Cultivo da Romãzeira - Punica granatum

Cultivo da Romãzeira - Punica granatum
A romãzeira (Punica granatum), pertence à família Punicaceae e têm origem no Sudeste da Europa e Médio Oriente. É uma árvore de fruto rustica cultivada há mais de 2000 anos, que se destaca pela longevidade, facilmente atingem os 90 a 100 anos.

Caracteriza-se como uma pequena arvoreta ou arbusto ramoso, que atinge entre os 3 e os 6 metros quando plantada no jardim. Os ramos possuem tonalidade cinzenta, por vezes espinhosos, os ramos  novos nascem com coloração avermelhada e vão mudando de cor à medida que envelhecem. As folhas são caducas, ligeiramente lanceoladas, de tonalidade verde brilhantes, lustrosas na página superior.

É uma árvore distinta pelo aspeto das suas lindas e exuberantes flores vermelho alaranjadas, que podem ser solitárias ou em grupos de 2 ou 3. Os frutos, as romãs, são esféricos e apresentam casca coriácea, chamam atenção pelo seu aspeto exótico e pode ir da tonalidade amarelada a avermelhada, atingem aproximadamente o diâmetro de 12 centímetros e estão recheadas de muitas sementes envoltas numa polpa translucida liquida e adocicado, reconhecidas pelas suas largas capacidades medicinais (Benefícios da romã). 

Solo e localização ideal da romãzeira  


A romãzeira pode ser cultivada em vários tipos de solos, desde que apresentem boa drenagem e boa profundidade. Contudo a árvore prefere solos férteis, profundos e ricos em matéria orgânica. Adapta-se bem em pequenos jardins ou em cultivo de vaso ou jardineiras. Tolera moderadamente a salinidade e a seca.

Quando cultivada em vaso, certifique-se que ele tenha um tamanho superior a 40x60 centímetros, aplique uma boa drenagem no fundo. Nesta condição a romãzeira deve ser regada e adubada com maior frequência. Geralmente neste modo de cultivo é escolhida a variedade anã (Punica granatum nana).

A romãzeira prefere um clima ameno, porém adapta-se a várias condições, suporta inclusive o frio dos invernos rigorosos, porém é suscetível às geadas tardias.
Necessita de uma boa exposição solar, a romãzeira só frutifica adequadamente se receber luz solar direta em grande parte do dia, no minimo 4 horas diárias.

Floração e frutificação da romãzeira


Geralmente a romãzeira inicia a produção 3 a 4 anos após a plantação. Em Portugal a floração dá-se no fim da Primavera ao Verão e o amadurecimento das romãs ente Outubro e Novembro. Conforme as romãs começarem a madurecer, vá colhendo-as antes que a casca abra fissuras, deste modo elas poderão se conservar durante várias semanas.

A adubação de Outono é essencial para uma boa floração. A adubação deve ser rica em fosforo, a proporção ideal de nutrientes é de 4-14-8, ou seja 4 de nitrogénio, 14 de fosforo e 8 de potássio. Não adube a romãzeira durante a floração. Como forma de adubação natural poderá usar húmus de minhoca e cinzas de madeira, elas são ricas em fosforo, potássio e cálcio. (Benefícios da cinza na agricultura).

A romãzeira aprecia temperaturas quentes na época de maturação, simultaneamente com alguma humidade no ar e no solo. As regiões de ventos fortes penalizam a frutificação da planta, pela queda excessiva da flor. O excesso de humidade propicia o aparecimento de fungos na casca da romã.

Como plantar e cuidar a romãzeira


A época ideal de plantação é na altura do repouso vegetativo. Abra uma cova com 60x40 centímetros, e enriqueça com estrume de curral curtido. Aconchegue a terra ao trona da, romãzeira e regue-a de imediato, isso permitirá que o solo se ajuste melhor à raiz.

Remova as ervas daninhas ao redor do pé da romãzeira, não permita que elas roubem os nutrientes à planta. Coloque uma camada de mulching à volta do tronco, ele retem a humidade do solo, aumenta a fertilidade  e reduz o aparecimento das ervas daninhas.

Regue generosamente a romãzeira, tal como a maioria das árvores de fruto ela aprecia um bom aporte de água, mas tenha em atenção de que ela não gosta de solos encharcados.

A romãzeira pode ser mantida na forma de pequena árvore ou de arbusto. No Inverno faça uma poda de limpeza, desbaste os ramos, de modo a arejar a copa e permitir a entrada de luz. Corte os rebentos que se formam junto à base e raspe os musgos que se formam nos troncos. .

