A influencia da lua na agricultura

A influencia da lua na agricultura, já é conhecida e seguida com sucesso pelos agricultores mais velhos, desde a antiguidade. Este conhecimento e prática milenar estão implantados em várias culturas no mundo.

Este astro recebe a luz do sol e reflecte-a sobre a terra, emite energia e força de gravidade, que influencia a vida sobre a terra. Além da sua comprovada influencia na maré, sabe-se que a lua influencia outros líquidos como a seiva das plantas.

A lua passa por 4 fases minguante, nova, crescente e cheia, cada uma dura sete a oito dias e o ciclo completo cerca de 20 dias. Cada fase determina um tipo de comportamento entre as plantas.

Imagen retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua

A influencia das 4 fases da lua sobre as plantas


Num resumo simples, diz-se que tudo o que cresça debaixo da terra como a cenoura, beterraba, batata cebola, alhos, entre outros, deve ser plantado na lua minguante e tudo o que cresça acima da terra como as frutas, o milho, trigo, feijão, entre outros deve ser plantado na lua crescente.

Lua minguante- Nesta fase da lua a seiva concentra-se sobre as raízes, as partes que crescem abaixo do solo vigoram e as partes que crescem do solo para cima minguam.
No minguante deve-se plantar as plantas cuja cuja finalidade de consumo é a raiz, como a batata, a cenoura, beterrabas, nabos, rabanetes entre outros. A planta demora mais a germinar e direcciona a sua energia para a raiz.
Esta é uma boa fase para fazer a poda das árvores, da vinha e cortar canas.
As vagens e as raízes são melhores colhidas nesta altura, já que nesta fase da lua a planta encontra-se com menos seiva na parte superior,o que facilita o cozimento.
As colheitas das sementes ou a apanha das batatas, dos alhos e cebolas,  devem ser feitas no minguante, com a finalidade de atrasar a germinação e e pela sua maior resistência a pragas no armazenamento.

Lua nova- A sementeira e plantação da maioria das plantas são desaconselhadas nesta fase, as únicas permitas são as destinadas ao consumo da folha. Na lua nova a seiva predomina no caule em direcção aos ramos. As plantas ficam mais frágeis e mais propicias às pragas. Ganham muita folhagem, mas produzem pouco ou dão frutos de má qualidade.

Quarto crescente-  A lua nesta fase exerce uma boa influencia sobre as plantas, a seiva nesta altura encontra-se em maior quantidade  nas folhas e nos ramos. Uma boa fase para se semear todas as plantas com interesse na produção de frutos ou folhagem, as frutíferas, os legumes e os cereais.
Também é um bom período na realização das podas. Proceda à enxertia das frutíferas de flor temporã como o pessegueiro, amendoeira e ameixoeira.

Lua cheia- Nesta fase a seiva predomina na copa da planta. Uma excelente altura para as colheitas, nesta fase os frutos estão no auge da qualidade, mais suculentos e saborosos.
Na lua cheia as sementeiras e plantações não são indicadas e as podas devem ser evitadas.

Veja as fazes da lua deste ano: Calendário lunar anual

Cultivo da cebola

Cultivo da cebola

A cebola (Allium cepa) é uma planta bienal cultivada como anual, que pertence à família Liliaceae. Nenhuma cozinha prescinde das suas qualidades, ela garante um sabor mais doce aos cozinhados. Além disso ela contém substancias com reconhecidas qualidades terapêuticas. Leia mais em:  Benefícios da cebola para a saúde.
Não oferece dificuldades no seu cultivo, é uma planta bastante tolerante e resistente. Apresenta distintas variedades, que se determinam pelo tamanho, cor e aroma, podendo ser brancas, amarelas, roxas ou vermelhas .

Condições favoráveis ao cultivo da cebola


Escolha um local aberto e soalheiro. O solo deve ser fértil e com boa drenagem. o local deve ser preparado com cava dupla, ao qual deverá ser incorporado matéria orgânica bem decomposta.
O pH do solo deverá se situar entre os 5,5 e os 6,8. As cebolas tem raízes frágeis, não de dão bem em solos secos e pesados

Geralmente é plantada na época fria, contudo ela consegue resistir a variadas temperaturas. As temperaturas ótimas ao cultivo da cebola situam-se entre os 13 e os 25ºC. A temperatura fresca na fase inicial de crescimento associada a pelos menos 6 horas de sol direto, ajudam a produzir bolbos de maior qualidade e maiores dimensões.

Sementeira e transplante da cebola


Os diferentes tipos de cebola é que determinam a época em que estas devem ser plantadas, contudo é importante que a tarefa seja realizada no minguante. Leia mais em: A influencia da lua na agricultura 
A sementeira pode realizar-se diretamente no solo ou em tabuleiros. A germinação demora aproximadamente 2 semanas quando a temperatura do solo anda à volta de 10ºC.

Transplante da cebola
O transplante deverá ser realizado quando o caule do cebolo atinja cerca de 5 mm de grossura e quando o risco de geadas seja mais reduzido. O cebolo deve ser despontado cerca de 2 terços e as raízes também deverão sofrer um pequeno aparo no comprimento. O transplante definitivo deverá ficar a uma profundidade de 2,5 centímetros de profundidade.
O espaçamento entre as plantas pode variar mediante as condições de cultivo, contudo a distancia de 15 a 20 centímetros entre plantas e 30 a 45 centímetros entre linhas é a mais recomendada.

Tratos culturais da cebola


Mantenha os canteiros das cebolas livres de ervas daninhas. As sachas deverão ser leves e pouco profundas. Quando necessário efetue o arranque das ervas daninhas à mão.

Precisam de uma humidade uniforme, regue de forma regular mas sem encharcar, tendo em atenção o excesso de humidade é a primeira causa das podridões no canteiro e posteriormente no armazenamento. No final da fase de maturação deve parar com as regas.

Cuidado com os adubos azotados, quando administrados em exagero podem ser a causa da má conservação da cebola em armazém. Este tipo de adubação só deve ser efetuado caso o desenvolvimento vegetativo da planta seja deficiente.

Pragas e doenças da cebola


A podridão branca da base da cebola deve ser reduzida através da rotação de culturas, do controle de ervas daninhas e dos desbastes oportunos.
O míldio e o oídio devem ser tratados de forma preventiva com um fungicida apropriado ou se preferir um método natural e ecológico use: Calda de cavalinha

Colheita da cebola

Braço de cebolas
Geralmente a maturação da cebola demora uma média de 5 meses após o plantio. Execute o levantamento quando elas apresentarem a rama amarelecida e seca.
Antes do armazenamento a cebola deve ser seca por uns 8 a 10 dias, sem a incidência direta dos raios solares.
Certifique-se que o processo da secagem seja bem realizado, a humidade é a principal inimiga do armazenamento.
Guarde-as em local seco, arejado e sombrio, penduradas ou estendidas em tabuleiros.

Como cuidar o Ficus benjamina



FicusO ficus benjamina é uma planta originária das da Ásia, mais propriamente da India e da Malasia. Uma planta frondosa que no seu habitat natural alcança tamanhos de grande porte. Dentro de casa o seu crescimento deve ser controlado através da poda.

