lactescente toxica, que pode provocar queimaduras e irritações na pele, nos olhos e mucosas.

Usos: A croa de Cristo floresce o ano inteiro, uma característica importante quando se procura cor, ela forma belos maciços, e bordaduras de canteiros. Mas além de ser utilizada como planta ornamental, ela também é cultivada como cerca viva, é praticamente impossível atravessá-la, ela impede a passagem de pessoas e animais, devido à presença dos espinhos duros .

Propagação da Coroa de Cristo


A multiplicação por estaquia é a mais usual, porque permite preservar as características da planta mãe e as estacas enraízam facilmente. São escolhidas as pontas dos ramos que apresentam folhas nas extremidades. A estaca demora aproximadamente um mês a enraizar e pode ser colocada logo no local definitivo.
Também é possível realizar a multiplicação da coroa de Cristo por via da sementeira. A germinação das sementes leva entre uma a duas semanas dependendo das condições existentes. O transplante das novas mudas deve ser realizado quando estas apresentem 4 a 6 folhas verdadeiras.

Nomes populares: Coroa de Cristo, coroa de espinhos, colchão de noiva, dois irmãos, martírios, duas amigas, coroa de nossa senhora, bem casados, dois irmãos.

Faucária Tuberculosa

Como cuidar Faucária TuberculosaA Faucária Tuberculosa pertence é uma planta da família Aizoaceae, originária da Africa do Sul. Dentro do gênero faucária , encontramos várias espécies que se confundem, entre elas: Faucária lupina, Faucária tigrina, Faucária tuberculosa, Faucária felina.

A faucária é uma pequena suculenta resistente e muito decorativa. Geralmente a planta não ultrapassa os 10 cm, cada cabeça forma até 8 folhas, que emergem aos pares diretamente do centro. Com o tempo vão surgindo novas rosetas à volta da planta mãe e vão formando moitas que cobrem o solo na totalidade.

 As folhas são triangulares e espessas,
distingue-se das de outras suculentas pelos grandes tubérculos ou verrugas na superfície da folha superior e os pequenos dentes brancos macios ao longo das bordas que se parecem com a boca de um animal ou as pequenas garras das plantas carnívoras.

Floresce no Outono, as flores surgem no centro da roseta, com tonalidade amarela dourada e fazem lembrar a flor do dente de leão. Abrem por volta do meio dia e mantem-se abertas até ao final da tarde, fechando durante a noite. Se o tempo se apresentar nublado elas não abrem.

Cuidados com a Faucária Tuberculosa


Condições favoráveis: Aprecia uma exposição ensolarada, gosta de receber sol pelo menos 3 horas por dia, mas também se desenvolvem bem na sombra parcial. Quando a faucária é exposta ao sol forte as folhas adquirem tonalidades mais fortes com tendências arroxeadas.
O solo deve ser uma mistura leve, que apresente uma boa capacidade de drenagem.

Rega: A rega deve ser moderada, é conveniente deixar secar a terra entre as regas. O excesso de água leva à podridão das raízes  e das folhas, mas a falta também é prejudicial, pode levar à morte da planta e das rosetas que a circundam. Tendo em atenção que o Inverno é o período de descanso da planta, a rega deve ser muito reduzida.

Multiplicação: A Faucária propaga-se por meio da sementeira ou por meio das novas rosetas que surgem à volta da planta mãe, sendo este 2º  método mais comum. Retiram-se as rosetas com cuidado e plantam-se num substrato poroso, são colocadas à sombra e mantidos em meio ligeiramente húmido, com temperatura aproximada a 21º.

Faucária TuberculosaUsos da faucária: É perfeitamente adequada ao plantio de jardins rochosos, de pequenos arranjos de suculentas, onde contrasta muito bem com as outras plantas.

A minha experiencia: A faucária tuberculosa foi uma das minhas primeiras aquisições. Coloquei-a num arranjo junto com outras suculentas e ai se têm mantido até agora com poucos cuidados. Já retirei duas pequenas rosetas que cresceram muito bem, uma das quais se vê na foto acima.

Nomes populares: faucária, mandíbula de tubarão, mandíbula de tigre, boca de crocodilo.