Curiosidades sobre a romãzeira


A romãzeira multiplica-se por semente, por estaca de pontas ou pelos rebentos que surgem à volta do troco da planta mãe. A multiplicação por estaca realiza-se na época de dormência, logo após a queda das folhas. A propagação por estaca garante uma frutificação mais precoce e possibilita que as plantas obtidas tenham maior semelhança com a planta mãe.

A romãzeira é cultivada atualmente em mais de 100 países, sendo a Espanha um dos maiores produtores do mundo. Em Portugal a maior concentração de árvores de romã encontra-se no algarve, que gera entre 80% a 95% da produção nacional, contudo a produção não é autossuficiente. A maioria das romãs encontradas no mercado nacional provém da Espanha. As variedades mais comuns no continente português são: Mollar, Mollar de Elche, Dejativa e Asseria.

A valorizarão da romã é milenária, aparece nos textos bíblicos, onde é associada à paixão e à fecundidade. Está associada a rituais e simpatias para atrair a prosperidade no Ano Novo.

Nomes populares: Romãzeira, romanzeira, romanzeiro, romeira, romeira da granada, grenadier (francês), pomegranate (inglês), granada (espanhol).

Clorofito - Chlorophytum comosum

Como cuidar o Clorofito - Chlorophytum comosum
O clorofito (Chlorophytum comosum), também conhecido por planta aranha, é originário da Africa do Sul e pertence à família das Liliaceae. É uma planta herbácea de pequeno porte bastante rustica, que cresce depressa e é muito duradoura.

Nem sempre lhe é dado o devido valor, ela é tão resistente e fácil de propagar  que chega a a ser a ser considerada banal, contudo quando bem tratada ela apresenta uma beleza unica e no jardim compõe maciços de um modo espetacular.

A espécie tipica é verde, porém as variedades variegadas (Chlorophytum comosum "Variegatum") são as mais populares. As folhas apresentam-se em forma de roseta, são longas com aproximadamente 30 centímetros de comprimento.

As flores são brancas e pequenas, têm pouca importância ornamental. Surgem ao longo das inflorescências, juntamente com pequenos rebentos, que podem ser separados da planta mãe e mudados para outro vaso.

Como cuidar a planta Clorofito


Condições favoráveis ao crescimento do clorofito: A planta adapta-se a varias condições, tanto pode ser plantada em sol pleno, como em meia sombra, embora apresente folhagem mais bonita e intensa em ambientes de sombra leve. Em locais de solo intenso as pontas das folhas queimam-se facilmente. Podem viver dentro de casa, seja perto de janelas ou em recantos mais sombrios. Tolera uma ampla gama de temperaturas, mas não suporta a geada.

Rega do clorofito:  deve ser regular na Primavera e no Verão, reduzindo-se a frequência no Outono e Inverno. O composto deve-se apresentar sempre alguma humidade, porém sem encharcar, embora a planta tolere a seca ocasional. A secura incita a aparição de mais inflorescências. Pulverize-a de vez em quando com água à temperatura ambiente.

Multiplicação do clorofito: O clorofito reproduz-se de uma forma excelente. A propagação pode ser feita por divisão de tufo, ou pela separação das pequenas plantas que surgem na inflorescência, mal tocam na terra, lançam imediatamente as raízes.

Cuidados com a clorofito: Certifique-se que o fundo do vaso seja bem drenado e permita deixar sair a água em excesso. De duas em duas semanas forneça um adubo adequado a plantas de folhagem, diluído na água de rega. Remova as folhas secas ou envelhecidas.

Transplante do clorofito: A mudança de vaso deve realizar-se quando as raízes carnudas da planta começam a sair pelos orifícios do vaso. Escolha um composto comum, rico em matéria orgânica.

Usos do clorofito: É usada em maciços, bordaduras, vasos, floreiras e principalmente em cestos pendentes e jardins verticais. Também pode ser usada como forração, porém não suporta o calcamento.

Curiosidades sobre o Clorofito


A NAZA realizou um estudo sobre diversas plantas, com a finalidade de descobrir a sua capacidade em absorver poluentes e purificar o ar, a clorofito entro no grupo das 10 mais capacitadas, absorvem especialmente monóxido de carbono. Conheça as outras: 10 plantas para purificar o ar de casa

Nomes populares: Planta aranha, spider plant, clorofito, planta das fitas, gravatinha.

Poinsétia- Estrela de Natal (Euphorbia pulcherrima)

Cuidados com a Poinsétia- Estrela de Natal
A estrela de Natal ou poinsétia (Euphorbia pulcherrima) é uma planta arbustiva com caules lenhosos, originária do México. Floresce no Inverno e geralmente no Natal dá sempre o ar da sua graça, um motivo que a levou a ser apelida de flor do Natal.