Hoje em dia o ficus benjamina é uma das plantas ornamentais de interior mais apreciadas e divulgadas.
Este facto deve-se à sua capacidade de adaptação, à sua resistência ao ar seco e quente. Esta característica deve-se às suas folhas rijas que impedem a evaporação.

Cuidados com o Ficus benjamina


Ficus benjamina
➤ Temperatura- O Ficus benjamina aprecia um ambiente aquecido, essencial ao seu crescimento. Não é aconselhável destiná~los a peças frias, para as quais deve escolher outro tipo de plantas ornamentais com características pra este fim.

➤ Luz- Aprecia um ambiente bem iluminado, mas contudo suporta ambientes menos favorecidos. Pode inclusive ser colocada longe das janelas.

➤ Rega- Na primavera e verão regue a planta moderadamente. No outono e no inverno reduza  o fornecimento de água e deixe o composto secar entre cada rega.

➤ AdubaçãoDe Abril a Setembro adube a cada duas semanas. Durante o resto do ano adube uma vez por mês.

➤ Cuidados-Deve de tempo a tempo pulverizar a sua folhagem com água morna. Faz-lhe bem apanhar um pouco de chuva de verão. Sempre que estas condições se verificarem coloque o seu Ficus na rua que ele agradecerá.

➤ PodaRetire as folhas e os ramos secos. Na primavera pode 2/3 dos ramos para promover a ramificação e controlar a formação. Tenha especial cuidado nesta tarefa, já que a sua seiva é tóxica.

➤ Transplante- Reenvase na primavera a cada 2 ou 3 anos com um substrato à base de turfa e húmus.

Aspectos sensíveis do ficus Benjamina


➤ Folhas amarelas que caiem: Suspenda as regas até o substrato secar.
➤ Folhas secas: Falta de rega ou ambiente demasiado seco. Pulverize as folhas com água tépida e rectifique as regas.
➤ Folhas descoloradas: Adubo ou luz insuficiente. Rectifique as adubações e mude a planta para um local mais eliminado.
➤ Crescimento desmesurado dos ramos: Luz insuficiente. proporcione um ambiente mais iluminado.
Queda das folhas: Excesso de calor, correntes de ar ou correntes de ar.

Multiplicação do Ficus benjamina


A propagação do Ficus é feita na primavera através de estacas com 5 a 10 cm. Deverão ser plantadas numa mistura de areia e turfa.

Também poderá ser feita com a colocação das estacas em água, onde enraízam mais facilmente, depois destas apresentarem raízes coloque-as em turfa. Esta prática apresentam uma alta taxa de sucesso.                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

Criação de codornizes com rolas


A minha criação de rolas domésticas começou equivocamente.
Um vizinho por excesso de produção ofereceu-me 3 casais de rolas.
Fiquei com elas, e para grande surpresa minha, ao fim de uma semana já tinha dois ninhos com ovos. Após 15 dias de incubação, surgiram as primeiras crias.

O entusiasmo foi tanto que houve necessidade de preparar uma gaiola maior e mais adequada, para alojar as novas inquilinas.
Em pouco tempo a população das minhas rolas tornou-se exagerada. Matá-las está fora de questão, ofereci algumas e comecei a tirar-lhes os ovos dos ninhos.

Foi então que me surgiu a ideia, e que tal aproveitar a  incubação para chocar outro tipo de ovos?

Como já ouvi falar de casos com sucesso de ovos do supermercado, tentei a sorte com os mesmos. Nada, nem um saiu.

Adquiri duas codornizes fêmeas e um macho. Não foi preciso muito tempo para começarem a postura. Elas levam apenas um mês e meio para atingir a maturidade.
Coloquei os ovos das minhas codornizes no lugar dos das rolas e eureka,  resultou!

A data da colocação dos ovos deve ser marcada para não esquecer o dia da eclosão. As codornizes quando nascem saltam logo do ninho  e correm o risco de morrer com o frio.

Cá por casa todos gostamos de codornizes grelhadas, mas como estas não chocam em cativeiro optava-mos pela compra.
Com esta prática juntei o útil ao agradável e passei a utilizar as minha rolas para aumentar a minha criação de codornizes.

Cultivo da Maranta

Cuidados com a marantaMaranta da família das Marantaceae , uma planta com a conjugação perfeita de cores, nativa das regiões tropicais da América. Apresenta uma folhagem oval, decorada com manchas verdes claras ou pardas e nervuras vermelhas.

À bem pouco tempo a maranta apenas se mantinha em estufas, hoje já se encontram nos interiores.
Quando as colocar à janela deve ter o cuidado de a fechar parcialmente, já que a planta não tolera o sol directo.

Propaga-se por divisão simples, que deve ser feita aquando as mudas de vaso.

Cuidados com a maranta



Temperatura-A sua temperatura ideal ronda os 16º mas com boa humidade é capaz de suportar até aos 29º.

Luz-Gosta de ambientes sombrios, a exposição directa aos raios solares provoca-lhe queimaduras nas folhas.

Adubação-Durante a primavera Junte adubo liquido à água de rega 2 a 3 vezes por mês.

Transplante-Mude a planta de vaso anualmente numa mistura de turfa com areia e uma camada de gravilha no fundo do vaso. Utilize sempre vasos largos e baixos Mantenha o composto solto e nunca calque a terra à volta da planta.

Escolha do vaso-Não coloque a maranta num vazo estreito, ela não sobriverá. Esta planta necessita da evaporação da água da terra para sobreviver e manter a folhagem bonita.

Cuidados-No verão pulverize as folhas e nunca deixe o composto secar, contudo deve evitar encharcar. Para promover um ambiente mais favorável à maranra coloque o vaso sobre cascalho húmido.

4 aspectos sensíveis da Maranta


1-Perda de cor: Excesso de luz. Coloque a planta num lugar mais sombrio.

2-Folhas pálidas e crescimento reduzido: Falta de nutrientes. Reforce a fertilização.

3-Folhas rígidas e tons pardos: Temperaturas baixas ou correntes de ar.

4-Paragem do crescimento e apodrecimento do caule: Excesso de água.

Transplante as suas plantas


Quando as folhas das plantas apresentam um aspeto amarelada, as raízes enchem o vaso na totalidade, aparecem à superfície e saem pelos orifícios, a floração começa a ser escassa e as folhas começam apresentar um aspeto defeituoso e pequeno é porque está na hora de a mudar a planta de vaso.

Por norma deve-se efetuar a muda das plantas de interior a cada ano e meio. Com o tempo o substrato deteriora-se e as fertilizações deixam de ser suficientes.
O transplante de uma planta para um vaso maior, permite-lhe uma maior disponibilidade de nutrientes e um crescimento mais vigoroso e saudável.

Dicas para transplantar plantas com sucesso


O transplante é uma operação delicada, mas seguindo estes passos não têm porque não resultar.
No dia anterior à muda regue os vasos das plantas a serem transplantadas, este procedimento vai facilitar a saída da planta do vaso.