Sugestão: Veja como cuidar a suculenta que se encontra na foto à esquerda da faucária: Cultivo da Jade de prata - Crassula arborescens

Cultura da Pitangueira

A pitangueira (Eugenia uniflora) é uma árvore de fruto nativa da mata Atlântica  do Brasil, que pertence à família Myrtaceae, a mesma do araçá, goiaba, escova de garrafa e do eucalipto, entre outras. Apesar de ser tipicamente brasileira, ela pode ser encontrada em outras partes do globo, como: vários países da América do Sul, América Central e América do Norte, em Africa e Portugal (Madeira).

As folhas são persistentes, opostas, pequenas, coriáceas, ovais acuminadas. São avermelhadas quando jovens e vão gradativamente ficando verdes à medida que crescem. Quando pressionadas exalem um aroma característico. Na tradição popular o chá de folhas de pitangueira é usado pelas suas qualidades terapêuticas. São principalmente utilizadas para combater a febre, gripes, diarreia, gota e reumatismo.
 Apresentam propriedades anti inflamatórias, antifúngicas, digestivas, hipotensoras, antitumorais, analgésicas, entre outras.

Flor de pitangaAs flores da pitangueira são brancas, portam muitos estames e atraem os insetos polinizadores, podem surgir uma ou mais vezes ao ano, dependendo maioritariamente do clima e da região. Do inicio da floração até à maturação do fruto decorrem cerca de 30 dias.

As pitangas, também chamadas de cereja brasileira, são pequenas e doces, apresentam uma drupa carnosa, a casca geralmente vermelha, mas existem variedades roxas e negras. São ricas em vitamina A e C, complexo B e cálcio, ferro e fósforo. São consumidas em fresco, na preparação de doces e geleias, licores e sumos.

Condições favoráveis ao cultivo da Pitangueira


Condições ambientais: A pitangueira aprecia ambientes climas quentes, contudo tolera o frio até 0º, com -1º C sofre paragem de crescimento. As temperaturas ótimas situam-se entre os 23 e os 27ºC.
Requer sol pleno e um ambiente com humidade média a alta, entre os 70 e os 80%. Necessita
Não suporta vento forte, ele potência a queda das flores em detrimento da frutificação.

Aprecia solos leves, profundos, férteis, enriquecidos com matéria orgânica e húmidos mas com uma boa capacidade de drenagem. Não gosta de solo alcalinos, o ideal é o pH entre os 6 e os 6,5. Não tolera a salinidade ou a estiagem prolongada.

Como cuidar a pitangueira


Como plantar a pintangueira: A melhor altura de plantação é no Outono e no Inverno. Abra uma cova com o dobro do tamanho do torrão da planta. No fundo da cavidade é colocado estrume bem curtido, que deve ser coberto com uma camada de terra antes de colocar o torrão. Depois de colocar o torrão, aconchegue com o resto da terra e forme uma caldeira à volta da planta. Regue generosamente de modo a acomodar a raiz da pitangueira.

Adubação da pitangueira: A adubação é realizada anualmente com o acréscimo de estrumes bem curtidos, composto, adubo verde ou farinha de ossos, sob a copa duas vezes ao ano. Exigências nutritivas: 1:1:1 (N:P:K). Mantenha a base da pitangueira livre de ervas daninhas, de modo a estas não competirem com os nutrientes.

Propagação da pitangueira: O método de multiplicação mais usual é por via da sementeira. As sementes têm um bom poder germinativo, mas levam aproximadamente 2 meses a germinar. Todavia a enxertia é o melhor meio de obtenção da nova planta, ela garante a variedade e a qualidade da muda.

Poda da pitangueira: A planta é capaz de resistir a podas intensas e frequentes, contudo quando exagerada ela compromete a frutificação seguinte. Corte os ramos indesejáveis, fracos ou secos. Realize a poda da planta de modo a permitir uma boa entrada de luz. A melhor altura é o inicio da Primavera.

Rega: Nas épocas quentes regue com frequência e com generosidade, principalmente na altura da plantação, da floração e frutificação. A pitangueira aprecia uma boa humidade do solo, mas sem encharcamento.

Pragas e doenças: Uma das principais pragas da pitangueira é a mosca da fruta. A fêmea deposita os ovos no fruto, após alguns dias nasce uma larva que se alimenta da polpa e torna o fruto improprio ao consumo.
Outras das pragas recorrentes são a broca e a cochonilha, devem ser vigiadas e controlada logo no inicio do aparecimento.
Também são testemunhadas a presença de formigas, porém quando existem geralmente elas são indicativas da presença de outras pragas. Veja aqui alguns métodos de controle: Como acabar com as formigas
Quanto às doenças, a ferrugem é uma das mais comuns, apesar de pouco incidente.