O que parecem flores, na verdade são folhas modificadas chamadas de brácteas. Elas têm a função de atrair os polinizadores, já que as flores propriamente ditas são muito pequenas, insignificantes e pouco atrativas. Uma característica que também encontramos no Antúrio: (Como cultivar o antúrio).

Solo e localização ideal da Estrela de Natal


As poinsétia apreciam uma elevada exposição solar, 6 a 8 horas de sol por dia. Quando cultivadas em ambientes de interior, elas apenas se adaptam em locais bem iluminados, fora de correntes de ar e longe de aparelhos de aquecimento. A temperatura ideal situa-se entre os 17 e os 20º, apesar de florir na estação fria, a flor de Natal é sensível às temperaturas baixas.

As estrelas de Natal são vendidas em vaso com a finalidade de alegrar o interior das nossas casa na época festiva do Natal, contudo elas são plantas de exterior. Quando plantada diretamente no solo elas podem crescer até 4 metros de altura. Contudo elas necessitam de um clima ameno para sobreviver, se as colocarem num local abrigado, protegido das correntes frias e da geada, é possível que elas se adaptem ao clima. O ideal é esperar que as temperaturas mínimas aumentem na Primavera, colocamos a planta na rua e possibilitamos que ela se habitue lentamente às passagens das estações e aumentamos as chances de ela sobreviver ao próximo Inverno.

O substrato deve ser poroso e arenoso, rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Uma boa possibilidade passa por misturar turfa com areia lavada e grãos de poliestireno (bolinhas de isopor), de modo a obter uma mistura leve e arejada.

Principais cuidados com a Estrela de Natal


Ao plantar a flor de Natal, tenha o cuidado de escolher um vaso com o diâmetro 2 vezes maior que as suas raízes. Após aconchegar a terra à planta, regue a base. A cada duas semanas forneça um adubo liquido diluído na água da rega.

A rega deve ser regular, evite acumular água na base do vaso. Ela  aprecia solo ligeiramente húmido, porém é recomendado deixar secar ligeiramente a terra entre as regas. As irrigações excessivas levam ao apodrecimento das raízes e posterior deterioração da planta, a falta de água leva à queda das folhas.

É recomendada uma poda radical na Primavera, após a floração. Deixe-a apenas com uns 15 a 20 centímetros, a finalidade é renovar a planta e estimular a rebentação de vegetação nova. Após este procedimento, coloque-a num lugar luminoso e fresco e reduza as regas, deixe que o substrato seque parcialmente.

Como multiplicar a poinsétia (Euphorbia pulcherrima


Na Primavera corte estacas jovens com altura de 7 a 10 centímetros de comprimento. Coloque-as imediatamente em água, de modo a interromper o fluxo de seiva. De seguida passe-as por hormonas de enraizamento e plante-as num vaso com uma mistura de turfa e areia.
Cubra os vasos com um plástico ou garrafa transparente e mantenha-os num ambiente entre os 18 e os 21º.
Após surgirem as primeiras folhas, transplante-as para um vaso maior e siga os procedimentos normais.

Floração da Estrela de Natal


O período de floração da flor de Natal ocorre entre Outubro e Fevereiro, que coincide com a época natalícia. Em algumas partes do globo o Natal não coincide com o Inverno, contudo encontraram uma forma de a fazer florir nessa época. "Enganam a planta", diminuindo as horas de sol e descendo a temperatura ambiente. Em casa poderá fazê-lo tapando a planta com um cartão no final da tarde, calculando que ela obtenha 14 horas de escuridão.

Existem flores (brácteas) nos mais diversos tons, as mais comuns são as poinsétias vermelhas, mas também existem  rosadas, brancas, amarelas,  cremes, alaranjadas e há inclusive espécies com duas tonalidades. É possível controlar o tamanho, se quiser obter brácteas menores, corte a ponta dos caules de maneira a favorecer o crescimento de novos galhos. Se pretender brácteas grandes, reduza o numero de caules.
No fim da floração as folhas coloridas da estrela de Natal caem e dão espaço às folhas verdes.

Curiosidades sobre a Poinsétia


A seiva da planta do Natal é venenosa, é necessário ter cuidados acrescidos quando há crianças ou animais por perto, mantendo a planta fora do seu alcance. Devem ser usadas luvas no seu manuseamento e caso a pele entre em contato com a seiva, lave abundantemente. A seiva leitosa é toxica e pode pode provocar irritações e inflamações. Quando ingerida pode causar vômitos, náuseas, diarreia.