Vire o vaso com cuidado e mantenha a planta e a maceta de terra entre a palma da mão.
Dê uma pequena pancada no vaso e segure a planta com firmeza. No caso de haver muita compactação passe uma faca comprida entre o vaso e a planta.

Escolha a medida adequada do vaso. Não deve escolher um vaso muito acima, basta 2 a 3 centímetros de diâmetro. Existe uma grande tentação em escolher vasos de grandes dimensões, porém esta escolha poderá ditar o fracasso das suas plantas. Elas não conseguem absorver toda a humidade do vaso e deste modo ficam mais suscetíveis à podridão.

Corte as raízes mais velhas, retire as raízes danificadas e secas com uma tesoura bem afiada, com cuidado para não danificar as restantes.

Colocação da planta no novo vaso. Coloque uns cacos no fundo do vaso, com o fim de facilitar a drenagem. Coloque algum substrato e meta a planta no centro do vaso,  acrescente substrato até 1 centímetro ou 2 para facilitar a rega. O substrato novo deve cobrir a superfície do torrão. Para acomodar a terra bata o vaso levemente sobre a mesa.

Após o transplante regue a planta e mantenha-a em local protegido das correntes de ar, meio sombrio e fresco.

Tratamento da lepra nos coelhos.


Doenças dos coelhosA lepra dos coelhos é uma doença com uma taxa de sobrevivência muito reduzida. As evidencias apontam para percentagens de sucesso mínimas, inferiores a 10%.
Sacrificar a vida do animal é a prática mais recorrente.
Eu pergunto-me: será que não desistimos dos nossos animais cedo demais?

Passo a explicar. Sou conhecida por ser incapaz de matar um animal e quando necessito de os sacrificar com a única finalidade de comer, recorro à ajuda de um familiar.
Por esta razão quando surgiu um ataque da lepra do coelho na minha produção, nenhum foi abatido.
O estado de doença alcançado foi lastimoso, cheguei a perder as esperança, tal era o seu estado.
Vivia obcecada em lhes dar as melhores condições possíveis e dei-lhes tudo o que estava ao meu alcance.
Na altura tinha 3 coelhas de reprodução com mais de um ano e 3 juvenis com cerca de 3 meses.

Após um período superior a 1 mês, as 3 coelhas e um juvenil começaram a mostrar sinais de recuperação evidentes.
Os outros dois juvenis morreram num espaço de tempo superior a 15 dias, após o aparecimento dos sintomas da doença.
Tomando em conta que a taxa de mortalidade é superior a 90%, eu considerei o meu resultado um caso de sucesso.

As fotos que aqui apresento mostram os coelhos já em franca recuperação, já que no auge da doença apresentavam os sintomas comuns da lepra  muitos tumores, inchaços que os impediam de abrir os olhos e muitas dificuldades respiratórias.

Deixo-vos aqui os procedimentos, que acredito terem sido a razão do meu sucesso



Conhecendo o coelho como um animal muito sensível, a sua alimentação fazia parte das minhas preocupações.Receava dar-lhes verde, frutas ou até folhas de couve.
Nesta fase da doença, a minha única preocupação era alimentá-los. Eles deixaram de pegar em alimentos secos. Passei a dar especialmente verduras murchas, casca de banana, maçãs e até cascas de mango. A minha principal intenção era fazê-los comer.

Doença dos coelhos Tanto quanto sei a maioria dos animais morre por desnutrição, devido à sua incapacidade em se alimentarem. O pó da ração torna-se perigoso, associado ao corrimento do coelho pode originar infecções ou até obstruir a entrada nasal. Por essa razão passei a peneirar a ração antes de a fornecer aos coelhos.

Os coelhos formam uma espécie de tumores e apresentam a pele descamada. Passei óleo de coco sobre as zonas afectadas, especialmente no focinho e orelhas.

Mantinha um frasco de álcool nas coelheira e aplicava umas gotas sobre o dorso do coelho.  Uma acção feita ao acaso, à qual eu não sei se tinha razão de ser.

Mantinha as instalações limpas e, ao contrário do dia a dia, deixei de usar a cal viva, receei que o pó agredisse mais ainda o seu estado.
Nesta fase optei pela lixívia, acreditando que o cheiro forte no ar afasta-se os insectos ou quem sabe, reduzir a multiplicação das bactérias. Já que se sabe que o coelho não morre pela doença mas pelas infecções oportunistas que se instalam devido à sua grande fragilidade.

Espero que esta minha experiência vos seja de alguma utilidade, e que obtenham resultados positivos com os vossos animais.

Insecticida natural à base de alho

Insecticida natural à base de alho é cebola

O aparecimento de pragas é uma grande preocupação de quem têm ligação com as plantas e a terra. A propagação dos insetos revela-se num grande problema, que afeta a saúde e produção dos vegetais. Neste artigo vamos oferecer 4 receitas caseiras de inseticidas naturais feitos à base de alho e cebola.
O alho contêm substancias que permitem afastar pragas e tratar várias doenças das plantas, ele atua como inseticida, fungicida e acaricida.

Como preparar o 4 inseticidas naturais à base de alho


1º método

- 1 dente de alho com pele
- 3 cebolas com pele
- 3 malaguetas frescas
- 1 copo de água fria

Coloque o alho, as cebolas e as malaguetas no liquidificador com o copo de água fria e triture.
Deixe a mistura macerar durante toda a noite e coe.
Dilua a mistura em 4 litros de água fria. Pulverize as plantas atacadas com pulgão. Repita o tratamento com intervalo de 10 dias entre cada aplicação. Esta solução é eficaz para combater o pulgão, a mosca branca e a aranha vermelha.

2ºmétodo

- 3 cebolas picadas
- 5 dentes de alho
- 5 litros de água

Triture o alho e a cebola com uma porção dos 5 litros de água. Depois de bem esmagados acrescente a restante água.
Coe o preparado com ajuda de um tecido fino. Antes de usar, adicione mais 5 litros de água, prefazendo 10 litros de extrato.
Aplique sobre s culturas em que se observem a ocorrência de pulgão, ácaros. No tomateiro funciona como um fungicida.

3º método

- 100 gr de alho
- 500 ml de água quente
- 10 gr de sabão neutro
- 2 colheres (de café) de óleo mineral

 Esmague dentes de alho e junte-os com o óleo mineral, deixe repousar por 24 horas, dentro de um recipiente fechado. Dissolva o sabão nos 500 ml de água quente. Misture as duas soluções e coe. Antes de plicar dilua a mistura em 20 partes de água. Ou seja, 100 ml de água para 2 litros de água.
Esta calda é indicada para: brocas, ácaros, cochonilhas, pulgões e lagartas.

4º método

- 1 dente de alho
-  1 litro de água

Triture o alho no liquidificador juntamente com a água. Coe a calda e pulverize as plantas atacadas. Insetos controlados: ácaros e pulgões.

Recomendações da aplicação do inseticida natural 


A pulverização das plantas deve ser realizada fora dos períodos de maior calor, como por exemplo no inicio da manhã ou no fim da tarde.
Por se tratar de caldas feitas com produtos naturais, é recomendado aplicar as soluções no mesmo dia em que são feitas.
Não use estas soluções sobre feijões, porque o alho inibe o seu crescimento.