Pitangueira em vaso: O diâmetro do vaso é que vai determinar o tamanho da pitangueira, quanto maior o tamanho mais a planta cresce, contudo é recomendado um vaso com pelos menos 50 litros de capacidade. É imperativo colocar o vaso num local ensolarado. A terra deve ser enriquecida com composto orgânico, devendo este material ser reposto todos os anos. A rega deve mais vigiadas, o solo deve ser mantido húmido mas sem encharcar.

Curiosidades da pitangueira


Quanto tempo demora a pitangueira a dar fruto? O inicio da frutificação depende de vários fatores, porém a normalidade circunda os 3 anos após o plantio.

É possível plantar Pitanga em Portugal? A pitangueira é muito cultivada na Madeira, em Portugal, como árvore de frutos e como planta ornamental. Mas é uma espécie ainda pouco divulgada no Continente e ao contrário de outras árvores de fruto exóticas, ela não têm tido muita oferta nos viveiros. Contudo as poucas experiencias que há são positivas. As pitangueiras crescem e frutificam com sucesso em algumas regiões de Portugal.

Madeira da pitangueira: A madeira desta  árvore de fruto é usada na fabricação e como complemento de ferramentas e instrumentos agrícolas.

Nomes populares: Pitanga, pitangueira, cereja do Brasil, cereja brasileira, pitanga do mato, cereja de Suriname.

Fotos pixabay 

Cultivo do medronheiro

Cultivo do medronheiro o arbusto do medronho
O medronheiro (Arbutus unedo) conhecido também por ervedeiro é um arbusto frutífero ou ornamental, que pertence à família Ericaceae, a mesma dos mirtilos e das azáleas, entre outros. É nativo da região mediterrânica, Europa Ocidental e algumas zonas do Sul da Irlanda. Em Portugal encontra-se em todo o continente, porém é no Algarve que se encontra a maior concentração, principalmente nas serras do Caldeirão e Monchique.

Apresenta um porte arbustivo ou arbóreo, com copa arredondada e irregular. As folhas são persistentes, verdes, simples, alternas, de 6 a 10 cm, coriáceas lanceoladas ou oblongas, com borda serrada e com um brilho ceroso na página superior.

O medronheiro têm um ciclo fora do habitual, a floração ocorre ao mesmo tempo que a frutificação, sendo os dois coincidentes com o Outono/Inverno. O fruto leva entre 10 e 11 meses a amadurecer.

As flores são muito decorativas, estão dispostas em panículas, com pequenos cálices, corola branca levemente rosada com 5 lóbulos, são hermafroditas, são maioritariamente polinizadas por abelhas. O fruto (medronho) é redondo com superfície granulosa, com aproximadamente 2 cm de diâmetro, inicialmente é verde, posteriormente passa a amarelo e quando atinge a maturação adquire tonalidade vermelha. A colheita do medronho começa em Outubro e estende-se ao inicio do Inverno. 

Condições favoráveis ao cultivo do medronheiro


Têm uma grande capacidade de resistência e particularmente promissora no impacto ambiental, resiste à secura do solo e do ar, assim como às temperaturas elevadas do Verão. Têm igualmente uma forte capacidade de regeneração, é uma das primeiras plantas a brotar após um incêndio, consegue rebentar a partir das raízes e volta a ficar apto à produção após 2 a 3 anos.

O medronheiro é um arbusto rustico que cresce bem na maioria das terras, até mesmo solos pobres  deteriorados ou com salinidade. Porém aprecia solos ricos em matéria orgânica com pH ácido.

Requer muita luz natural e obtêm melhores resultados quando cultivado em pleno sol durante todo o ano. Subsiste bem às oscilações climáticas, resiste à geada e temperaturas altas, contudo prefere climas suaves. Suporta a poluição atmosférica, a exposição marítima e o sombreamento.

Manutenção do medronheiro


Forneça matéria orgânica à planta: O medronheiro não é uma árvore muito produtiva, porém o acréscimo de matéria orgânica permite proporcionar produções mais regulares. Faça uma cobertura em torno da árvore com matéria vegetal, evitando encostá-la ao tronco.