Esta planta era especialmente apreciada pelos astecas que a consideravam símbolo da pureza. Eles usavam as suas brácteas, que são as folhas alteradas de cor vermelha às quais chamamos flores e usavam-nas no tingimento de tecidos. Com a seiva da poinsétia, eles preparavam medicamentos contra a febre.

Nomes comuns: poinsétia, poinciana, flor de Natal, bico de papagaio, estrela de belém, flor de Natal, rosa de Natal, manhã de pascoa.

Cultivo da Cerejeira

Cultivo e tratamento da Cerejeira
A cerejeira (Prunus avium) pertence à família Rosaceae. É uma árvore de clima temperado, com folha caduca, bastante rústica, é cultiva em muitas das regiões da Europa e da Ásia Ocidental.

Os pequenos frutos das cerejeiras são conhecidos por cerejas, a sua coloração varia entre o amarelo e várias tonalidades de rosado, desde o claro ao quase negro. A cerja doce apresenta uma polpa macia e suculenta. A cerja ácida é conhecida por ginja (Prunus cerasus), possui a polpa mais firme, é usada principalmente em conservas, licores, doces e geleias. Leia também: Benefícios da cereja para a saúde.

Solo e localização ideal da cerejeira


O cultivo da cereja é realizado em regiões de Invernos frios. A árvore necessita de 800 a 1000 horas de frio para produzir satisfatoriamente, contudo já existem variedades que requerem menos horas de frio. Na hora de compra é importante esclarecer este ponto com o viveirista, de modo a comprar uma cerejeira adequada ao clima da sua região.

O local escolhido deve ser soalheiro e se possível protegido dos ventos fortes.
É tolerante a vários tipos de solos, desde que apresentem boa drenagem, a cerejeira não suporta o encharcamento. Os solos profundos, móveis, fresco e com bom aporte de matéria orgânica, com pH entre os 6,7 e os 7,5, são os mais apreciados por esta árvore de fruto.
Os solos leves, arenosos e delgados, são os menos indicados para esta frutífera.

Manutenção e poda da cerejeira


Tradicionalmente a maioria das árvores podam-se no Inverno, a cerejeira não. O lenho da cerejeira cicatriza muito mal e fica suscetível a doenças como o cancro bacteriano e a monoliose. A poda da cerejeira deve ser realizada na Primavera, quando os gomos iniciam a rebentação ou após a apanha do fruto. Os cortes devem ser oblíquos e nas junções com outros ramos o corte deve ser raso.
A cerejeira não reage bem à poda de grandes ramos, corte apenas o estritamente necessário. Quando cortar ramos com diâmetro superior a 5 centímetros, aplique um unguento sobre as seções de corte (pode ser com tinta látex, silicone, cola branca ou outro material que estanque) .

O principal objetivo da poda da cerejeira é eliminar ramos cruzados, secos ou com sinais de doença e clarear o centro da árvore. Manter a copa aberta vai permitir que os raios solares abranjo melhor todos os ramos e promove um maior arejamento, deste modo previne-se algumas doenças e incentiva-se  floração.
Se houver frutos ou flores na altura da poda, corte acima dois grupos de folhas, de modo a manter a seiva nesta região.

Outro modo de abrir a copa passa por puxar os ramos para baixo, a tarefa deve ser feita com cuidado, de modo a não os esgalhar. Espete uma estaca no chão, prenda uma borracha no ramo que pretende curvar, passe um fio ou arame na borracha e ate à estaca no chão. Esta técnica aplica-se a árvores jovens.

Tome atenção ao musgo que se vai formando, ele alberga algumas pragas e fungos. Remova-o com ajuda de uma escova de roupa ou com um jato de água.

Doenças e tratamentos da cerejeira


O cancro bacteriano é a enfermidade que causa maiores prejuízos. Carateriza-se pela secura de um ramo ou mesmo do tronco e na Primavera e Verão verifica-se a saída de um goma em alguns pontos. Elimina-se a parte doente, executando o corte na madeira sã e desinfeta-se a seção de corte com uma pasta cúprica.
É recomendado realizar 3 tratamentos no Inverno, principio, meio e fim da queda das folhas. Esta medida permite prevenir doenças como cancro bacteriano e monoliose. Veja a nossa sugestão: Utilidade e preparação da calda bordalesa.

As pragas mais clássicas das cerejeira ocorrem no fruto, são as famosas moscas da cereja que resultam nas pequenas larvas brancas. Vivem no solo e com o aumento da temperatura começam a eclodir. As fêmeas acasalam com os machos e fazem a postura nas cerejas. Porém é possível preveni-las ou pelos menos amenizá-las, usando armadilhas sexuais ou garrafas mosquiteiras. Sugerimos que veja a nossa proposta: Armadilhas para eliminar a mosca da fruta.