Multiplique os seus gerânios


Os gerânios ou sardinheiras pertencem ao género perlargonium, estão associados ao grupo de flores de cultivo fácil com floração abundante.

Com o tempo a planta vai ficando com o caules envelhecidos, com prejuízo para a vegetação e floração, a melhor solução será a renovação.

Provavelmente é de seu interesse aumentar o seu numero de exemplares, assistir ao crescimento de uma nova planta, cobri-la de cuidados ou talvez oferecer a um amigo.

Multiplicar esta planta através de sementes é possível, mas nem sempre é o método escolhido por ser um processo demorado. Esta operação é executada na primavera com a temperatura ideal a rondar os 21º.

O modo mais viavel para a multiplicação da sardinheiras é através de estacas. Esta prática pode ser feita em qualquer época do ano, mas o Outono é a melhor altura e ainda possibilita obter exemplares novos para a Primavera.

Como multiplicar seus gerânios através de estacas.



A escolha do substrato é muito importante para o sucesso de uma boa propagação. Deve escolher um que facilite a drenagem já que esta planta não tolera o encharcamento.

Escolha ramos saudáveis.Com uma faca ou uma tesoura bem afiadas corte uma estaca de 7 a 10 centímetros de comprimento e retire as folhas inferiores. Esta operação deve ser feita pela manhã, que é quando quando as plantas estão repletas de água.

Encha um vazo com o substrato. Com o dedo faça buraco e introduza a estaca. Regue e mantenha a planta em ambiente quente e húmido. Identifique a cor da flor de cada estaca.

O enraizamento poderá levar de 3 a 8 semanas. Após o enraizamento estar bem desemvolvido transplante para vasos maiores.

Insecticida natural de cebola e alho


Se as suas plantas estão sendo atacadas por pragas como lagartas, piolhos ou pulgões, anote este insecticida caseiro amigo do meio ambiente que têm por base cebola e alho.
Previna-se e ponha mãos à obra, tenha em conta que este insecticida natural leva 6 semanas para estar pronto.

Como fazer inseticida caseiro de cebola e alho


1º passo
Pique uma cebola com pele  e uma cabeça de alho.
Coloque tudo num tacho com 2 litros de água com mais 1 colher de sopa de pimenta de cayena.

2º passo
Leve a mistura ao lume brando, por uns 20 minutos e vá mexendo.
Verta o preparado num recipiente hermético, juntamente com as partes solidas.
Deixe arrefecer e feixe o recipiente.
Guarde em local fresco e escuro durante 6 semanas.

3º passo
Passado as 6 semanas, coe o preparado  e retire as partes solidas.
Utilize uma colher de sopa da mistura diluida em 500 ml de água.
Vaporize as plantas afectadas com este insecticida natural.

Solução de cebola e alho


Ferva cinco a seis dentes de alho com meia cebola, em um litro de água. Mantenha a fervura por uns quinze minutos e retire do calor. Quando o preparado esfriar, coe e pulverize as plantas atacadas.

Prevenção do míldio

Prevenção do míldio
O míldio é uma doença das plantas causada por fungos . O seu tratamento é difícil e a melhor forma de controle passa pela prevenção.
É uma das doenças que mais quebras provoca nas produções.

O míldio é originado por vários tipos de fungos., que apresentam uma propagação muito rápida, pela facilidade em que têm de produzir as esporas.
O fungo do míldio sobrevive como micélio nos restos das plantas e é facilmente disseminado pelo vento e pela água.

Condições favoráveis ao míldio


O fungo do míldio é um patogénico que é favorecido pela humidade relativa superior a 90º e por uma temperatura entre os 10º e os 25º. Estas duas associações criam as condições ideais para o desenvolvimento da doença.
As temperaturas acima dos 30º, não são favoráveis à doença, no entanto este agente patogénico mantém-se vivo e assim que as condições voltam a ser favoráveis ele reinicia o seu ciclo.

Sinais do míldio

Sintomas e danos do míldio


Inicialmente a doença manifesta-se nas folhas, surgem umas manchas oleosas que vão evoluindo até adquirir um aspeto acastanhado, enrugado e seco.
Com a evolução da doença o pecíolo e o caule também acabam por ser afetados.
Na parte inferior da folha podem surgir uns esporos brancos que representam o corpo vegetativo do fungo.
Nos frutos a doença caracteriza-se por uma mancha marmorizada acastanhada que acaba por invadir todo o fruto e leva a podridão do mesmo.

Como prevenir o míldio


Escolha variedades mais resistentes à doença.
Facilite a ventilação ao redor da planta.
Elimine os resíduos das plantas, dado que estes além do míldio podem disseminar outras doenças.
Faça tratamentos com um fungicida preventivo.
Plantas muito azotada são mais suscetíveis de adquirir esta doença.

Tratamento do míldio


Elimine todas as parte afetadas com uma tesoura de poda bem afiada.
Não aproveite os detritos para a compostagem, porque infetaria todo o composto.
Finalizado o trabalho. desinfete com álcool a tesoura de poda e qualquer outra ferramenta que tenha usado.
A melhor maneira de combater o míldio é na forma preventiva com fúngicidas preventivos. Quando a doença se encontra instalada, recorra ao tratamento com um fungicida curativo, peça aconselhamento personalizado numa loja especializada. Se preferir os meios naturais experimente a calda de cavalinha, ela atua contra vários tipos de fungos: (Calda de cavalinha contra doenças fúngicas e insetos)

Detergente da louça para matar piolho e cochonilha

Detergente da louça para matar piolho e cochonilhaUsar detergente da louça para controlar os piolhos e a cochonilha na horta, pode ser a solução ideal para pequenas áreas.
Este processo mata os insetos sugadores por asfixia, ao serem envolvidos pela película do detergente ficam impedidos de respirar.

Como aplicar o detergente contra as pragas


Para esta prática surtir efeito, as pulverizações têm de atingir diretamente os insetos, cobrindo-os totalmente.
Não deve ser aplicado em hora de calor, a película do detergente intensifica a ação do sol, provocando queimaduras nas folhas.

Desconheço os efeitos secundários, mas acredito que caso existam sejam inferiores aos químicos usados habitualmente.

A concentração que eu uso é de uma colher de sopa de detergente para um litro de água. Nas infestações mais graves aumento a doze para duas colheres de detergente.
Esta operação deve ser repetida até erradicar a praga totalmente, mas geralmente uma aplicação não é suficiente. Recomendo que repita a aplicação uma vez por semana até acabar com o problema.

Se acrescentar uma ou duas colheres de sopa de óleo ao preparado intensificará o efeito do mesmo no combate da cochonilha. Contudo os cuidados com a hora de aplicação deverão de ser redobrados, em conjunto com o sol esta solução pode provocar sérias queimaduras foliares.