Rega do medronheiro: Necessita de poucos recursos hídricos, mas beneficia com uma rega regular. Na fase inicial de crescimento, necessita de ser regado com mais frequência e de forma mais abundante. À medida que se vai desenvolvendo, vai necessitando de menos água. O medronheiro é uma planta resistente que consegue sobreviver aos períodos de seca.

Poda do medronheiro: A planta têm tendência em se ramificar desde baixo mas é possível podar os ramos baixos e deste modo consegue-se a formação de um tronco limpo. É recomendado desbastar copas demasiadamente densas em que a entrada de luz é dificultada, devem ser retirados os ramos doentes e fracos ou que apresentem flores secas. Deve ser efetuada em medronheiros que já tiverem alguns anos e se apresentem muito altos e desprovidos de folhas na sua base. A poda deve ser realizada após a época das geadas.

Propagação do Medronheiro: A multiplicação do medronheiro é geralmente feita por via da semente, estaquia ou mergulhia. Apesar do método da sementeira ser o método preferidona  propagação do medronheiro, é de salientar que as sementes apresentam uma taxa de germinação baixa, cerca de 20%. A semente  precisa de várias semanas de frio para germinar. Uma das possibilidades é colocá-la no frigorifico entre os 3 e os 5ªC por 2 ou 3 meses antes de a semear.

Colheita do medronho: O medronheiro leva aproximadamente 5 a 6 anos a frutificar, contudo existem algumas práticas que podem acelerar este tempo. Uma árvore produz em média 10 a 20 Kg por ano. A melhor maneira de consumir o medronho é ao natural, diretamente da árvore.

Curiosidades do Medronheiro


Existe a crença de que os medronhos embebedam, mas não passa de um mito. Segundo um artigo publicado pela Universidade de Coimbra, esta afirmação é falsa. Esta resposta é sustentada em base num estudo realizado pelo investigador Jorge Canhoto. Leia o artigo aqui: Comer medronhos não embebeda, beber aguardente sim

O medronheiro é cultivado principalmente pelo seu fruto, para a a produção de aguardente de alambique, mas presta-se igualmente à elaboração de licores, vinagres e compotas. Também têm grande interesse para o consumo em fresco, devido às suas qualidades medicinais, que permitem combater os radicais livres, responsáveis por várias doenças degenerativas, além disso melhora a saúde dos ossos e controla os níveis de colesterol.

A planta medronheiro utiliza-se igualmente para a produção de mel, sendo que o néctar das suas flores dá um sabor característico ao mel.

As folhas e as cascas do medronheiro possuem taninos que são utilizados na curtição das peles. A madeira também é manuseada e torneada, além de ser um excelente combustível.

O medronheiro é uma espécie tolerante ao sal, sendo uma boa opção na criação de barreiras nas zonas costeiras. Além disso as suas grandes raízes ajudam a estabilizar a terra.

Nomes populares: medronho, medronheiro, ervedeiro, ervodo, ervedo, arvore do morango, strawberry tree (inglês), madronho (espanhol).

Cacto Parodia leninghausii

ultivo do Cacto Parodia leninghausii
O Parodia leninghausii é um cacto colunar nativo da América do Sul, da província do Rio Grande, no Sul do Brasil, uma região com as quatro estações bem definidas. No seu habitat natural cresce em paradões rochosos, no meio das fendas das rochas. Nesse ambiente ele encontra porções de solo com boa drenagem e ricos em matéria orgânica, derivada dos resíduos de outras plantas.

Na faze inicial ele apresenta uma forma mais arredondada, conforme vai crescendo ele vai adquirindo a forma colunar. Na idade adulta ele alcança uma média de 100 cm. de altura, 12 cm de diâmetro e cerca de 30 costelas muito próximas umas das outras. Apresenta espinho finos e flexíveis, com a particularidade de serem pouco agressivos. Conforme a variedade os espinhos podem apresentar tonalidade amarelada ou esbranquiçada.
Na sua base vão-se formando novas plantas, que vão crescer de um modo paralelo à planta mãe.
Geralmente só floresce após 4 ou 5 anos crescimento, quando apresenta 20 cm de altura ou mais. As flores são amarelas sedosas, com aproximadamente 5 cm de diâmetro, são muito atrativas e surgem no topo do cato. Os frutos são globosos e contém inúmeras sementes castanhas escuras.