As subidas de temperatura favorecem o aparecimento de pulgão. Vigie a aparência das folhas da cerejeira, se elas começarem a encarquilhar e a mostrarem-se pegajosas é sinal de pulgão. Pulverize a árvore com uma calda de sabão ou calda de mamona (veja como preparar a calda de mamona). Se o ataque  for forte faça uma cura com inseticida adequado e recomendado por técnicos especializados.

Fertilização da cerejeira


A cerejeira aprecia um bom aporte de nutrientes para se desenvolver e frutificar. Requer suplementos orgânicos que lhe forneçam nitrogênio, fosforo, potássio e micronutrientes em quantidades adequadas. Coloque o fertilizante escolhido à volta da copa da árvore. Se escolher fazer a fertilização com um adubo químico, coloque-o em pequenas covas à volta da árvore e cubra com terra.

Faça uma cobertura com matéria morta à volta da árvore, sem deixar que ela toque no tronco. Esta camada vai favorecer a fertilidade do solo e manter a humidade, além de reduzir a ocorrência de ervas daninhas.

Floração da cerejeira


A floração da cerejeira é breve mas exuberante, as flores vão do branco ao rosa. Em Portugal a floração da cerejeira começa em Março, em Maio começam a aparecer as primeiras cerejas e conforme as variedades, continuam no decorrer de Junho e eventualmente alguma em Julho.

As variedades tradicionais necessitam de outras plantas polinizadoras, e quando não existem outras cerejeiras nas proximidades elas não produzem frutos.
Atualmente existem variedades auto férteis, estas conseguem auto fertilizarem-se e produzem frutos mesmo quando estão isoladas.
Na época de floração é importante a presença de colmeias por perto, estas aprimoram a polinização.

A estação das cerejas é curta, mas o escalonamento permite desfrutar este fruto por mais tempo. A produção é escalonada conforme a variedade, entre as as cereja do cedo e tardias decorem 8 a 10 semanas.

Algumas variedade de cerejeiras ordenadas segundo a época de amadurecimento:

Abril: Lisboeta.
Maio: Bigareau Hatif Burlat, Linda de Fontelo, Moreau, Quatro Setenta, Francesa de Alenquer.
Maio/Junho: Bigareau Napoléon, Sum mit.
Junho: Bigareau D´or, Bigareau Gross Coeuret, Ginja cor vermelha, Napoléon Blanc, Van.
Junho/Julho: Bical vermelha.
Julho: Bical preta, Rijal ou de Saco.

Curiosidades sobre a cerejeira


Em média uma cerejeira leva 4 anos a produzir, mas este período pode ser condicionado por vários fatores.
As cerejas devem deixar-se amadurecer na árvore, depois de colhidas devem ser consumidas, tão depressa quanto possível. Quando colhidas as cerejas devem ser retiradas com o pedúnculo, de modo a prevenir a ocorrência da podridão castanha.

Em Portugal a cerejeira é cultiva em várias localidades, principalmente no Norte, mas a região do fundão é a mais notória. A cereja do fundão goza de uma grande fama e reputação, assume uma forte importância agrícola e gastronômica.

Algumas variedades de cereira são cultivadas com a finalidade de produzir madeira nobre, apesar de também frutificarem os seus fruto não são tão doces. A madeira é valiosa e de muito boa qualidade, é dura e resistente, com borne amarelado e cerne avermelhado.

Nomes comuns: cerejeira, cerejeira da Europa, cerdeira, cereza (espanhol), cherry tree (inglês), cerisier (francês).

Como Cuidar a Orquídea Phalaenopsis

Como tratar as Orquídeas Phalaenopsis
A Phalaenopsis, também conhecida como orquídea borboleta, pertence à grande família das Orquidáceas. São originárias do Sudeste de Asia e atualmente são uma das flores mais cultivadas e mais populares do mundo. E não admira, a phalaenopsis é cativante, a sua flor quando bem tratada chega a durar 3 meses.
Pode florir o ano inteiro, contudo o Outono é estação forte da floração.

Na natureza as phalaenopsis crescem sobre as árvores, sem as parasitar. As suas raízes crescem e fixam-se sobre a superfície dos troncos, ficando algumas expostas à luz solar. Com isto as raízes das phalaenopsis evoluíram e desenvolveram cloroplastos, órgãos que permitem realizar a fotossíntese. Este é um dos motivos pelo qual encontramos esta orquídea à venda em vasos transparentes.