Outra hipótese é acrescentar uma colher de sopa de vinagre ao preparado (Usos do vinagre na horta e no jardim)

Sugerimos que veja também outras duas caldas que levam como base principal o sabão. Veja todos os pormenores aqui: Como preparar duas caldas inseticidas de sabão

Impatiens ou alegria da casa

Cultivar Impatiens, alegria da casa ou Maria sem vergonhaAs alegrias da casa (Impatiens walerana) são plantas eretas de cultivo fácil e muito requisitadas pela sua exuberante floração, que pode durar vários meses. Suas flores podem ir do branco ao rosa, laranjas, vermelhos vivos, etc.
Com caules carnudos e  folhas que podem ter vários tons de verde, passando pelo avermelhado e matizado. A sua presença enriquece e alegra terraços, jardins e janelas.

É uma planta herbácea perene da familia das balsamináceas, que pode ser cultivada no de interior, ou no exterior. Geralmente é cultivada como anual, pelo facto de perder a beleza com o tempo, devendo ser replantada. Não é difícil mante-la florida durante quase todo o ano e é muito fácil multiplica-la.

Cuidados com as Impatiens


Luz.Necessita de muita luz para estimular a floração, tolera o sol directo, salvo os dias mais quentes de verão.
Adubação. Durante a época de crescimento deve ser adubada quinzenalmente com um adubo liquido.
Temperatura. Gosta de temperaturas médias, de preferência acima dos 12º.
Água. Regue com regularidade, sem encharcar e evitando molhar as flores. Aumente a frequência à medida que sobem as temperaturas.
Terra. É uma planta que se adapta a qualquer tipo de terra, mas prefere um substrato ligeiro e rico em húmus.

Como prolongar a floração da impatiens


Elimine as flores murchas.
Na primavera corte as pontas dos caules jovens para estimular a floração.
Não mude de vaso durante a floração.
Administre um adubo liquido na água.
Regue com frequência, evitando o encharcamento.

Multiplicação da impatiens


Estacas.Conseguem-se plantas novas  através de estacas, que enraizaram muito facilmente em água. Poderá espetá-las directamente no composto. Em poucos meses resultam em lindas plantas floridas
Sementes.A multiplicação através de sementes também é viável, sendo no entanto este método um pouco mais demorado.

Pragas e doenças das Impatiens


Pragas. É suscetível ao ataque do pulgão, mosca branca e da aranha vermelha. Pulverize-a com uma mistura de água e sabão.
Podridão. Inicia-se com umas manchas negras no colo, que são causados por excesso de humidade. Deixe secar o composto e siga regando com moderação.
Falta de floração e folhas da base amarelada. Escassez de luz, mude-a para um lugar mais iluminado.
Perda de folhas no inverno. Temperaturas demasiado baixas, mude-a para um lugar mais quente.

Nomes populares: Maria sem vergonha, não me toques, alegria, alegria da casa, beijo turco, beijo pintado, Maria regateira, alegria do lar. 

Nematodos da terra


http://www.bioagrotecsa.com.ec/laboratorio/nematodos.html


Controlar nematodos de forma ecologica


Os nematodos causam grandes estragos nas plantas, estes encontram-se no solo e nas raízes das plantas. Os principais sintomas são: redução da evolução vegetativa, necrose nas folhas, nas flores e nas raízes, coloração anormal das folhas  e flores, má formação dos tubérculos e bolbos.
Os nematodos não têm grande mobilidade mas disseminam-se facilmente, através das águas das chuvas, da erosão dos solos, de substratos contaminados ou de plantas doentes.


A melhor maneira de controlar os nematodos passa pela  prevenção:


  • Fazer rotação de culturas
  • Adquirir plantas sadias
  • Destruir as plantas infectadas
  • Plantar plantas antagónicas como o cravo tunico.
  • Acrescentar matéria orgânica ao solo a sua decomposição cria condições óptimas a determinados tipos de fungos e bactérias aos quais os nematodos são sensíveis.
  • Evitar o uso de herbicidas e de adubos químicos.

Usar cravo o túnico como repelente de nematodos


O cravo túnico conhecido por alguns por cravo de defunto, têm uma boa acção repelente contra os nematodos e outros insectos.
Plantado no meio da horta ou do jardim esta planta liberta um odor que afugenta esta praga.
Adicione as folhas e os restos da planta à e utilize o composto nos locais contaminados: Utilidades do cravo túnico na horta

    As minhas orquideas

    As orquídeas representam amor, beleza e luxo.
    São segundo os especialistas uma das flores mais evoluídas do mundo. Charles Darwin, que era apaixonado por orquídeas, cultivo-as e estudou-as, referia-se ás mesmas como flores de um mecanismo altamente elaborado.

    A minha experiência pessoal diz-me que as orquídeas são um anti stress natural e não requerem muitos cuidados ( veja aqui os cuidados a ter com elas ) . Falo especificamente das cymbidium, aconselho a ter muitas para não cair na tentação de paparicar demasiado. No fundo dão-nos mais do que recebem.

    As imagens aínda estão marcadas de batata doce, que era o primeiro nome do meu blog e que passou agora para cantinho verde. Espero que gostem.

    Imagens das minhas orquídeas




























    Calendário Hortícola de Setembro

    Calendário Hortícola de Setembro

    Práticas culturais do mês de Setembro


    • Setembro é o mês de vindima por excelência, se a maturação das uvas estiver atrasada, faça uma desfolha.
    • Antes da vindima, marcar as melhores cepas com o fim de obter os melhores garfos para as enxertias.
    • No minguante de Setembro colha as uvas que pretende guardar.
    • Efetuar as rega, as mondas e as sachas das plantas em desenvolvimento.
    • Preparar o terreno destinado às sementeiras e plantações da época de outono inverno, efetuando cavas fundas com incorporação de estrumes.
    • Dobrar as hastes das cebolas semeadas na primavera.
    • Proceder à poda e limpeza das árvores de fruta, após a colheita.
    • Prosseguir a enxertia de olho dormente da macieira e do pessegueiro.
    • Execute a enxertia de fenda da cerejeira, macieira e pereira. 
    • Mondar os botões florais dos crisântemos e continuar com aplicação de tutores.


    As luas de Setembro de 2023

    🌖 Quarto minguante - 06 Setembro
    🌑 Lua nova - 14 Setembro
    🌘 Quarto crescente - 22 Setembro
    🌕 Lua cheia - 29 Setembro
    (Influencia da lua nas plantas)

    Sementeiras e plantações do mês Setembro


     Na horta semear diretamente no solo: cenoura, nabo, nabiça, rabanete, nabo greleiro, rábano, chicória, fava, agrião, salsa, coentros, ervilha, espinafre, acelga, tremoços, centeio, cevada, rúcula, mostardas.

    ➢ Semear para Posterior plantação: Alface, Acelga, Cebola, alho porro, brócolo, beterraba, couve penca, couve de bruxelas, couve galega, repolho.

     Hortícolas a plantar: acelgas, repolho, couve flor, alface, morangos, brócolos, couve penca, couve galega, repolho.

     Flores a semear e a plantar: Tulipas, muscaris, narcisos, jacintos, crocos, begónias, amores perfeitos, goivos, margaridas, prímulas, gipsofila, ásteres, centaureas, sálvias, verbenas, cravos, .