O Parodia leninghausii cultiva-se sem grande dificuldade, os cuidados aplicados regem-se pelos mesmos que são empregues à maioria dos cactos e suculentas.

Principais cuidados como o cacto Parodia leninghausii


Ambiente: É um cacto com muita resistência ao frio, suporta temperaturas negativas até -4º, ou possivelmente mais, desde que o composto esteja seco. A temperatura ótima situa-se entre os 20 e os 30ºC.
Têm necessidade de uma boa exposição solar, incluindo algumas horas de sol direto, excepto nos períodos de maior calor.

Rega: Tal como a maioria dos cactos o Parodia leninghausii é resistente à seca. Certifique-se de deixar secar o solo entre as regas. O excesso de irrigação pode levar ao apodrecimento da planta ou ao aparecimento de doenças fúngicas. Ao regar evite molhar o corpo do cacto, principalmente nas horas de calor, quando o sol incide diretamente na planta.

Solo: O substrato deve permitir uma rápida drenagem da água e uma boa porosidade de modo a assegurar que as raízes respirem. Cresce de modo ótimo numa mistura de areia com um substrato equilibrado. O reenvasamento deve ser efetuado na época quente a cada 2 ou 3 anos, dependendo do crescimento das raízes.

Multiplicação: Propaga-se facilmente através das sementes ou das mudas que surgem na base da planta mãe. São postos a enraizar durante a Primavera e o verão em meia sombra.

Cuidados: Entre a primavera e o início do outono forneça um fertilizante líquido indicado a cactos e suculentas diluído na água da rega.

Floração: A melhor maneira de incentivar a floração, passa por permitir que a planta usufrua de período de resfriamento no Inverno, diminuindo drasticamente as regas nessa fase. Outra medida importante é fornecer uma fertilização adequada durante a época de crescimento.

Pragas e doenças: Raramente é afetado por pragas, mas em certas condições pode ser atacado por cochonilhas. O excesso de humidade é o maior inimigo e está na origem da maioria das doenças fúngicas.

Nomes populares: torre amarela, bola de ouro, bola de limão, balão dourado.

Sedeveria letizia

Sedeveria letizia

Família: Crassulaceae 
Filiação: (Sedum cuspidatum e Echeveria setosa var. Ciliata)
Ciclo: perene
Nomes populares: Sedeveria
Curiosidade: A Sedeveria letizia é é um híbrido intergenérico resultante do cruzamento entre Sedum cuspidatum e Echeveria setosa.

Descrição: A Sedeveria letizia é uma linda suculenta que forma rosetas elegantes e coloridas. Quando submetidas ao stress adquirem extremidades avermelhadas sobre um verde brilhante, macio e suave. Essa ação stressante é provocada pelo sol ou pelo frio. Quando cultivadas á sombra ficam totalmente verdes.
É uma espécie que tem o hábito de se ramificar na sua base. Com o tempo as rosetas mais velhas exibem-se no topo do caule desnudado, curto e pouco visível. As novas rebentações vão surgindo á volta das mais velhas, densamente agrupadas.
As raízes são finas e pouco profundas, perfeitamente apropriadas ao cultivo em vaso. 
As flores apresentam tonalidade branco pérola e começam a surgir na Primavera. 

Cuidados com a Sedeveria letizia 


Condições de cultivo favoráveis: Aprecia uma boa exposição solar de preferência sol pleno embora tolere sombra parcial. Um bom aporte de luz solar garante cores mais intensas, sendo que a planta ganha uma tonalidade avermelhada na orla das folhas. Resiste muito bem ao calor e ao frio, suporta temperaturas até -4ºC. No Inverno a Sedeveria letizia tende a perder as folhas inferiores, tornando-se pernaltuda.
É essencial que o solo seja poroso e garanta uma boa drenagem da água (Como preparar terra para cactos e suculentas). 

Floração da Sedeveria letizia
Floração  da Sedeveria letizia
Rega: A Sedeveria letizia é bastante resistente à seca, contudo uma irrigação controlada garante uma planta mais exuberante. Durante o período de crescimento a regue deve ser moderada, sendo recomendada a sua redução na fase de repouso. O essencial é deixar secar o solo entre as regas. Tal como a maioria das suculentas a Sedeveria letizia não suporta o encharcamento, o excesso de água pode potenciar o apodrecimento das raízes e levar ao seu colapso.