Como tratar uma orquídea Phalaenopsis


O melhor local para cultivar a Phalaenopsis: Ela aprecia locais com boa iluminação, sem sol direto, com temperatura amena e bem arejados. Podem ser cultivadas no interior ou no exterior, desde que se reúnam todas as condições e as temperaturas mínimas não desçam abaixo dos 16º.

Rega da phalaenopsis: As regas devem ser moderadas, o substrato nunca deve ser encharcado, o ideal é borrifar a planta e deixar cair, algumas gotículas de água sobre as raízes. Não deixe gotas acumuladas no olho da planta e no cruzamento das folhas, limpe-as com um algodão ou um paninho, este procedimento é importante para prevenir o apodrecimento da via foliar.

Como estimular a floração da phalaenopsis: Colocar uma pequena quantidade de canela em pó sobre o substrato do vaso da planta estimula a floração, não se sabe bem como e nem o porquê, mas resulta. Este truque não funciona nas outras orquídeas, apenas têm êxito com as phalaenopsis.

Aspetos sensíveis da phalaenopsis : Quando a planta apresenta folhas com aspeto murcho e curvadas para baixo, é sinal de que a  Phalaenopsis se encontra em lugar improprio, pode ser o substrato velho, vaso demasiado grande, zonas demasiado quentes, ou locais com pouca ventilação. Geralmente associa-se esses sintomas a falta de água e a tendência normal do cuidador é de regar em excesso e isso vai levar ao apodrecimento da orquídea. Dependendo das condições observadas, o certo é mudar a planta de lugar, trocá-la de vaso ou de substrato.

Adubação da phalaenopsis: A adubação deve ser realizado com um adubo especifico a orquídeas, na doze e periodicidade recomendada no rótulo. Uma orquídea bem nutrida é menos suscetível às doenças.

Poda da phalaenopsis: Os cortes devem ser executados com algum cuidado, pois quando os tecidos verdes são cortados, abre-se uma porta aos microrganismos nocivos. Porém pode cortar e selar a "ferida" com canela ou pasta dos dentes.

Reprodução da orquídea phalaenopsis: As palaenospsis podem se reproduzir por meio de sementes, corte do rizoma e através de keikis (clones perfeitos da mãe). Estas pequenas mudas aéreas podem surgir na haste florar após a floração ou na base junte ao substrato (keiki basal). É um método de propagação comum nas orquídeas dos gêneros Phalaenopsis, Epidendrum e Dendrobium. Normalmente é formado quando a orquídea é sujeita a condições especificas. veja como estimular a sua orquídea: Reprodução da orquídea phalaenopsis

Transplante da Phalaenopsis


O transplante da planta e a mudança de substrato devem ser executados em média a cada 2 anos. Este período não deve ser ultrapassado, porque com o tempo o solo vai perdendo qualidades, vai apodrecendo, fica ácido e prejudica o desenvolvimento da planta.

A phalaenopsis deve ser cultivada numa mistura de casca de pinheiro, fibra de coco, espagnum, pedaços de carvão, ou até mesmo pedaços de cortiça. Misture pedacinhos de isopor, ele vai permitir manter o substrato mais leve e arejado. O ideal é que a mistura consiga reter alguma humidade, de modo a que as raízes consigam reter alguma água e assegure uma excelente drenagem.

Na hora da mudança deve-se retirar delicadamente todo o substrato velho da raiz. Com uma mão segura-se a planta com a outra vai-se colocando substrato novo à volta das raízes. O substrato não deve ficar compactado, as raízes da planta precisam de ar e de liberdade. A phalaenopsis deve ficar bem firme e presa, sustente-a com pauzinhos de espetadas ou arame rígido.
Depois da plantação faz-se a rega de modo a acomodar as raízes da orquídea.
Ao escolher o vaso tenha em atenção o tamanho, nenhuma orquídea gosta de vasos grandes. Prefira  os que apresentam bons orifícios de drenagem, poderá eventualmente fazer uns furos laterais, a phalaenopsis agradece.

Dica: Todas as orquídeas tem necessidades especificas, porém alguns cuidados são representativos a todas elas. Sugerimos que leia: Como ter orquídeas bonitas e saudáveis.

Foto: Pixabay

Cacto bola (Echinocactus grusonii)

Cacto bola - Echinocactus grusonii -banco da sogra
Espécie: Echinocactus grusonii
Família: Cactaceae
Subfamília: Cactoideae
Género: Echinocactus
Categoria: Cactos e suculentas
Ciclo de vida: Perene
Nomes populares: Cacto banco da sogra, assento de sogra, cadeira de sogra, cacto bola, poltrona de sogra, cacto barril dourado, bola de ouro. 