    Ditados populares de Setembro


    "Em Setembro planta, colhe e cava que é mês para tudo"
    "Vindima molhada, pipa depressa despejada"
    "Nuvens em Setembro, chuva em Novembro e neve em Dezembro"
    "Na casa cheia depressa se faz a ceia"
    "Setembro que enche o celeiro, dá triunfo ao rendeiro"
    "São Miguel soalheiro enche o seleiro"
    "Arranja bom Setembro, com a burra fico eu"
    "Se em Setembro a cigarra cantar, não compres trigo para guardar"
    "Em Setembro, ramo curto, vindima longa"
    "Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes"
    "Setembro molhado, figo estragado"
    "Em Setembro ardem os montes ou secam as fontes"

    Cultivo da macieira

    Nome Científico: Malus domestica
    Família: Rosaceae
    Subfamília: Maloideae
    Género: Malus

    Características da macieira

    As macieiras são fruteiras de clima temperado da família das rosaceae. Por norma entram em floração na primavera e o fruto colhe-se no fim de Verão, principio de Outono.
    O consumo regular da maça acarreta muitos benefícios para a saúde e é a fruta que à exceção da laranja que aguenta mais tempo em armazenamento, sem perder as suas qualidades nutritivas (Os benefícios da maçã)

    Solo e localização ideal para o cultivo da macieira


    O cultivo da macieira é relativamente fácil em Portugal, onde encontra um clima é favorável. A macieira aprecia Outonos e Invernos frios. 
    O local escolhido deve ser soalheiro e protegido de ventos fortes. O sol permite que as maçãs desenvolvam toda a sua coloração e sabor. Poderão tolerar algum sombriamento, desde que recebam pelo menos 6 horas diárias de luz solar direta.
    Os locais ventosos poderão dificultar a polinização dos insetos, por interferir no voo destes invertebrados. Nos locais mais expostos, o uso de cortinas de vento, sejam de vegetação ou de qualquer outro meio artificial, poderão ser a solução.
    A macieira prefere solos de textura franca, com boa drenagem e com profundidade superior a 60 centímetros. Poderá tolerar solos arenosos e ligeiros desde que lhe incorpore matéria orgânica e regue assiduamente.

    Plantação e manutenção da macieira


    Efetue a plantação das macieiras na época de repouso, de Novembro a Março.
    A profundidade deve ser a mesma a que a macieira estava sujeita no viveiro. É recomendado uma boa distribuição das raízes.
    É importante dar preferência a macieiras com idade superior a um ano, não são recomendadas as árvores com mais de três anos.
    O solo deve ser preparado antecipadamente no inicio do Outono, incorporando matéria orgânica.

    Em Fevereiro, começa-se a remover as ervas daninhas num raio de 60 centímetros. Incorpora-se matéria orgânica, ou um adubo composto.

    As macieiras pequenas, beneficiam com uma boa cobertura de solo à volta do tronco, numa camada de 5 cm de espessura (Conheça as vantagens do Mulching).  O empalhamento não deve entrar em contacto com o caule da árvore.

    Ao longo do seu crescimento a árvore deve ser suportada por uma estaca. Deve ser  dada importância ao material escolhido para a fixação, os arames ou cordéis duro podem provocar danos irremediáveis no tronco. Prefira materiais naturais ou flexíveis.  
    Existem muitas formas de conduzir as macieiras, as orientações mais utilizadas são a condução em vaso e a condução em cordão.
     

    Poda da macieira


    As podas devem ser efetuadas no inverno, de Novembro a Fevereiro, é recomendado evitar as alturas em que a temperatura do ar se situa abaixo do congelamento.
    Remova todos os ramos cruzados e todos os "ramos ladrões"
    Toda as partes de madeira morta, doente, descamada ou com más formações deve ser retirada. Sempre com o cuidado de fazer um corte inclinado, de forma a permitir que a água escora pelo tronco e não se acumule provocando podridões.
    Pode os restantes galhos, cerca de metade do seu comprimento. Esta prática vai incentivar o engrossamento do ramo e promover a floração da macieira para o ano seguinte. Ao fazer o corte tenha sempre o cuidado de o fazer acima de um broto que esteja virado para fora.

    Pragas e doenças da macieira


    As macieiras são muito  afetadas por pragas e doenças, o que leva muitas vezes ao uso exagerado de químicos nocivos. Uma boa manutenção da frutífera e a aplicação tratamentos preventivos, podem reduzir substancialmente a incidência das doenças e pragas. 

    O pedrado e o cancro das pomóideas são as principais doenças da macieira e as que causam maiores prejuízos.Podem ser controlados por meio de aspersões regulares com um fungicida adequado, começar no inicio da emergência dos gomos e fazer o ultimo tratamento em Julho. Nos casos de cancro deve-se eliminar a madeira morta, limpar e passar um produto unguento apropriado nas feridas.
    Após a colheita das maçãs e a queda de 50% das folhas, deve-se fazer uma pulverização com uma solução de cobre, repetir a operação à emergência dos gomos.

     A doença das manchas amargas (bitter pit), é um transtorno fisiológico que se caracteriza, inicialmente com pequenas manchas na polpa e se torna desidratada com o tempo, criando assim pequenas depressões na epiderme do fruto. Esta anomalia pode estar associada à carência ou ao bloqueio do cálcio no fruto, bem como ao excesso de potássio e de azoto no solo, podas muito severas, verões muito secos, adubação nitrogenada excessiva.

    Quanto ás pragas podemos apontar como as mais comuns: os afídeos, o bichado da fruta, o aranhiço vermelho, a cochonilha de são José, as mineiras das folhas e a mosca do mediterrâneo

    Colheita  armazenamento das maçãs


    Uma macieira dá frutos ao fim de 3 a 5 anos e atinge a sua máxima produtividade entre os 10 e os 30 anos.
    A época de colheita varia muito das condições do ano decorrente, ou até mesmo da região de instalação do pomar. Por norma esta dá-se entre o fim do Verão e princípio do Inverno. Para um armazenamento adequado, não deve esperar pela maturação total, já que as maças depois de apanhadas continuam a amadurecer. A fruta com maior exposição aos raios solares amadurece primeiro e é por estas que devemos iniciar a apanha.
    As maçãs devem ser manuseadas com estremo cuidado e só devem ser armazenados os frutos que apresentem bom estado sanitário. A colheita deve ser realizada em dias secos, de modo a reduzir o excesso de humidade no armazenamento, que pode favorecer o aparecimento de fungos e consequentemente levar à contaminação dos frutos.
    Armazene em local escuro, fresco e  seco. O ideal de armazenamento seria um local com uma temperatura média entre os 2º e os 5º.

    Cultivo da physalis



    Cultivo da physalis
    A physalis é uma planta rústica de cultivo extremamente fácil  e com uma produção muito interessante. Os seus frutos são delicados com uma cor que vai do amarelo ao laranja, rodeados de uma capa delicada com aspecto de balão. São principalmente procurados pelas suas propriedades medicinais (benefícios do physalis para a saúde), no entanto são encontrados no mercado com um preço muito elevado.

    O seu cultivo não é só reservado a quem tenha um jardim ou uma horta, porque também produz muito bem em vaso. Trata-se de uma planta com poucas exigências e que resiste muito bem às pragas e doenças sendo por isso uma boa opção de escolha como fruta biológica.