Pragas: Poderá ser sujeita ao ataque da cochonilha, sendo possível remova estes parasitas com ajuda de um algodão embebido em álcool, ou com um cotonete nos pontos mais inacessíveis.

Propagação: A multiplicação é muito rápida e fácil, se for executada durante a Primavera até ao Outono. É muito praticada através das pequenas rosetas que surgem em grande numero à volta da planta mãe. Também é possível propagá-la por via das folhas. Leia mais em:(Como multiplicar as suculentas)

Cuidados: A Sedeveria letizia é uma planta de baixa manutenção, contudo poderá melhorar o seu aspeto, mantendo-a limpa das folhas amarelas ou secas. Quando a planta se apresenta muito pernaltuda, cote a roseta a poucos centímetros do solo e coloque-a noutro vaso. Quanto à parte decapitada, ela irá produzir novos rebentos e dará origem a uma nova plantinha.

Orelha de Mikey - Opuntia Microdasys

Orelha de Mikey - Opuntia Microdasys - suculenta
Nome cientifico: Opuntia Microdasys
Família: Cactaceae
Gênero: Opuntia
Categoria: cactos e suculentas
Nomes populares: Orelha de coelho, orelha de Mickey, opúntia, palma brava, bunny cactus (inglês)

O Orelha de Mikey Opuntia microdasys é uma planta originário do México, que pertence à família Cactaceae e entra na categoria de cactos e suculentas. O tronco deste cacto é dividido por segmentos achatados (artículos) também chamados de palmas e que fazem lembrar as orelhas do coelho ou a cabeça de um Mickey.

Têm um aspeto fofo e mimoso, mas não se iludam, este cacto têm espinhos fininhos que se agrupam em tufos, que facilmente se entranham na pele. Embora eles sejam praticamente invisíveis, eles permanecem espetados por vários dias, causando bastante incomodo. Dependendo do cultivar estes tufos de picos podem ter tonalidade branca, creme, amarela clara ou avermelhada.

As flores despontam nos meses mais quentes, são grandes, amarelas e surgem isoladas, contudo não são muito frequentes.

Como cuidar o Orelha de Mikey Opuntia Microdasys


Condições favoráveis de cultivo: Aprecia uma boa exposição solar, quando crescem em ambiente de pouca luz as "orelhas" crescem pálidas, finas e alongadas, perdendo assim um pouco da sua magia visual. Caso isso aconteça, aumente gradativamente a luz.
Adapta-se a clima equatorial, tropical, subtropical, temperado e semi árido. É resistente ao frio, chega a suportar temperaturas até -10ºC.

Manutenção do Orelhas de MikeyDurante o período de crescimento que vai de Abril até Setembro o Opuntia Microdasys necessita de ser regado com regularidade, mas sem encharcar, com o cuidado de deixar secar a terra entre as regas. No Inverno reduza drasticamente a rega, ambientes frios associados a muita humidade podem levar ao apodrecimento da planta.
Durante a fase de crescimento, forneça um fertilizante liquido indicado a cacto e suculentas diluído na água da rega, a cada três semanas, conforme as instruções do fabricante.
As cochonilhas podem ser um problema, assim que detetar a sua presença, remova-as com um algodão ou cotonete embebido em álcool.

Transplante do orelhas de Mikey: Mude a planta quado ela apresentar as raízes amontoadas, transfira-a para um vaso maior, com o cuidado de colocar uma camada de material drenante no fundo do recipiente. O substrato deve ser leve e arejado, uma mistura de substrato com areia em partes iguais, preenche os requezitos. Na dúvida adquira um substrato indicado a cactos e suculentas, que possui o equilibro coreto.

Outras suculentas com nomes mimosos: Orelhas de Gato, Galinha e Pintos, Orelha de Shrek, Cabeça de Velho.

Multiplicação do Orelha de Mikey


Estaca: A propagação é fácil, retira-se uma orelha inteira (artigo), de preferência entre Maio e Agosto, puxando com a mão ou executando um corte limpo com uma faca. Não se esqueça de usar as luvas, caso contrário vai sentir o incomodo dos picos por alguns dias. O artigo deve ser escolhido em base ao seu bom desenvolvimento e ausência visível de doenças ou pragas. Após deixar cicatrizar a base da estaca por 2 ou 3 dias, plante-a enterrando-a numa mistura de substrato com areia. Mantenha a nova muda num ambiente com boa luminosidade, mas sem sol direto, com temperatura entre os 10 e os 16ºC. Quando maior for o segmento do Opuntia Microdasys, maiores serão as probabilidades de sucesso de enraizamento.