Descrição: O Echinocactus grusonii, é um cacto resistente e elegante de crescimento lento. Pertence à família cacateaceae e é originário do México. Na gíria popular é denominado pelo divertido nome de banco da sogra ou assento de sogra. Têm forma de bola e apresenta numerosas nervuras cobertas de belos espinhos amarelos duros e afiados. Bem tratado o cacto bola pode atingir um metro de largura.
Após longos anos (geralmente acima de 20 anos), poderão surgir no Verão, pequenas flores amarelas ao redor da coroa do cacto.

Como cuidar o cacto bola - Echinocactus grusonii


 Luz: Necessita de muita luz e aguenta perfeitamente o sol direto e intenso. Vá girando periodicamente o seu cacto de modo a que ele receba sol de uma maneira equilibrada. Caso contrário o lado que recebe mais sombra vai encolhendo gradualmente e a aparência do cacto fica desuniforme.

 Temperatura: O cacto bola aguenta grandes discrepâncias de temperaturas, seja de calor intenso, ou frio acentuado.

 Regas: Durante a época de crescimento, Primavera-Verão, a rega deve ser moderada e muito escassa no Inverno. A sua grande capacidade de armazenamento de água permite-lhe aguentar longos períodos sem regas.

 Solo:  É recomendado um composto especifico para cactos, com uma boa proporção de areia, de modo a facilitar a drenagem. Convém cobrir a superfície da terra do vaso com uma camada de cascalho de modo a prevenir que a base do cacto apodreça em contacto com a humidade.

 Transplante: Pelo facto do cacto bola  apresentar um crescimento lento, não precisa de transplantes vastos. Apenas deve ser mudado quando tiver um tamanho excessivo, para um vaso ligeiramente maior. Ao escolher o vaso, dê preferência ao barro.

 Fertilização: O cacto bola não é exigente e geralmente não apresenta sintomas de falta de nutrição, contudo poderá auxiliar o seu crescimento administrando um adubo indicado a cactos, quinzenalmente na Primavera e Verão.

 Pragas e doenças: Em condições de temperatura elevada associada a humidade ambiental alta, pode surgir o ataque de cochonilha.

➢ Multiplicação: O método mais usual de propagação é por via da sementeira. Esta deve ser feita em condições de temperatura e humidade controladas. A melhor época é a Primavera, o ambiente deve ser quente e ligeiramente húmido. Dependo das condições as novas plantas poderão surgir ao fim de 10 a 30 dias.
Nesta espécie é raro a planta dar rebentos, mas quando acontece surgem na base e são a maneira mais eficiente de multiplicar a planta. Retire o pequeno "filhote" com cuidado, os picos da planta mãe são muito afiados e agressivos.

Curiosidades sobre o Cacto bola


O Echinocactus grusonii é um dos cactos de espinhos mais populares e mais apreciados, um facto que o leva a ser considerado em de risco de extinção na natureza.
É considerado um monumento vivo, já que consegue viver algumas centenas de anos, chegando a passar de geração em geração. Portanto já sabe, se quer uma planta para a vida, adote um  Echinocactus grusonii.

Aeonium arboreum purpura

Cultivo do Aeonium arboreum purpura
A Aeonium arboreum purpura pertence à família crassulaceae, com origem em Marrocos e nas ilhas das Canárias.

É uma planta suculenta com ciclo de vida perene, que apresenta um porte arbustivo, podendo atingir altura superior a um metro, quando plantada de forma libre.
É muito ramificada, apresenta longas hastes eretas e robustos. As folhas agrupam-se em forma de roseta no topo dos ramos, com tonalidades verde e purpura nesta variedade.

Do Outono ao Inverno, a Aeonium arboreum oferece inflorescências em forma de piramides, com pequenas flores amarelas brilhantes em forma de estrela. Contudo ela é monocárpica, floresce apenas uma vez, depois morre, porém ela pode levar vários anos a florir e ainda assim, nem todas as rosetas florescem ao mesmo tempo.

Como cuidar a Aeonium arboreum


 Luz: A Aeonium pode ser cultiva em sol direto ou meia sombra. Quando cultivada em pleno sol, a folhagem da planta fica quase negra, em ambiente de meia sombra as rosetas apresentam tonalidades roxas mais desvanecidas e mais superfícies esverdeadas.

 Temperatura: Não gosta de frio, a temperatura ideal situa-se entre os 15º e os 24º C. Embora suporte limites térmicos em torno dos 5º C e seja capaz de suportar temperaturas abaixo do 0º C por curtos períodos de tempo, com o risco de alguns danos à planta .