    A  physalis  é uma planta arbustiva de ciclo rápido que chega a alcançar os 2 metros de altura. É nativa da Amazônia e pertence às solenaceas a mesma família dos tomateiros.
    Apresenta uma boa adaptação aos climas e solo e não mostra sensibilidade a algum tipo de doença em especifico. Em climas frios é cultivada como anual, em zonas de clima temperado é cultivada como vivaz, podendo viver por 3 a 4 anos.

    Apresenta um sistema radicular superficial e extenso. As folhas são lanceoladas de um verde pouco intenso e as flores são amarelas pálidas. A polinização é entomofilia, ou seja dá-se através de insectos. A formação do fruto leva em média 10 semanas, desde o inicio da floração até ao vingamento do physalis.

    Muitos se deparam com  a dificuldade de obter esta planta, no entanto ela está acessível a todos. Basta comprar os frutos em qualquer loja e semear as suas sementes. Elas têm uma alta taxa de germinação, a multiplicação é tão bem sucedida que pode dar características invasoras ao physalis. Até porque os pássaros alimentam-se das bagas e transportam as sementes para outros locais.

    Sementeira e plantação da physalis


    Deve ser  semeada em local protegido no inicio da Primavera. A terra deve ser mantida húmida mas sem encharcar. A germinação dá-se entre 15 a 20 dias, dependendo das condições climáticas.
    Quando a planta atingir 10 a 15 cm, planta-se em local definitivo respeitando um espaçamento superior a 80 cm.
    Dá-se bem em solos pobres, apesar de preferir solos ricos em matéria orgânica com o pH entre entre os 5,5  e os 6, com preferência por local protegido.

    O physalis é uma planta rustica que não necessita de grandes adubações, o excesso de azoto potencia ao crescimento excessivo da folhagem e reduz a produção dos frutos.

    Produzira melhor e oferecerá frutos de maior qualidade se for tutorada e conduzida. A poda raramente é necessária, mas dê um pequeno desbaste quando a planta se encontra demasiado frondosa, elimine os ramos secos ou caso a planta cresça em demasia execute uma poda ligeira, de modo a melhorar a arquitetura da planta a facilitar a apanha.

    A planta de physalis pode produzir entre 2 a 3 kg, cerca de 300 frutos por planta. Os frutos começam a alcançar a maturação no inicio do verão devendo ser colhidos gradualmente à medida que amadurecem. A maturação verifica-se quando o capucho seca e quando o fruto muda de cor.

    É preciso ter em atenção que as folhas de physaliz e os frutos verdes são tóxicos.

    A minha experiencia com o Physalis em Portugal


    Apesar do physaliz ser uma planta de origem tropical ela dá-se perfeitamente em Portugal, eu diria bem demais até. Quando se têm um pé de physaliz uma vez, nunca mais acaba, as sementes são transportadas pelos pássaros e vão nascendo pequenas plantas por todo o lado. Eu já nem planeio a sementeira, aproveito sempre as plantas nascediças. Outra característica desta plantas é a sua capacidade de adaptação, é certo que logo que aparecem as primeiras geadas, as folhas queimam-se e caem e a planta desaparece quase na totalidade, porém logo no inicio da Primavera ela rebenta e cresce rapidamente sem grandes cuidados. A minha produção de phiysalis é sempre muito generosa e eu comecei a desidratar os meus frutos e como-os pelo ano forra sob a forma de passas.

    Nomes populares: Physalis, fisális, capuchinhos,  cereja de Judeu, capota, lanterna chinesa, bucho de rã, alquequenje, tomate de capuz, tomatinho, tomate silvestre, saco de bode, golden berry.

    Como ter orquídeas bonitas e saudáveis

    Como cuidar as Orquídeas
    As orquídeas são todas as plantas que compõe a família Orchidaceae, uma das maiores do reino vegetal. Existem em quase todo o planeta, com diversas cores, formas e tamanhos, algumas apresentam aspeto pouco atrativo, porém a maioria cativa-nos pela sua sua elegância e beleza peculiar.

    O seu grande interesse é maioritariamente ornamental, à grande exceção do gênero vanilla, da qual se obtêm a especiaria conhecida por baunilha.
    São conhecidas e apreciadas desde a antiguidade, simbolizam harmonia e perfeição espiritual, requerem uma atenção especial, mas não são difíceis de cultivar.

    Como cuidar as Orquídeas 


    Adubação das orquídeas: Não usar adubos com alto teor de azoto, este promove o crescimento das folhas em deterioramento das flores. Os adubos químicos são conhecidos por NPK ou seja N é nitrogénio, P o fosforo, K o potássio. O ideal é usar um adubo com composição 10-20-10, trata-se de uma formula rica em fosforo o responsável pela estimulação da floração nas plantas.
    Não adubar em excesso as orquídeas, use o bom senso leia as recomendações dos fabricantes, na dúvida mais vale aplicar menos. O excesso de adubo acabará por matar a planta pela queima química.

    Como regar orquídeas: Evitar regar com água da torneira, a água tratada contém cloro. Caso não tenha outra opção deve manter a água em repouso por 24 horas.Sempre que possível recuperar a água das chuvas. 
    Deixe secar a terra entre as regas, o excesso de água pode levar ao apodrecimento das raízes, suportam a seca mas o excesso de água pode ser fatal. O ideal é borrifar a folhagem da planta e deixar cair alguma água sobre o solo.
    Grande parte das orquídeas têm pseudobolbos, um órgão que armazena água e nutrientes, quando há escassez a orquídea vai buscar às reservas. 

    Tamanho do vaso das Orquídeas: Os vasos não devem ser grandes, para não permitir uma grande acumulação de água que poderia ajudar na proliferação de fungos e levar à podridão. Além disso as orquídeas precisam de dominar o espaço que as circunda, então ela vai fazer crescer raízes abranger  todo o vaso e isso vai incrementar um esforço adicional em deterioramento do crescimento vegetal. Em plantas convalidas pode até mesmo levá-las à morte.

    Transplantar orquídeas: Regra geral elas têm de ser transplantadas num máximo de 4 anos. Na natureza a maioria das orquídeas cresce sobre as árvores então o ideal é fornecer-lhes um substrato que forneça características parecidas ao seu ambiente natural. Os substratos indicados a orquídeas têm essas características, porém ao fim dum tempo ele começa a apodrecer, perde qualidades e torna-se mais ácido. Quando o substrato começa a ficar muito deteriorado, verifica-se que as orquídeas começam a levantar como se estivessem a fugir do substrato. 
    Na hora da mudança deve retirar o máximo de subtrato velho sem judiar muito das raízes, faça-o como se estivesse a desembaraçar cabelo. Elimine o excesso de raízes e coloque a planta num vaso ligeiramente maior e preencha com substrato novo, sem recalcar. Convém colocar uma camada de material drenante no fundo do vaso antes de fazer o transplante, que pode ser: isopor, cascalho, cacos de barro. Há quem use argila expandida, porém no caso das orquídeas ela não é recomendada, pelo facto de libertar um gás prejudicial à planta.