Semente: A sementeira também apresenta bons resultados, as sementes são grandes e estão envolvidas por uma película dura e grossa, recomenda-se a sua imersão por 1 ou 2 dias. Depois colocam-se sobre uma cama húmida de substrato misturado com areia. Cobre-se com uma película plástica ou chapa de vidro transparente em local iluminado com temperaturas a rondar os 20 a 30ºC até à germinação, que poderá levar mais de 45 dias.

Especies e variedades de Opuntia


Opuntia basilaris: segmentos azulados e flores vistosas de coloração rosa.
Opuntia brasiliensis: corpo verde brilhante e flores marrons amareladas.
Opuntia humifusa: espinhos muito longos e frutos vermelhos comestíveis.
Opuntia ficus.indica: conhecida por figueira da Índia, com frutos amarelo avermelhado.
Opuntia macrocentra: raquetes azuis arroxeadas e frutos comestíveis vermelho escuros.
Opuntia robusta, segmentos azuis acinzentados e flores amarelas.
Opuntia subulata, hastes cilíndricas

Cultivo do Melão

Cultivo do Melão
A planta do melão, o meloeiro (Cucumis melo) é uma planta trepadeira anual, provavelmente originária do Oriente Médio, que pertence à família  cucurbitaceae, a mesma da melancia, da abobora, pepino, courgette, entre outros.

O meloeiro uma planta herbácea, o seu sistema radicular é aprumado, sendo que a raiz pivotante chega a alcançar um metro de profundidade, embora a maioria das suas raízes se apresentem nos primeiros 30 a 40 centímetros superficiais do solo.

A planta do melão têm flor macho e fêmea, as flores masculinas e femininas nascem separadamente na mesma planta. A fecundação das flores do meloeiro dá-se pela polinização cruzada, uma tarefa  facilitada pela ação das abelhas que transportam o néctar de umas plantas para outras. Uma polinização adequada garante um aumento na qualidade das sementes e dos frutos produzidos, mas o processo tem sido afetado pelo emprego intensivo de insumos químicos indicados ao controle de pragas e doenças, contudo é possível optimizar o processo com a polinização manual. As flores femininas reconhecem-se pela existência de um entumescimento na parte inferior, que faz lembrar um pequeno melão.

Condições favoráveis ao cultivo do melão


Desenvolve.se bem em climas secos, quentes, com boa luminosidade, exige ser cultivado em pleno sol. A temperatura ideal da cultura do melão situa-se junto de 25 e os 32ºC, embora possa crescer confortavelmente dentro de 18 e os 35ºC. É muito sensível à geada e ao frio.
Durante a maturação dos frutos é vantajoso um clima quente e seco, pois o frio, a humidade do solo e do ar conduzem a frutos aguados, com menor teor de açúcar.

Adapta-se a vários tipos de solos, mas prefere solos ricos em matéria orgânica, leves, soltos e bem drenados. O encharcamento pode causar a asfixia radicular e o apodrecimento dos frutos. P pH deve situar-se nos 6,7 e 7,0.

Sementeira e plantação do melão


Sementeira do melão

➢ Geralmente a sementeira direta é realizada desde Abril a Maio, altura em que já não há risco das geadas tardias. Limpe e areje a terra em profundidade, incorpore estrume ou composto bem curtido. Regue a terra antes de semear, as sementes precisam da humidade para germinar, mas sem exageros. A germinação dá-se entre 3 a 10 dias, dependendo das condições climáticas.
➢ A sementeira pode ser realizada em covas ou regos. O espaçamento varia de 0,50 a 1,00 m. entre plantas e 2 m. entre linhas, dependendo da variedade e fertilidade do solo.
Coloque  2 a 3 sementes por cova, à profundidade de 2 a 5 cm. Após a germinação elimine as mais fracas e deixe apenas a mais vigorosa. Contudo se a semente for de qualidade superior e apresente uma boa taxa de germinação, coloque apenas uma por cova.
➢ É possível antecipar a plantação recorrendo à sementeira em pequenos recipientes ou tabuleiros apropriados, que são colocados em local protegido até à plantação. Esta técnica permite ter um melhor control sobre as condições climáticas, temperatura e humidade. O processo é bastante simples, basta colocar 1 semente em cada cavidade e cobrir com 1 cm de terra.