 Regas: A Aeonium é tolerante à seca, porém requer uma rega mais regular em relação a outras suculentas, sem contudo entrar em exageros, não a encharque e deixe secar a terra entre as irrigações.

 Solo: O solo deve ser bem drenado, idealmente misturado com uma parte de areia. Solos encharcados levam ao apodrecimento das raízes e consequentemente à morte da planta. A planta quando cresce em solo livre pode alcançar ou ultrapassar um metro de altura, quando cultivada em vaso, o crescimento é limitado em relação ao tamanho do recipiente.

 Cuidados: A Aeonium não requer grandes cuidados, apenas uma poda de limpeza caso seja necessária. Aplique um fertilizante liquido a cada duas semanas, na fase de crescimento ou seja nos meses mais quentes.

➢ Multiplicação: A propagação faz-se com rosetas novas, que enraízam facilmente em substrato arenoso.
Podem também ser multiplicadas por semente, mas o processo é bem mais vagaroso.

➢ Usos da Aeonium  : É uma planta excelente para jardins de pedras, jardins de suculentas ou jardins mediterrânicos. Pode ser colocada dentro ou fora de casa, fica linda em vasos isolados ou juntamente com outas plantas, criando arranjos fantásticos.

Curiosidades sobre o Aeonium arboreum purpura


O nome Aeonium vem do grego "Aeoniuon" que quer dizer eterno. Uma denominação que descreve bem a resistência desta planta.

Nomes populares: Aeonium arboreum purpura, aeonio, saião purpura, cabeça preta, pinya groga (arvore abacaxi), bejeque arboreo (espanhol).

Senecio serpens 'Blue Chalksticks'

Senécio Azul - cuidadosO Senecio Azul (Senecio serpens) é uma planta suculenta, que pertence à família botânica Asteraceae. É uma planta perene, originária da Africa do Sul, com folhas carnudas com tonalidade azul acinzentada, com forma cilíndrica e linear.
No verão esta suculenta oferece-nos umas pequenas flores brancas amareladas, sem grande interesse ornamental.

O senécio azul é usado em floreiras, jardineiras, arranjos com rochas e na decoração de jardins. Ele valoriza os canteiros e bordaduras formando lindas combinações. 

Como cuidar o senécio azul


 Luz: Aprecia ambientes ensolarados, resiste ao sol direto. Deve receber pelos menos oito horas diárias de sol. A falta de luz provoca folhas enfraquecidas, mais finas com tonalidade verde ao invés do azul acinzentado.

 Temperatura- É uma planta tolerante que sobrevive em vários tipos de clima, Tropical, Sub Tropical, Mediterrânico, Oceânico, Semiárido. Contudo mostra fragilidade às geadas e a temperaturas abaixo dos 5ºC.

 Regas: O Senécio é uma planta muito resistente à seca, aprecia regas moderadas, com intervalos que permitam deixar secar a terra entre as irrigações. No Inverno as regas devem ser reduzidas.

 Solo: Requer solos com boa drenagem, ricos em matéria orgânica e misturados com areia. Os substratos indicados a suculentas são os ideais. É tolerante a solos pobres.

 Fertilização: A adubação deve ser realizada no inicio da primavera até ao Verão, com um adubo equilibrado, diluído numa percentagem de água superior à recomendada pelo fabricante. As aplicações devem ter intervalos de duas semanas.

 Multiplicação: A propagação realiza-se entre a Primavera e o Outono, pela plantação de estacas dos ramos superiores ou pelo enraizamento das folhas: (Multiplicação de suculentas).
Também é possível fazer a multiplicação por via de sementes, estas requerem humidade constante para germinarem e temperaturas rondando os 13ºC..

➢ Manutenção: É recomendo realizar uma poda no fim do Inverno ou inicio da Primavera. O objetivo é fortalecer a planta e dar-lhe novo vigor.

Curiosidades sobre o senécio azul


Na Madeira o senécio azul é chamado de bálsamo sagrado, esta denominação deve-se às suas virtudes curativas. Na medicina tradicional é usado sob a forma de infusão no vinho da madeira para combater a tuberculose e a anemia. No modo externo é usado tal como a aloé no tratamento de várias patologias da pele como: feridas, queimaduras, eczemas, entre outras. 

Nomes populares: Balsamo azul, balsamo de canudo, dedo azul, varas de giz azul, suculenta de bastão azul. 

Sinônimos: Cacalia glauca Salisb. Cacalia repens L. Kleinia repens Haw. Notonia glauca S. Moore. Senecio repens (L.) H.Jacobsen. Senecio serpens G.D.Rowley. Senecio succulentus Sch.Bip.