    Manutenção das orquídeas: Não molhe as folhas da orquídea nas horas de calor. A humidade conjugada com a temperatura alta ajuda a proliferação de fungos ou bactérias, causando manchas nas folhas e o apodrecimento dos rebentos novos. 
    Não use pratos por baixo dos vasos e caso os use despeje-os após a rega.
    Manter as plantas com boa ventilação, com alta humidade relativa e boa iluminação. A falta destas condições conduzem normalmente ao aparecimento de pragas.
    Deixar secar a terra dos vasos entre cada rega.
    Caso necessite aplicar produtos químicos, Nunca o faça com a temperatura acima do 25º , dê sempre preferência a temperaturas abaixo dos 20º.

    Floração das orquídeas: A floração da orquídea requer um grande gasto de energia por parte da planta. Se a orquídea não estiver equilibrada e em boas condições, ela vai evitar florir, de modo a poupar energia. Uma floração intensa numa planta debilitada, pode levar à morte da mesma. Portanto para conseguir fazer as orquídeas florirem é necessário todas as indicações descritas até aqui.

    Foto: Pixabay

    Cultivo do feijão - Phaseolus vulgaris

    Cultivo do feijoeiro e colheita do feijão

    Nome cientifico: Phaseolus vulgaris
    Classe: Magnoliopsida
    Ordem: Fabales
    Família: Favaceae
    Gênero:  Phaseolus
    Especie: P. vulgaris
    Ciclo de vida: Anual

    Características do feijoeiro


    O feijoeiro é uma planta anual herbácea, da família das leguminosas. Têm grande importância na alimentação humana, ele é rico em nutrientes essenciais como proteínas, ferro, cálcio, carboidratos, fibras e vitaminas principalmente do complexo B. Existe um grande numero de variedades, estas variam no ciclo, na forma, cor, sabor e tamanho da semente e da vagem.

    O feijão cru é toxico, ele contém lectina, uma substancia que não é processada pelo sistema digestivo humano e que pode desencadear respostas variáveis no nosso organismo como sensação de inchaço, dor no estômago, obstipação ou diarreia, vomito. Contudo essa toxidade é eliminada após a demolha e a cozedura a altas temperaturas, sendo o seu consumo totalmente seguro.

    O feijoeiro assim como outras leguminosas têm uma associação simbiótica com uma bactéria conhecida como rizóbio, ela aloja-se na raiz da planta e têm a capacidade de captar e fixar o nitrogénio do ar. Esta particularidade faz do feijoeiro um bom aliado no melhoramento da fertilidade do solo.

    Condições favoráveis ao cultivo do feijoeiro


    O feijoeiro prefere solos leves e profundos, com boas capacidades de drenagem e ricos em matéria orgãnica..
    Não suporta a geada e é sensível à baixa de temperatura, sendo que esta se deve manter entre os 15 e os 30º C, a temperatura ótima situa-se entre os 18 e os 25º C.
    O cultivo do feijoeiro requer alta luminosidade com luz solar direta, contudo em regiões de forte radiação suporta sombramento parcial.

    Sementeira e plantação do feijão


    Pode ser cultivado desde os fins da primavera até até meados de outono. Existem muitas variedades desde as variedades trepadoras até às variedades anãs, sendo as segundas mais viáveis para uma produção mais precoce.

    A germinação do feijão requer temperatura mínima superior a 10ºC, daí só ser aconselhada a sua sementeira a partir dos finais da primavera. Quando se pretende colheitas precoces é recomendado semear o feijão em tabuleiros ou vasos na na proteção de uma estufa de uma janela ensolarada.
    Semear a semente de feijão a uma profundidade de 3 a 7 cm, com distancia de 15 x 60 cm entre sulcos nas variedades trepadoras e 8 x 45 cm nas variedades anãs.

    Poderá manter uma produção regular de vagens de feijão destinadas ao consumo fresco, escalonando as sementeiras com espaço de 2 semanas entre si.

    As variedades trepadoras requerem suportes fortes, com uma altura a rondar os 2 metros. Tradicionalmente usam-se as canas, mas atualmente é bastante recorrente optar pelo uso de paus de madeira ou postes tratados,  ligados entre si por arame ou  fio resistente (Tutoramento do feijão de atrepa).

    Tratos culturais da planta do feijão


    Antes da sementeira ou plantação enterrar uma quantidade generosa de matéria orgânica.
    Se optar pela adubação química deve dar dar preferência a um adubo rico em fosforo e potássio. A cinza de madeira também têm uma quantidade generosa destes dois elementos (As vantagens da cinza na agricultura).

    Execute uma sacha no primeiro mês de cultivo, de modo a arejar o solo e remover as ervas invasoras que disputam com o feijoeiro pelos nutrientes, após esta operação amontoe a terra à volta da planta.

    A rega deve ser regular, de modo a manter o solo húmido mas não encharcado. A partir da floração a planta requer mais humidade, aumente a frequência das regas. A falta de humidade pode comprometer a formação da flor.

    Pragas e doenças do feijoeiro


    A contaminação mais comum denomina-se por Ferrugem (Uromyces appendiculatus), consiste no amarelecimento das folhas e aparecimento de pequenas pontuações esbranquiçadas e ligeiramente salientes. Provoca danos nas folhas, nas vagens e todas as outras partes verdes. A ferrugem do feijoeiro pode causar danos tanto mais severos quanto mais cedo ocorrer no ciclo da cultura, sendo que as epidemias severas são favorecidas pela ocorrência regular de orvalho e temperaturas moderadas.

    Numa fase inicial as lemas e os caracóis podem provocar grandes danos aos feijoeiros, contudo com algumas medidas podem ajudar a controlar a praga e atenuar os estragos. (Ver como controlar caracóis e lesmas)

    O pulgão e a psila são algumas das pragas recorrentes do feijoeiro, contudo devem-se tentar os métodos naturais para as controlar e só em caso de insucesso é que se deve partir para os meios químicos (Calda inseticida de sabão)

    Em épocas húmidas a podridão cinzenta causada pelo fungo brotrytis pode causar danos à cultura. A melhor forma de a prevenir é assegurar uma boa ventilação à volta das plantas.


    Colheita e armazenamento do feijão


    A colheita de feijão verde começa entre 50 e 90 dias após a sementeira, dependendo da variedade plantada e das condições de cultivo. Realiza-se quando as vagens se apresentam bem desenvolvidas, firmes e tenras. A apanha deve ser regular, de modo a estimular a formação de novas flores e a formação de novas vagens. Á medida que as vagens se vão desenvolvendo,vão-se tornando fibrosas e ganham aqueles “fios” que o tornam desagradável ao consumo em verde.


    Dependendo da variedade a maturação do feijão verifica-se 80 a 100 dias após a sementeira. Nas plantações de maiores dimensões a colheita é realizada quando 90% das vagens se apresentam secas. É recolhida a planta e colocada a secar ao sol e posteriormente efetua-se a malhagem.

    O gorgulho é um grande inimigo no armazenamento do feijão seco. Meta o feijão seco na arca congeladora por dois dias ou mais, esta prática natural é infalível no combate desta praga.