Plantação do melão

➢ As pequenas mudas estarão prontas ao transplante quando se apresentarem bem enraizadas, atingirem 3 mm de espessura, 3 a 4 cm de altura e criarem a 3ª folha definitiva, geralmente o processo dá-se dentro 20 a 45 dias após a germinação. Na hora do plantio segue-se as mesmas condições da sementeira direta, ao invés da semente coloca-se a muda do meloeiro.
➢ No local definitivo é possível plantar as pequenas plantas sobre uma cama protegida com plástico preto perfurado ou tela. Esta prática têm quatro vantagens importantes: não deixa criar ervas daninhas, mantém a temperatura do solo mais estável e evita a evaporação da água, permitindo manter a humidade do solo por mais tempo e evita o contacto do fruto com o solo.

Cuidados com a cultura do melão


Após o plantio do melão é favorável cobrir a plantação com manta térmica, apenas no inicio do desenvolvimento da cultura, ela possibilita um ambiente estável às pequenas plantas, chega a aumentar a temperatura em 3ºC  e ainda protege a cultura das pragas aéreas.

A cultura do melão requer irrigações regulares e controladas, sem exageros, o melão não aprecia água em demasia, além disso o excesso leva os melões a gretar. A rega deve ser realizada de modo a evitar molhar as folhas, a humidade sobre a folhagem facilita o desenvolvimento das doenças fúngicas. Evite regar o melão 3 dias antes da colheita, isso favorecerá a doçura dos frutos.

A planta do melão ocupa muito espaço, mas pode ser "capada", deste modo ela é limitada no seu crescimento em comprimento e favorece a produção de mais hastes. Se o meleiro desenvolver um grande numero de frutos, é possível realizar uma monda, retire-os quando eles apresentam o tamanho de uma noz, mantendo apenas um pequeno melão por haste. Esta técnica permite que a planta conduza a energia para um menor numero de frutos, melhorando significativamente a qualidade dos mesmos. 

Evite o contacto direto do melão com o solo, este meio facilita a ocorrência de doenças fúngicas e de algumas pragas. Na falta de cama , poderá colocar uma base de palha, um pedaço de madeira ou uma telha sobre o melão. Poderá igualmente girar regularmente o melão de modo a reduzir o seu tempo de contato com o solo. 

Colheita do melão 


Da sementeira até à colheita decorrem entre 3 a 5 meses, dependendo da temperatura, luz e variedade escolhida. É difícil determinar quando o fruto está completamente maduro, mas geralmente nesta fase apresentam uma coloração mais intensa. Ao colher o melão procure fazê-lo pela manhã e deixe-o com aproximadamente 2 cm de talo, este procedimento facilitará a sua conservação.

O melão continua o processo de amadurecimento após a colheita, porém não atinge a doçura e a qualidade de um fruto amadurecido na planta.

Cultivo do melão em Portugal


Supõe-se que o melão tenha sido introduzido na Península Ibérica pelos Árabes. Portugal dispõe de boas condições para a produção de melão, têm clima e solo adequados. As zonas geográficas que apresentam maior expressão no cultivo do melão são no Sul do país, Ribatejo e Alentejo, embora também se façam produções do mesmo na região Norte. O processo de apanha dá-se desde o finais do mês de Junho até Outubro, mas é no período de Julho e Agosto que os produtores dão maior escoamento ao melão. Apesar das boas condições ambientais e da boa qualidade dos frutos nacionais, Portugal não é auto suficiente e importa grandes quantidades de melões do exterior, principalmente da Espanha.
Os cultivares de melão mais comuns em Portugal são o branco do Ribatejo, o casca de carvalho, o amarelo e o pele de sapo.

Pragas e doenças do melão


É sensível a diversas pragas e doenças, como o aranhiço-vermelho, o oídio, a verticiliose e a fusariose e a podridão do colo. Algumas destas doenças são causadas por excesso de humidade, que potencia o desenvolvimento de fungos. A pulverização com calda de leite têm-se revelado eficiente no tratamento do oídio, veja aqui: Leite de vaca no tratamento de doenças das plantas.